Pedido de prisão passou de todos os limites, avalia Dilma
Em coletiva a imprensa, a petista defendeu Lula, pontuou que teria “orgulho” em tê-lo como ministro e reafirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo de presidente
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, no início da tarde desta sexta-feira (11), que o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impetrado pelo Ministério Público de São Paulo “passou de todos os limites”. Em coletiva a imprensa, a petista defendeu o padrinho político, pontuou que teria “orgulho” em tê-lo como ministro e reafirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo.
“O pedido de prisão passou de todos os limites. Não existe base nenhuma para este pedido. É um ato que ultrapassa ao bom senso, de injustiça e é um absurdo que um país como o nosso assista isso. O governo repudia em gênero, número e grau este ato praticado contra o ex-presidente Lula”, cravou a presidente.
A presidente pediu “mais seriedade” diante da análise dos vazamentos de possíveis depoimentos prestados à Lava Jato e disse que o momento chama o país a ter “mais calma e menos violência”. “Este é o momento de diálogo, pacificação, calma e tranquilidade. Devemos isso ao país”, observou.
Indagada sobre a possibilidade de Lula integrar seu ministério, a petista disse que não costuma discutir como forma a equipe ministerial. “Teria o maior orgulho de ter Lula no meu governo. Ele tem grande experiência, tem capacidade gerencial. Teria uma grande orgulha de ter ele no meu governo. Agora não vou discutir aqui com vocês se ele vai ser ou não ministro”, afirmou.
Dilma Rousseff reforçou ainda que não pretende renunciar o cargo, como os setores da oposição estão pedindo. “Solicitar a minha renuncia é dizer que não tem mais impeachment. E nós vamos discutir com a população o porquê de tirar uma presidente legitimamente eleita... Testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar”, ironizou a petista.
Durante a coletiva, a petista pediu ainda que não ajam confrontos entre militantes pró e contra ela nos protestos agendados para o próximo domingo (13). “Peço que não aja confronto. A manifestação é um ato importante para um país, não deve ser manchada. Uma das vitórias da democracia brasileira é o direito de livre manifestação. Não cabe de jeito nenhum a gente perder o patrimônio de tolerância”, disse, colocando-se tranquila quanto ao ato.