USP: militantes do 'Escola Sem Partido' denunciam agressão

O deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) participava do debate e relatou a investida nas redes sociais

por Victor Gouveia ter, 15/10/2019 - 09:56
Reprodução/ Twitter/ @DouglasGarcia Os dois foram encaminhados para a Santa Casa de Misericórdia, onde receberam atendimento Reprodução/ Twitter/ @DouglasGarcia

Um homem e uma mulher, ambos de 34 anos, do Movimento Conservador afirmam que foram agredidos por ao menos cinco pessoas na Faculdade de Direito da USP, localizada no Centro de São Paulo, na noite dessa segunda-feira (14). Eles contaram que acompanhavam um debate sobre o projeto Escola Sem Partido e foram encurralados ao deixar o prédio para lanchar.

"Eu estava com a camiseta do movimento que eu faço parte e acredito (‘Movimento Conservador’ está estampado junto com a bandeira nacional). A gente saiu, ela veio fumar, eu queria comer alguma coisa. E fomos emboscados de repente", relatou André Almeida à Folha de São Paulo.

"Um (homem) chegou e falou: 'Vai filho da p*' e deu (um soco). Eu tirei o rosto e pegou de raspão. E empurrei (o agressor)", detalhou. "Aí rodeou uns quatro ou cinco [...] falando 'Vai, filho da p*. Tira a camisa aí".

Segundo Almeida, ele foi enforcado enquanto os agressores o obrigaram a retirar a camisa.

"A gente viu o bar, entramos, e aí começou a sessão de espancamento. Murro, um cara com soco inglês dando soco na minha cabeça...", continuou. Almeida suspeita que um dos alunos da instituição participou do ataque e afirma que poderia reconhecê-lo caso o visse.

O deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) participava do debate e relatou a investida nas redes sociais. Segundo o político, o homem foi agarrado por dois rapazes e espancado por outros três; enquanto a mulher, identificada como Maria Cecília Peraro, era atacada por uma moça e um homem.

"A mulher foi agredida com socos e o homem foi agredido com um objeto contundente em sua cabeça, precisando tomar pontos", afirmou o deputado. A dupla seguiu de viatura para receber atendimento na Santa Casa de Misericórdia.

Posicionamento da Instituição- O diretor da USP, Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto, lamentou o fato e reiterou a presença da polícia militar e municipal na instituição.

"Eu não sei dizer a troco de que (teriam ocorrido as agressões). Inclusive porque quando eles voltaram, estava cheio de estudantes, de grupos de esquerda (no térreo do prédio). E não houve nenhuma alteração. Se houvesse clima para sair e agredir alguém, teria havido empurra-empurra", explicou à Folha de São Paulo.

Confira

Embed:

COMENTÁRIOS dos leitores