Games lideram descontos na Black Friday

Levantamento monitorou 2 mil preços, divididos em nove categorias

sab, 30/11/2019 - 08:49
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O setor de games foi o que obteve maior desconto médio nos produtos durante a semana da Black Friday, com 14% de redução nos valores. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento monitorou 2 mil preços, divididos em nove categorias.

Depois do grupo dos games, vieram os smartphones e celulares empatados no segundo lugar com a categoria de moda e acessórios (10% de desconto médio), além dos eletrodomésticos e eletroportáteis e informática, também em empate na terceira colocação com 9% de desconto. Ao destrinchar os números em subgrupos, os maiores descontos nominais foram para smartbands (relógio que monitora os sinais vitais do usuário), com redução de 26%; cafeteiras elétricas, 20%; e videogames, 17%.

O levantamento inédito da CNC calculou ainda os descontos reais, aqueles que superaram o menor preço médio praticado nos últimos 40 dias. Nesse caso, os produtos vencedores foram as smartbands, com 20% de desconto real; óculos de sol e calças masculinas, com 10%. O economista da instituição, Fabio Bentes, explica que a diferença das reduções de preço de cada produto para a redução média da categoria acontece porque os lojistas compensam ofertas mais agressivas em determinados artigos com descontos menores em outros da mesma categoria. "Em uma loja em que se apresentam descontos a partir de 60%, ninguém espera que todas as peças tenham essa redução. Algumas terão porcentagens menores e outras estarão no preço normal."

Todas as categorias monitoradas tiveram descontos na semana da Black Friday, no entanto, na média, os setores de TV e eletrodomésticos; esporte e lazer; e móveis não atingiram porcentagem de desconto real. Outra curiosidade é que um dos 5 itens mais buscados para compras nesta semana, foi a camisa do Flamengo. A pesquisa considerou preços praticados em pelo menos cinco lojas de varejo e usou como base de dados os três principais portais de busca de preços do Brasil.

Reclamações

McDonald's e Burger King figuravam na primeira e segunda posição de empresas com mais reclamações na plataforma Reclame Aqui. Foram 323 e 293 queixas respectivamente até as 18h da sexta, 29. As rivais do segmento fast food foram notificadas pelo Procon-SP pela suspensão das respectivas promoções por uma falha no sistema de pagamento.

Os clientes das lanchonetes só teriam direito às ofertas caso fizessem o pagamento por meio do aplicativo Mercado Pago. Mas as equipes de fiscalização do órgão verificaram que várias lojas estavam com o sistema inoperante. Por isso, as empresas devem responder a um processo administrativo e podem ser multadas. Ambas as empresas disseram que o não funcionamento do aplicativo foi consequência da grande procura por parte dos clientes.

Em nota, o McDonald's lamentou o ocorrido e reforçou que está "colocando todos os esforços com o parceiro para mitigar o impacto na experiência do consumidor". Já o Burger King reforçou o compromisso em oferecer serviços de qualidade aos seus consumidores. "Por isso, vamos manter as ofertas para todos os meios de pagamento, nos restaurantes participantes."

Produtos inusitados

O Magazine Luiza vendeu o equivalente a 13 mil quilômetros de papel higiênico no evento que ocorreu na véspera da Black Friday, batizado de Black Das Blacks. Cada pacote com 16 rolos foi comercializado por R$ 9,90 e o total vendido é suficiente para cobrir uma distância entre São Paulo e Sydney, na Austrália.

Comprar papel higiênico é um hábito que vem se consolidando nessa data do varejo. Segundo a startup Promobit, que reúne diversos produtos à venda na sua plataforma, um pacote de papel higiênico com 24 rolos contabilizou mais de 5 mil redirecionamentos a páginas de e-commerce que oferecem o produto. Ainda de acordo com a Promobit, outros produtos "inusitados" procurados foram o kit de limpeza MOP, preservativos, máquina de solda inversora, aparelhos de pressão e monitores cardíacos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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