Oito unidades odontológicas interditadas em Jaboatão
Mofo, infiltrações, vazamento hidráulico e de corrente elétrica na cadeira usada pelo paciente são alguns dos problemas
Os problemas da saúde em Jaboatão dos Guararapes têm sido alvo de denúncias por parte do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE). Segundo o CRO-PE, interditar unidades de saúde tem sido uma constante na rotina entidade. Desta vez, o Conselho denuncia que há oito unidades estão sem funcionar por falta de estrutura e manutenção.
Nos locais as condições de atendimento na sala clínica, presença de mofo, infiltrações, oferecendo risco de infecção, vazamento hidráulico e de corrente elétrica na cadeira usada pelos pacientes foram alguns dos problemas constatados pela equipe de fiscalização do CRO.
De acordo com informações do CRO-PE, os moradores das comunidades de Vietnã, Vila Piedade I e II, Praia do Sol, Cavaleiro, Jardim Coqueira, Engenho Macujé e José Coelho Pereira reclamam o descaso da Prefeitura de Jaboatão na área da Saúde e aguardam o momento de voltar a contar com os serviços odontológicos próximos as suas residências.
“Não temos previsão de quando a situação será resolvida. Há mais de seis meses que a unidade odontológica foi interditada. Hoje em frente ao local tem esgoto correndo a céu aberto e nada é feito. No final das contas, a comunidade, que é de classe média baixa, é que fica penalizada, pois depende desse serviço. A população tem que pagar ou recorrer a outros meios, sem contar que nesses casos ainda há o deslocamento”, afirmou o vice-presidente da Associação de Moradores do Conjunto Praia do Sol, Aquiles Ferraz.
O líder comunitário fez questão de frisar que não tem nenhum envolvimento político e nada contra a gestão do prefeito Elias Gomes (PSDB). “Politicamente o prefeito vem deixando a desejar. Essa não é uma denúncia política, não sou político e nem candidato a nada, a minha luta é pelo bem da comunidade. Até porque o político vem de quatro em quatro anos na comunidade para prometer o que não vai cumprir para o povo e eu estou todos os dias com os moradores. Eles me fazem cobranças constantes”, completou Ferraz.
Os fiscais do CRO também reforçam que o serviço nestes locais estava funcionando em completo desacordo com as normas de biossegurança preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e com os preceitos do Código de Ética da Profissão. Os relatórios foram encaminhados ao prefeito, secretário de Saúde e o coordenador de Saúde Bucal de Jaboatão, além da Vigilância Sanitária, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária e Ministério Público para tomarem as providências cabíveis e, por consequência, desinterditar as unidades com plenas condições de atendimento à população.