Manaus realiza 213 enterros em um dia em meio

Capital do amazonas bateu recorde de sepultamento após tragédia com falta de oxigênio

por Katarina Bandeira sab, 16/01/2021 - 09:30
Fotos Públicas/Márcio James/Amazônia Real Muitos pacientes morreram asfixiados por conta da falta de oxigênio nas unidades de saúde Fotos Públicas/Márcio James/Amazônia Real

A tragédia da escassez de oxigênio, que acometeu Manaus nos últimos dias, fez com que a cidade batesse um mórbido recorde. A capital amazonense registrou, entre quarta (13) e sexta-feira (15), 213 sepultamentos em seus cemitérios. O número é maior do que quando o município enfrentou seu ápice de mortes por Covid-19, com 198 pessoas sepultadas, em 2020.

O Estado do Amazonas tem enfrentado um colapso no sistema de saúde, agravado pela quantidade de infectados após as festas de final de ano. Além das mortes por conta da falta de oxigênio, muitas pessoas têm morrido em casa, segundo o monitoramento da Prefeitura de Manaus. 

De acordo com a White Martins Gases Industriais do Norte Ltda, responsável por fornecer oxigênio à rede de saúde do Estado, houve um aumento no consumo diário de oxigênio, que saltou de 40 mil metros cúbicos em 30 de dezembro, para 76,5 mil metros cúbicos. Com a falta do insumo para o tratamento adequado muitos pacientes morreram asfixiados. 

Artistas se unem para conseguir oxigênio

Encorajados pelo humorista Whindersson Nunes, diversos artistas fizeram a compra de oxigênio para Manaus. Whindersson se prontificou a doar 20 cilindros de 50L de oxigênio para hospitais da capital amazonense e cutucou os colegas famosos. "Alô, meus amigos artistas! Na hora de fazer show é tão bom quando o público nos recebe com carinho, né. Vamos retribuir?". Assim como ele, Tirulipa, Simone e Simaria, Tatá Werneck, Luciano Huck, Marília Mendonça, Bruno Gagliasso, Paola Carosella, Paulo Coelho, Marcelo Adnet e o sertanejo Gusttavo Lima fizeram suas contribuições.

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