Petistas avaliam como coerente entrega de cargos no RJ
A ruptura se deu porque o partido optou lançar candidatura própria
A saída dos membros do Partido dos Trabalhadores (PT) do governo de Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro, foi aprovada por petistas pernambucanos nesta quarta-feira (29). No local, o diretório estadual da legenda prometeu deixar a gestão até a próxima sexta-feira (31) e a decisão foi vista por membros da legenda como adequada.
De acordo com o senador Humberto Costa (PT), o caso do Rio existe há algum tempo e é fruto de uma desavença com o PMDB. “É uma situação que há alguns anos temos acompanhado e tem se ampliado com divergência entre o PT e o PMDB até pelo fato de que o PT almeja ter uma candidatura, e era uma contradição estar no governo neste caso”, avaliou.
O senador acredita que o nome do pré-candidato ao governo do Rio e senador da República, Lindbergh Farias (PT) é forte para enfrentar a disputa eleitoral, por isso, a decisão foi a mais correta na sua visão. “Foi uma posição mais equilibrada, o PT tem uma candidatura competitiva e essa foi uma atitude coerente, adequada e mais correta neste momento”, pontuou.
Para a deputada estadual e presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, o principal motivo da ruptura foi mesmo a decisão formada sobre o lançamento de candidatura. “Eles vão ter candidatura própria e isso foi tranquilo lá, o lançamento de Lindbergh deverá ocorrer dia 22 de fevereiro, então acho natural porque o processo começou desde o ano passado”, comentou.
Também frisando a questão da eleição, o presidente municipal do PT no Recife, Oscar Barreto – que ainda integra a gestão Eduardo Campos (PSB) na secretaria de Agricultura – disse que no Rio de Janeiro terá dois palanques para Dilma. “No processo do Rio o PT tem candidato, então lá, tem dois palanques: um palanque do PMDB que apoia Dilma e o PT resolveu ter um candidato que não é de agora, ele já é candidato há um ano”, destacou o petista.
Comparando o caso do Estado do Sudeste com os cargos do PT em Pernambuco, Barreto criticou a forma como está sendo tratada a mesma questão a nível local. “Em Pernambuco o PT não tem nome. (...) Até hoje não se sabe quantos cargos se tem no PT. É preciso fazer um levantamento destes cargos. Na realidade, o PT de Pernambuco está devendo transparência, uma posição que se destina e que o conjunto cumpra”, disparou o presidente municipal.