Entenda sobre a Síndrome de Tourette de Billie Eilish

A cantora-compositora possui a síndrome que inclui movimentos involuntários entre os sintomas

por sex, 27/05/2022 - 19:50
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A cantora-compositora estadunidense, Billie Eilish, de 20 anos, falou em entrevista a David Letterman para sua série na Netflix sobre a vivência com a Síndrome de Tourette. A condição associada à saúde neurológica e mental é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se torna evidente na primeira infância ou adolescência.

Os sintomas incluem movimentos involuntários e vocais, que podem ser transitórios ou persistirem na adolescência e na vida adulta. Os casos também podem ser associados a outras condições, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).  

Embora não haja cura para a síndrome, os tratamentos disponíveis podem contribuir para reduzir os sintomas e ampliar a qualidade de vida dos pacientes. De acordo com a Tourette Association of America, não existem testes para confirmar o diagnóstico dos transtornos de movimentos involuntários, que incluem a síndrome. No entanto, em alguns casos, exames podem ser necessários para descartar outras condições clínicas. Em relação à Síndrome de Tourette, os pacientes devem apresentar pelo menos dois movimentos involuntários e ao menos um tique vocal, não necessariamente ao mesmo tempo. Além disso, esses sintomas podem aumentar e diminuir em frequência, mas devem ocorrer há mais de um ano.  

Movimentos involuntários causados por substâncias ou outras condições médicas excluem o diagnóstico de Tourette. “O diagnóstico é clínico, não existe nenhum exame complementar que faça o diagnóstico da Síndrome de Tourette. A partir da presença desses sintomas, os tiques motores mais vocais, por mais de um ano e que começaram antes dos 18 anos de idade, é feito o diagnóstico”, explicou a médica neurologista Christiane Cobas, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. As causas dessa síndrome permanecem desconhecidas. Os casos podem acontecer em mais de uma pessoa na mesma família, o que indica que fatores genéticos estão envolvidos no desenvolvimento.  

Os sintomas podem levar ao comprometimento psicológico e social dos pacientes. Com o objetivo de reduzir o estigma sobre a doença, os especialistas recomendam a conscientização tanto do paciente quanto das pessoas conhecidas sobre o que é a síndrome. Quando os tiques passam a interferir na rotina diária, como atividades escolares ou de trabalho, o tratamento pode ser indicado a partir da psicoterapia, terapia cognitivo comportamental, e do uso de medicação como antipsicóticos. 

Por Camily Maciel

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