PSD deve pedir registro ao TSE até dia 22, diz Kassab
Partido se reuniu com Dilma, prometendo apoio a medidas anticrise
O prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, informou que o pedido de registro do novo partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será feito até a próxima segunda-feira, dia 22. Segundo ele, já foram obtidas pelo menos 540 mil assinaturas certificadas, 40 mil, portanto, acima do mínimo necessário, que é de 500 mil. Os advogados estão preparando o material para ser entregue à justiça eleitoral.
"Se a equipe de advogados conseguir estruturar o processo até amanhã (sexta-feira) ao será dada entrada amanhã mesmo, senão ficará para a segunda-feira. Não vai fazer diferença um dia ou dois", disse Kassab, após se reunir com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
De acordo com o prefeito paulistano, o PSD já está implantado em 26 estados, faltando apenas o Rio Grande do Sul. Ele lembrou que para o registro é necessário realizar convenções em nove estados e o PSD já fez 21.O partido, informou Kassab, nasce com 44 deputados federais, dois senadores, dois governadores e seis vice-governadores.O número de deputados, segundo ele, ainda pode crescer até a formalização. O PSD pretende disputar as eleições de 2012 e, para isso, tem 47 dias para obter o registro no TSE.
Nesta quinta-feira, Kassab e seus aliados foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff. Apesar de se declararem independentes, eles prometeram apoio às medidas do governo contra a crise econômica. Sobre a crise política, o prefeito de São Paulo afirmou que o partido é a favor do combate à corrupção, mas defende a presunção de inocência dos acusados. Questionado algumas vezes sobre se o PSD teria interesse em ocupar cargos no governo federal, Kassab negou e chegou a dizer que estava "triste" por ter de responder a essas perguntas.
O prefeito comentou ainda o processo de sua sucessão em São Paulo. Destacou que só apoiaria um candidato do PSDB se fosse José Serra ou o senador Aloysio Nunes. Citou ainda como possíveis candidatos que teriam o seu apoio o vice-governador, Guilherme Afif Domingos, o ex-secretário estadual de Economia e Planejamento, Francisco Luna, e o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge. Mas arrematou dizendo que nenhum deles deseja, neste momento, entrar na disputa.