Mais de mil toneladas de óleo foram retiradas do Nordeste
Pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ acreditam que o ponto de origem do despejo de óleo que polui a costa do Nordeste esteja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira
A Marinha informou que, até a terça-feira (22), foram recolhidas mais de 1 mil toneladas de resíduos recolhidos das praias do Nordeste. De acordo com a instituição, desse número quase a metade teve a destinação final realizada. Esse trabalho tem sido feito por meio de uma interlocução direta com os estados afetados, articulações com o Sindicato Nacional das Indústrias de Cimento (SNIC) e com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
No encontro, foram identificados possíveis recebedores para esses resíduos coletados, para realizar a destinação final ambientalmente adequada. O objetivo é absorver grande parte do material recolhido para ser reaproveitado em coprocessamento.
Origem do despejo
Pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ acreditam que o ponto de origem do despejo de óleo que polui a costa do Nordeste esteja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas. O trabalho foi realizado por meio de imagem de satélite, computação de alto desempenho e modelo matemático.
A investigação foi feita pelos professores da Coppe, Luiz Landau, coordenador do laboratório, e o professor colaborador Luiz Assad, a pedido da Marinha. A área apontada fica em águas internacionais. Segundo o professor Landau, essa parte da análise já foi entregue às Forças Armadas. Na próxima semana, os pesquisadores da Coppe começam a trabalhar para antecipar a maneira como ocorrerá a dispersão de óleo de agora em diante.
“Há muita incerteza com relação à trajetória de óleo, porque ele correu abaixo da superfície. Não sabemos quanto tempo esse óleo demorou para intemperizar, ou seja, sofrer processos de mudanças das características físico-químicas para entrar abaixo na coluna d’água”, disse o professor Luiz Assad.
LeiaJá também
--> Prefeita é vaiada em praia atingida por óleo em PE
--> Moradores e trabalhadores lutam contra óleo no Cupe
--> Óleo chega às praias de Maracaípe e Serrambi
--> FOTOS: A luta contra o óleo no litoral sul de Pernambuco
--> Praias do Cabo voltam a ser atingidas por óleo
--> Sem proteção, moradores do Cabo põem as mãos no óleo
--> Crianças também se voluntariam para coletar óleo da praia
--> 'Todas as medidas foram tomadas', diz ministro sobre óleo
--> Voluntários retiram óleo, mas poluição persistirá por anos
--> Exército reforçará operações para conter mancha de óleo
--> Marinha: 900 toneladas de óleo foram retiradas do Nordeste
--> 'Sensação terrível': chegada do óleo amedronta pescadores
--> Salles: "esse não é o momento de polemizar ou politizar"
--> "Nada de mais", diz Mourão sobre críticas de omissão
--> Óleo chega à praia de Barra de Jangada, em Jaboatão
--> Óleo chega em Jaboatão, mas prefeitura veta voluntários
--> Voluntários apontam despreparo da prefeitura de Jaboatão
--> Detentos limpam praia atingida por óleo
--> MPPE pede análise das águas das praias atingidas por óleo
--> Voluntários usam materiais improvisados para recolher óleo
--> A volta incerta de tartarugas ao mar
--> Óleo: cidade de PE tem situação de emergência reconhecida
--> Óleo no Janga: sem proteção, jovens se atiram ao mar
--> Salles pediu à OEA que Venezuela explique origem de óleo