Estudantes são julgados por participação em marcha LGTBI

Todos são acusados de terem participado de 'uma reunião ilegal' e de terem se recusado a obedecer à ordem de dispersão.

ter, 12/11/2019 - 10:58
Bulent Kilic (Arquivo) A comunidade LGBTQ+ marcha na parada do orgulho gay, enquanto a polícia turca bloqueia a passagem em Istambul Bulent Kilic

Um tribunal de Ancara começou nesta terça-feira (12) a julgar 18 alunos e um professor por participarem de uma passeata de apoio à comunidade LGTBI. Todos são acusados de terem participado de "uma reunião ilegal" e de terem se recusado a obedecer à ordem de dispersão.

Eles estão expostos a penas entre seis meses e três anos de prisão. Alunos da prestigiada Universidade Técnica do Oriente Médio (ODTU) em Ancara participaram dessa manifestação em maio.

Este ano, pela primeira vez desde 2011, a direção da universidade havia banido a marcha. Alguns manifestantes foram presos depois que a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. A Anistia Internacional denunciou a "falta de base legal" para proibir marchas de apoio à comunidade LGBTI.

Na Turquia, a homossexualidade não é reprimida criminalmente, mas a homofobia é muito comum e se manifesta na forma de ataques e assassinatos, segundo as ONGs.

Nos últimos anos, as autoridades proibiram várias marchas, alegando uma "provocação" que pode prejudicar a "sensibilidade social".

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