Embaixador dos EUA critica postura chinesa em negociações

O diplomata afirmou que espera a aprovação das reformas do ministro Paulo Guedes para fortalecer a parceria comercial com o Brasil

por Victor Gouveia ter, 07/04/2020 - 12:14

Durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (7), o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, criticou o que descreveu como falta de Justiça das relações comerciais chinesas. Ele também pontuou que aguarda a aprovação das reformas propostas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para que os países firmem novos laços e mitiguem os impactos da Covid-19 no setor financeiro.

Ao ressaltar os princípios da democracia americana, como as liberdades de expressão e religiosa, e a amplitude economia, Chapman afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, cobra por reciprocidade ao selar acordos comerciais. "Em relações internacionais, nossa maneira pragmática de trabalhar é importante por que jogamos pelas regras. Para seguir cumprindo com os acordos feitos, o presidente está exigindo reciprocidade, principalmente nas relações comerciais", declarou.

Sobre o cumprimento de regras, o embaixador comparou uma disputa entre equipes de modalidades distintas, sendo regidas pelo mesmo manual. Ele exemplificou uma partida entre jogadores de futebol e atletas de futebol americano, no qual, o uso das mãos é permitido. Para Chapman, a vitória óbvia seria do time que arremessa. Ao finalizar, descreveu a China como um país autoritário, no entanto não descartou a possibilidade de um consenso entre os países.

Ele reafirmou a boa relação mantida com o Brasil, seu principal parceiro sul-americano, e espera que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) possa auxiliar na derrocada do presidente venezuelano Nicolás Maduro. "Temos que ver uma solução para o bem do povo venezuelano", destacou ao frisar a importância das eleições democráticas no país.

Para o embaixador, está na hora da aliança entre Brasil e EUA "crescer". Um dos projetos é facilitar o financiamento para o setor privado e infraestrutura em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). "Nossa economias podem fazer muito mais juntas. Vamos duplicar esse intercâmbio de três a cinco anos, isso é possível", cravou.

Todd concluiu ao avaliar que a parceria deveria se estender ao setor de segurança. Na sua opinião, as alas militares dos dois países “sabem conversar bem um com o outro”.

Foto: Divulgação

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