IPMN: Recifenses confiam nas pesquisas eleitorais

Dos entrevistados, 47,6% disseram confiar, 38,3% duvidam de alguns estudos e 40,9% não confiam nos resultados de nenhuma pesquisa

seg, 20/10/2014 - 18:50
LeiaJáImagens/Arquivo Adriano Oliveira ressalta que os recifenses até consideram as pesquisas na hora de tomar uma decisão LeiaJáImagens/Arquivo

Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) mostra que o nível de confiança dos recifenses nas pesquisas eleitorais é de 47,6%. Do total de entrevistados, 9,3% afirmaram que acreditam nos resultados apresentados por todas as instituições. Outros 38,3% duvidam de alguns estudos e 40,9% não confiam nos resultados de nenhuma pesquisa.

Entre as instituições que realizam as pesquisas de intenção de voto, as mais conceituadas entre o público são o Ibope (19,4%), o IPMN (18,3%), e o Datafolha (17,6%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também foi indicado por 12,3%.

Dos entrevistados, 49,2% afirmaram ter tomado conhecimento sobre as pesquisas eleitorais no primeiro e segundo turnos. Os principais meios de informação foram a televisão (98%), a internet (52%), os jornais impressos e as emissoras de rádio (43% cada).

Entre aqueles que buscaram as informações das pesquisas, 58,3% afirmaram que os resultados são críveis e 70,1% consideraram que os institutos conseguiram acertar parte dos resultados das urnas. Para 56,3% das pessoas , as pesquisas devem continuar sendo realizadas antes do pleito. “A pesquisa sinaliza, claramente que a opinião pública, em particular a recifense, não aprova a proibição de pesquisas eleitorais, porque elas são utilizadas como fonte de informação. E são, até, consideradas na hora de tomar uma decisão”, frisou o cientista político, Adriano Oliveira.

O estudo mostra ainda uma contradição entre os eleitores. Eles consideraram que as pesquisas de intenção de voto influenciaram a população na escolha dos governadores (65%), senadores (63%) e candidatos à Presidência (60%). Por outro lado, os percentuais daquelas que admitiram que o próprio voto foi influenciado pelos resultados dos estudos oscilou entre 21% e 28%.

Segundo o especialista Maurício Romão, o mercado não considera que as pesquisas tenham grande influência entre os eleitores. “Talvez entre as pessoas de menor renda ou menos instrução formal, você pode encontrar um certo contingente, mesmo assim diminuto, de pessoas que votam apenas baseado em quem está na frente. Mas temos o entendimento de quem define o resultado final é o eleitor e não as pesquisas”, salientou.

No entanto, elas ganham cada vez mais importância no processo eleitoral. “O candidato que está à frente nas pesquisas, por exemplo, usa aquela informação, que é pública, como uma peça na sua propaganda. É uma informação importantíssima para quem disputa na liderança, porque angaria mais apoios financeiros, estimula a militância, tem todo um aspecto de euforia de que aquele candidato tem futuro”, explicou.

A “Pesquisa das Pesquisas” foi realizada com 624 pessoas no Recife entre os dias 13 e 14 de outubro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de quatro pontos percentuais.

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