Líder da oposição comenta 100 dias de gestão de Geraldo

Para Aline Mariano a cidade ainda estar vivendo uma lua de mel com a gestão

qua, 10/04/2013 - 13:03
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens / Arquivo Aliança com o PT de João da Costa é o principal problema para Geraldo, avalia a líder da oposição Clélio Tomaz/LeiaJáImagens / Arquivo

O percentual positivo de quase 60% de aprovação da gestão de Geraldo Julio (PSB), analisada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), não foi surpresa para a líder da oposição na Câmara de Vereadores do Recife, Aline Mariano (PSDB). Segundo a tucana, o principal problema da administração do socialista é a aliança que tem com o ex-prefeito João da Costa (PT), causador da ‘herança de problemas’ deixados no Recife.

“Não foi surpresa esse percentual que Geraldo Julio teve porque a cidade ainda estar vivendo uma lua de mel com a gestão, mas poderia ter sido melhor. Mesmo ele demonstrado boa vontade não foi melhor porque a prefeitura está passando por uma crise financeira muito grande, só que o prefeito Geraldo Julio não pode falar um pouco mais de forma aprofundada sobre essa herança, porque ele tem o ex-prefeito João da Costa como seu aliado. Se ele tivesse rompido, ele poderia de fato, mostrar a realidade financeira”, argumenta Mariano. 

Batendo ainda na aliança existente entre o ex-prefeito e Geraldo Julio, a líder da oposição lembrou que uma das principais pastas do governo socialista foi entregue a um petista. Outro comentário da vereadora foi sobre a expectativa criada na população. “Ele se elegeu com uma promessa de um novo Recife, com o marketing da mudança e fez como que as pessoas acreditassem que esse governo de fato, rompesse com o passado, só que infelizmente Geraldo Julio terminou entregando uma das principais pastas do governo, que é a habitação, ao PT”, cravou a parlamentar.

Sobre o quesito de avaliação referente ao que chama mais atenção na gestão de Geraldo, que ficou no topo dos resultados com 19,3%, a tucana acredita que as pessoas desejavam que as ações ocorressem de forma mais ágil. “Essas pessoas esperavam que as coisas acontecessem de forma mais rápida. A campanha usou muito marketing e pareceu ser o gestor que resolveu quase todas as coisas do governo de Eduardo Campos. Então, ele vai ter que de fato tentar captar recursos com convênios para realização das várias obras, porque isso é algo preocupante” avaliou.

De acordo com Aline Mariano a situação financeira encontrada na prefeitura é precária e não auxilia a gestão atual. “Quando se pergunta sobre a saúde fiscal, ele (Geraldo) dá uma resposta muito política dizendo que nem recebeu a prefeitura devendo, mas não tem dinheiro em caixa. Na verdade, a realidade é que ele não tem dinheiro em caixa e a prefeitura está devendo a muitos credores e com essa saúde financeira comprometida, ele tem muitas limitações”, argumenta a líder da oposição, que acrescenta: “Se ele abrir o jogo para a população ele poderá ter um pouco mais de tolerância das pessoas”, ratifica.

Problemas – Dos problemas apontados na pesquisa do IPMN, segurança foi um dos itens mais lembrados. Sobre a dificuldade apresentada, a vereadora lembrou que as ações devem estar em comum com questões sociais. “Prometeram algumas intervenções como o Compaz (Centro Comunitário da Paz), mas precisa-se de muitos investimentos porque o que deu certo em Bogotá não quer dizer que vai dar certo no Recife. Não adianta fazer um projeto que se alinhe com o do Estado se não tiver investimentos em questões sociais”, critica Mariano.

A parlamentar também comentou os gargalos enfrentados na saúde e as dificuldade na educação. Este último foi tema principal de um relatório entregue ao prefeito em fevereiro e que a oposição espera retorno.

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