Candidatos disparam contra ausência de Câmara em debate
Armando diz que adversário é "produto para televisão". Já Zé Gomes, pontuou que "não tem desculpa" para a ausência
A ausência do candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no debate que acontece, nesta sexta-feira (12), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, foi duramente criticada pelos adversários, Armando Monteiro (PTB) e José Gomes (PSOL). Os dois aproveitaram a oportunidade para alfinetar o socialista e cravar contra o "despreparo" do afilhado político de Eduardo Campos.
"Nós estivemos em todos os debates em que fomos convidados até agora. Aproveito para dizer aos pernambucanos que estamos na fase final. Temos um compromisso com o desenvolvimento de Pernambuco e que Pernambuco não pode fazer experimentalismo. Tem que ter conhecimento sobre que tem currículo, que já passou pó escrutínio popular. Pernambuco precisa investir na educação, em áreas sensíveis como a saúde e educação", ressaltou Armando.
“Ele foge dos debates. Teme ao confronto e ao contraditório. Queremos discutir Pernambuco e tudo àquilo que defende o futuro de Pernambuco”, frisou. “Lamento a ausência do candidato (Paulo Câmara), que não quis se submeter ao debate, alguém que é produzido para fazer programa de televisão, com script, e que receia se expor e debater as questões. Paulo só funciona nos estúdios, quando é dirigido. Ele foge do contraditório”, reforçou Armando.
A falta de Câmara no embate entre os postulantes, segundo Gomes, não tem desculpa. "Nenhuma desculpa serve para justificar a ausência dele", disparou. "Esse modelo de crescimento econômico não nos serve. Prescindamos mudar a saúde, educação, transporte público. E o debate é a forma que vamos encontrar as repostas para essas questões", frisou o psolista, seguindo a mesma linha do petebista.
Na tréplica e corroborando Gomes quanto ao desenvolvimento social e economico do estado, Armando ressaltou o "despreparo" de Paulo Câmara."O candidato teria dificuldade em explicar diversas áreas como as empresas que não geram emprego, a infraestrutura das rodovias", disse mencionando Câmara. "(A ausência é resultado do) Despreparo para a convivência democrática e é isso que devemos avaliar, aqueles candidatos que são apenas presumíveis herdeiros de liderança pública. Liderança pública se faz no debate, nas urnas", finalizou.
*Com a colaboração, de Caruaru, da repórter Monicky Mel Araújo