Maternidade real: desafios e alegrias de amar

Mirtes Renata, sua mãe Marta Maria falam da saudade do menino Miguel. Dona Lindalva Oliveira e sua filha Ladjane lutam para que a sociedade aceite Jackson, adolescente autista, do jeito que ele é

dom, 09/05/2021 - 09:00

Quando nasce um filho, nasce junto uma mãe. As descobertas, os desafios e alegrias nascem no momento que o filho chega, quer seja no parto ou na sala do juiz, quando a adoção acontece. Há casos ainda em que tias, avós, irmãs ou primas se tornam mães de quem não gerou. Seja quando uma irmã, uma mãe, uma prima ou uma amiga morre e outra mulher precisa, pelas contingências, trocar de papel e se tornar mãe de uma ou algumas crianças.

A maternidade não tem um só ‘modelo’, um único jeito de se apresentar. Mas, ela é costumeiramente uma viagem fantástica em que são traçados roteiros, rotas, projetos e planos para percorrer durante o trajeto. Porém, nem tudo sai como o planejado o tempo todo. Percalços, alegrias, tristezas, choros de alegria e de felicidade, tudo isso vai construindo a relação entre mães e filhos. E nessa viagem que não tem destino certo, ao final, juntando toda a bagagem, o que fica é o amor e todas as histórias para contar.

E neste Dia das Mães, o LeiaJá traz as histórias de quatro mães. À nossa reportagem, Mirtes Renata, 42 anos, disse que planejava ter Miguel de parto normal. Porém, ele era grande, pesava 4, 530 quilos, media 52 centímetros e resolveu vir numa cesariana cheia de contratempos. No entanto, quando Mirtes o viu, tudo começou a ter mais alegria em sua vida. “Foi escutar o choro dele, aquele chorinho dele foi muito emocionante para mim e aí tudo fez sentido. Eu sonhava com ele, como ele seria e ele veio do jeitinho que eu sonhei. Ele veio todo rolicinho”, lembrou. “Foi algo realizador, quando peguei aquele cotocão de gente nos meus braços”, completou.

Para Ladjane, a maternidade trouxe elementos e desafios. Seu primogênito, Jackson, nasceu forte e cresceu inteligente e amável, mas a mãe percebia que tinha algo “diferente” em seu comportamento. Aos três anos de idade ela percebeu que o menino podia ser autista e foi em busca de fechar o diagnóstico e tratamento para o filho. Trabalhar e cuidar do único filho, ir para as terapias e ver Jackson não ser bem cuidado, conforme relatou, a fez decidir por largar o emprego e se dedicar em tempo integral aos cuidados e educação dele. Doze anos depois veio Laura, que hoje tem três anos de idade e também apresenta características de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mas nada faz Ladjane parar de sonhar com um futuro promissor para os filhos e, sendo assim, ela luta para que a sociedade os aceite e os respeite como são.

As mães de Mirtes e Ladjane, dona Marta Maria e Lindinalva Oliveira, respectivamente, também dividiram com nossa reportagem suas experiências e contaram sobre a relação com os netos.

Confira os depoimentos:

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