Oito unidades odontológicas interditadas em Jaboatão

Mofo, infiltrações, vazamento hidráulico e de corrente elétrica na cadeira usada pelo paciente são alguns dos problemas

seg, 09/04/2012 - 10:19
Divulgação População e CRO-PE cobram a reestruturação das unidades odontológicas Divulgação

Os problemas da saúde em Jaboatão dos Guararapes têm sido alvo de denúncias por parte do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE). Segundo o CRO-PE, interditar unidades de saúde tem sido uma constante na rotina entidade. Desta vez, o Conselho denuncia que há oito unidades estão sem funcionar por falta de estrutura e manutenção.



Nos locais as condições de atendimento na sala clínica, presença de mofo, infiltrações, oferecendo risco de infecção, vazamento hidráulico e de corrente elétrica na cadeira usada pelos pacientes foram alguns dos problemas constatados pela equipe de fiscalização do CRO.

De acordo com informações do CRO-PE, os moradores das comunidades de Vietnã, Vila Piedade I e II, Praia do Sol, Cavaleiro, Jardim Coqueira, Engenho Macujé e José Coelho Pereira reclamam o descaso da Prefeitura de Jaboatão na área da Saúde e aguardam o momento de voltar a contar com os serviços odontológicos próximos as suas residências.



“Não temos previsão de quando a situação será resolvida. Há mais de seis meses que a unidade odontológica foi interditada. Hoje em frente ao local tem esgoto correndo a céu aberto e nada é feito. No final das contas, a comunidade, que é de classe média baixa, é que fica penalizada, pois depende desse serviço. A população tem que pagar ou recorrer a outros meios, sem contar que nesses casos ainda há o deslocamento”, afirmou o vice-presidente da Associação de Moradores do Conjunto Praia do Sol, Aquiles Ferraz.



O líder comunitário fez questão de frisar que não tem nenhum envolvimento político e nada contra a gestão do prefeito Elias Gomes (PSDB). “Politicamente o prefeito vem deixando a desejar. Essa não é uma denúncia política, não sou político e nem candidato a nada, a minha luta é pelo bem da comunidade. Até porque o político vem de quatro em quatro anos na comunidade para prometer o que não vai cumprir para o povo e eu estou todos os dias com os moradores. Eles me fazem cobranças constantes”, completou Ferraz.



Os fiscais do CRO também reforçam que o serviço nestes locais estava funcionando em completo desacordo com as normas de biossegurança preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e com os preceitos do Código de Ética da Profissão. Os relatórios foram encaminhados ao prefeito, secretário de Saúde e o coordenador de Saúde Bucal de Jaboatão, além da Vigilância Sanitária, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária e Ministério Público para tomarem as providências cabíveis e, por consequência, desinterditar as unidades com plenas condições de atendimento à população.



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