Palestinos condenam política americana de 'extremistas'

Em um comunicado publicado no sábado (8) à noite, o porta-voz do governo palestino, Ibrahim Melhem, condenou as declarações de Friedman e denunciou uma política estrangeira dirigida por 'um grupo onde alguns não têm a maturidade política necessária e entre os quais há extremistas'

dom, 09/06/2019 - 11:15
ABBAS MOMANI O secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat ABBAS MOMANI

O governo palestino denunciou uma política americana feita por "extremistas" sem "maturidade política" e condenou as declarações do embaixador dos Estados Unidos em Israel, segundo as quais o Estado hebreu tem direito a anexar "uma parte" da Cisjordânia ocupada.

"Sob algumas circunstâncias (...) acho que Israel tem direito a conservar uma parte da Cisjordânia, mas não toda", disse ontem em entrevista ao jornal "The New York Times" o embaixador americano no Estado hebreu, David Friedman.

Em um comunicado publicado no sábado (8) à noite, o porta-voz do governo palestino, Ibrahim Melhem, condenou as declarações de Friedman e denunciou uma política estrangeira dirigida por "um grupo onde alguns não têm a maturidade política necessária e entre os quais há extremistas".

No Twitter, o número dois da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, classificou Friedman de "embaixador extremista dos colonos" israelenses. E acrescentou: "sua visão consiste em anexar um território ocupado, um crime de guerra segundo o Direito Internacional".

Considerada ilegal segundo o Direito Internacional, a colonização da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém Oriental anexada continuou sob os governos israelenses desde 1967.

Mais de 600.000 colonos israelenses mantêm uma coexistência, às vezes conflitiva, com cerca de três milhões de palestinos.

COMENTÁRIOS dos leitores