João Paulo acusa Frente de querer 'comprar' prefeito do PT
Segundo o pré-candidato, a Frente Popular teria oferecido R$1 milhão e calçamentos em algumas ruas usando o nome do Governo do Estado
O deputado federal e pré-candidato ao Senado, João Paulo (PT), acusou, nesta terça-feira (13), a Frente Popular de Pernambuco de fazer uso da máquina pública para atrair o apoio de prefeitos do PT e do PTB. Durante uma entrevista a um programa televisivo local, o pré-candidato revelou que membros da coligação garantiram a liberação de recursos, oriundos do Governo do Estado, para alguns municípios do interior do estado.
De acordo com João Paulo, a revelação teria sido feita em reserva por um petista “chantageado”, no último fim de semana, quando ele e o senador e pré-candidato Armando Monteiro (PTB) visitavam cidades do Sertão pernambucano. “Um dos prefeitos do PT com quem nós conversamos foi chamado ao Palácio e lá se comprometeram em fazer uma obra de abastecimento de água, que é mais de R$ 1 milhão de reais, além do calçamento de algumas ruas, como condições para ele deixar o PT. Ele disse que vai esperar até junho e se não for feita a obra ele não apoiará”, afirmou.
Mesmo alegando as possíveis atitudes irregulares do campo oposto, João Paulo demonstrou otimismo em relação à campanha dele e de Armando. “As informações que tenho são extremamente favoráveis ao meu nome e ao de Armando Monteiro. Há graus de revolta do povo contra prefeitos que mudam de posição. Hoje o cidadão faz seu julgamento, não funciona como curral eleitoral. Acredito que Armando tem se colocado muito bem. Ele sempre diz que o cargo de governador não é cargo comissionado. Em Pernambuco você não indica com o dedo quem vai ser o governador”, observou.
Esta não é a primeira vez que o PT e o PTB acusam a Frente de usufruírem do Poder Executivo Estadual para angariar apoios. No mês passado, ao conceder entrevista coletiva Armando sugeriu que o Palácio do Campo das Princesas teria sido usado para conversas e articulações entre o pré-candidato da coligação, o ex-secretário Paulo Câmara (PSB), e os gestores municipais. Além disso, o petebista ironizou as possíveis regalias chamando-as de “bolsa eleição”.