Governador debate equilíbrio federativo na Unale

Eduardo Campos retratou histórico econômico do Brasil

qui, 23/05/2013 - 16:42
Cleiton Lima/LeiaJáImagens Eduardo niciou o discurso enaltecendo a conquista da democracia Cleiton Lima/LeiaJáImagens

 

Como o tema: Equilíbrio Federativo e Desenvolvimento Sustentável - O papel estratégico na União dos Estados e Municípios, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), abriu a programação na tarde desta quinta-feira (23) da 17ª Conferência Nacional dos Legislativos. O debate ocorreu no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções em Olinda.

O presidente nacional do PSB e provável candidato a chefe do executivo nacional em 2014, iniciou o discurso enaltecendo a conquista da democracia. “Temos que comemorar a democracia. Temos vivido ciclos bastante claros de conquistas que tem ajudado a consolidar  a nação do país. Vivemos em 90 a perda de uma visão estratégica do País num concerto internacional. Vimos setores estratégicos perderem comissão e tivemos outros momentos importantes”, contou.

Campos seguiu relembrando alguns momentos históricos para a economia nacional, falou sobre a importância da Lei de Responsabilidade Fiscal e disse que ela responde ao grande déficit que ainda há na realidade brasileira. Ele também pincelou palavras chaves e futurísticas para a nação, como quando citou que é preciso ter “a coragem de fazer certas rupturas”.

Outro assunto bem abordado pelo socialista que inclusive, tem sido frequente em seu discurso, foi à desigualdade social. E, para amenizar os ânimos dos especuladores de plantão, ele até elogiou uma iniciativa do governo federal. “Nos anos 2000, o Brasil tinha brasileiros excluídos da sociedade e de uma cidadania básica. Nesse ciclo, o Brasil pode melhorar se baseando na Constituinte. Depois, tivemos conquistas importantes do Bolsa Família já consolidado no governo do presidente Lula. Isso somando a uma quantidade de geração de emprego e ao acesso ao crédito levou o Brasil a poder acelerar o crescimento”, ressaltou.

Mesmo aparentemente em paz com o governo, Campos não perdeu a oportunidade de soltar expectativas de melhorias para o País e avaliou negativamente a economia em anos anteriores. “Em 2008 fomos tocados por uma crise  do capitalismo comercial que fez com o Brasil perdesse milhares de emprego. Tivemos em 2011 uma economia pior do que 2010 e em 2012 pior que 2011. Por isso, temos que ganhar 2013 para que esse crescimento seja retomado e que possamos fazer um debate profundo, correto e equilibrado sobre o futuro do Brasil”, ponderou.

Depois de apontar a dificuldade de crescimento da economia, ele afirmou que “é preciso fazer diferente para colher daqui a oito, 10, 15 anos e embalar as conquistas que ainda não tivemos. A possibilidade de o Brasil seguir crescendo pressupõe um grande esforço na formação das pessoas e isso deve unir a todos os brasileiros”, opinou.

O governador também aproveitou o espaço para apresentar as cerca de 1.300 pessoas participantes da conferência, as principais ações de seu governo. Ele falou do Pacto pela Vida, do recente prêmio que obteve por meio da ONU e do repasse de R$ 228 milhões destinados aos 184 municípios através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM).

Em meio ao discurso de um pouco mais de uma hora, o governador recebeu aplausos dos participantes e foi enaltecido algumas vezes. Uma delas foi quando declarou: “A máquina pública se você deixar a vontade ela só mói para o lado dos graúdos e deixa os miúdos lá (aplausos)”, disse, comemorando em seguida os resultados do Estado nos últimos anos. “Somos o único Estado que em seis anos diminuímos ininterruptamente a violência e recebemos recentemente o prêmio de gestão pública da ONU. Há quatro anos Pernambuco cresce mais que o Brasil e a cinco mais que o Nordeste”, festejou.

A 17ª Conferência Nacional dos Legislativos é realizada pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).Além do governador, também estiveram presentes em local de destaque o presidente da Unale, senador Artagão Junior (PMDB-PR), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa (PDT) e a deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ). O evento encerra nesta sexta-feira (24).

 

COMENTÁRIOS dos leitores