PF apreende notas falsas de R$ 200 pela 2ª vez em PE
Um empresário, de 60 anos, foi vítima de um golpe e recebeu R$ 1.600 em cédulas falsificadas
Em pouco mais de um mês de circulação, denúncias de golpes envolvendo falsificação de notas de R$ 200 se repetem, e deixam consumidores e comerciantes inseguros. No último dia 8, um empresário de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), entregou R$ 1.600 falsificados à Polícia Federal (PF). Ele foi vítima de falsários e recebeu as oito cédulas ilegítimas após fechar uma venda online.
O administrador, de 60 anos, colocou 11 refletores metálicos de 400 watts à venda em uma página do Facebook e foi abordado pela suposta compradora. Após negociar à distância, por volta das 14h do último dia 2, ela foi à casa da vítima acompanhada por um homem, em uma pick-up, e pegou os equipamentos. O pagamento foi efetuado com oito cédulas de R$ 200, com numeração repetida na maioria.
Enganado, o empresário procurou a PF e, além de entregar todo numerário fraudulento, apresentou as conversas que manteve com os golpistas. Os agentes iniciaram as investigações para capturar a dupla responsável pela segunda apreensão de notas falsas em Pernambuco. O Código Penal estipula pena de três a 12 anos de reclusão para quem introduzir dinheiro falsificado em circulação.
Para evitar novos prejuízos às vésperas de um período de alta na movimentação do comércio, as autoridades ofereceram dicas de segurança aos consumidores. Acompanhe:
1. Conheça vem a nota verdadeira
2. Comerciante não deve ter pressa no atendimento
3. Verifique se as numerações das notas são iguais
4. Observe a textura áspera da cédula
5. Fique atento à impressão e as tonalidades das notas
6. Verifique a marca d'água com a nota contra a luz
7. Compare o dinheiro suspeito com uma nota verdadeira
8. Baixe o aplicativo "Dinheiro Brasileiro" do Banco Central. Ele apresenta todos os itens de segurança que confirmam a autenticidade da cédula
Críticas à acessibilidade
Desde o dia 2 de setembro em circulação, a cédula do lobo-guará foi motivo de uma Ação Civil Pública protocolada pela Defensoria Pública da União (DPU). A entidade alega falta de acessibilidade, visto que as novas notas são do mesmo tamanho das de R$ 20 e podem dificultar a identificação de pessoas com dificuldades visuais.
A medida solicita que a Justiça recolha todas as notas que já foram às ruas e prevê multa diária de R$ 50 mil, caso haja descumprimento. O Banco Central informa que as dimensões são iguais por conta do “curto espaço de tempo” para a confecção.