Vacinas evitaram mais de 43 mil mortes no Brasil

De acordo com o estudo assinado por cientistas de Havard e da UFPel, os imunizantes controlaram o índice de mortes, que teria ultrapassado 500 mil óbitos no Brasil

por Victor Gouveia sex, 18/06/2021 - 10:40
Arthur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo Idosos do abrigo Cristo Redentor durante campanha de imunização contra a Covid-19 em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife Arthur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Uma análise de cientistas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, e da Universidade norte-americana de Havard, aponta que as vacinas contra a Covid-19 evitaram a morte de 43.082 brasileiros em 2021.

Os estudos mostram que a taxa de óbitos de idosos pelo vírus caiu cerca de 28% no primeiro mês do ano. Para a faixa com mais de 80 anos, a redução foi de 12%, enquanto nos idosos entre 70 e 79 anos, a queda foi de 16% em maio.

"Nós estamos chegando a 480 mil mortes. Se não fosse a vacina, seriam 530 ou 540 mil", afirmou o coordenador do levantamento, o professor e epidemiologista Cesar Victora, ao G1.

O resultado reduz a polêmica em torno da resposta dos imunizantes Coronavac e AstraZeneca ao vírus, bem como à cepa brasileira Gamma. "Nenhuma vacina é 100% efetiva. O que interessa é se, em uma grande população como a brasileira, ela consegue reduzir a mortalidade. E ela conseguiu", ressalta.

Outro levantamento produzido entre fevereiro e abril apontou que 13,8 mil mortes entre maiores de 80 anos foram evitadas com os imunizantes. Victora acredita que o mesmo movimento de queda será observado em menores de 60 anos.

"Eu não tenho nenhuma dúvida de que vai acontecer. Daqui a um ou dois meses, nós vamos atualizar o estudo e vamos ver que não foram 43 mil vidas salvas, mas que foram 80 mil ou 100 mil", avaliou.

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