Renan Calheiros: “Além da queda, o coice, eu não concordo”

O presidente do Senado foi contra inabilitar Dilma para a função pública. Ele disse que não concordaria que a petista, além de perde a presidência, perdesse esse direito

por Taciana Carvalho qua, 31/08/2016 - 15:03
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar de ter perdido o mandato de presidente da República, Dilma Rousseff continua com o direito de exercer a função pública. Sobre o assunto, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, disse que não está previsto na Constituição inabilitar Rousseff como consequência do seu afastamento.

“No Nordeste, costumam dizer uma coisa que não concordo: além da queda, o coice. Nós não podemos deixar de julgar, nós temos que julgar, mas nós não podemos ser maus e desumanos, por isso, o meu voto é contrário à inabilitação”, disse Renan.

A senadora Kátia Abreu (PMDB), que foi contra o impeachment embora do mesmo partido do então presidente interino Michel Temer (PMDB), declarou que foi feito justiça ao manter os direitos políticos de Dilma. “Dilma não é uma pessoa corrupta. O Senado achou por bem tirar o mandato, mas continua podendo trabalhar no setor público. A sua vida vai continuar. Se ela fosse inabilitada seria um esquartejamento de uma pessoa que não merece”, declarou.

Kátia Abreu, durante o julgamento do processo, chegou a dizer que o impeachment era um processo que “nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara dos Deputados) e da ganância de um pequeno grupo pelo poder". Também alertou afirmando que "a história do Brasil vai contar aos brasileiros de hoje e do futuro o que estamos assistindo aqui”.

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