Cresce número de veículos convertidos para gás em PE

Uma das explicações para esse aumento recorde pode ser o preço do litro da gasolina

por Jameson Ramos qua, 22/09/2021 - 17:31
Arquivo/Agência Brasil Cilindros do GNV instalados Arquivo/Agência Brasil

Segundo dados do Detran-PE, levantados pela empresa Copergás, no mês de agosto o número de veículos convertidos para Gás Natural Veicular (GNV) em Pernambuco atingiu a maior marca mensal da história - foram 1.306 automóveis. A frota de veículos utilizando o GNV chegou a 74.588 no total.

Em abril passado, o total de conversões foi de 649. Subiu para 1.140 em maio e chegou a 993 em junho e 965 em julho.  A diferença é ainda maior quando se compara com agosto de 2020 (no primeiro ano da pandemia), que teve 563 carros convertidos.

Uma das explicações para esse aumento recorde pode ser o preço do litro da gasolina, que já vem em alta pela sétima semana consecutiva, sendo o GNV uma alternativa mais barata para os motoristas. 

Enquanto em alguns postos da Região Metropolitana do Recife o valor do litro da gasolina chega a R$ 6, o GNV é comercializado por aproximadamente R$ 3,72 m³ na capital Pernambucana. 

O LeiaJá mostrou em reportagem sobre os procedimentos para a instalação do GNV que o custo para a troca da gasolina pelo Gás Natural Veicular em Pernambuco precisa ser autorizado pelo Detran, que cobra R$ 107,97 para realizar a vistoria e homologar o uso do combustível através do licenciamento.

Somados o valor do próprio kit gás e da mão de obra para a instalação, o investimento varia entre R$ 4 mil e R$ 7 mil. O custo depende da capacidade do cilindro, que pode variar entre 7,5m³ e 15m³.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Recife é a capital do Nordeste com o menor preço médio do GNV. O setor é beneficiado por uma lei estadual de 2016, de autoria do Governo Paulo Câmara, que reduziu o ICMS do gás veicular para 12%.

“Sob qualquer perspectiva que se olhe, o gás veicular aparece como a melhor opção, principalmente em Pernambuco”, pontua André Campos, presidente da Copergás.

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