Em calamidade financeira, MG compra mais dois helicópteros

O governo alega que os modelos Airbus AS350 B3e, já encomendados, serão adquiridos para missões de segurança pública e defesa civil. Não há impedimento para que também transportem o petista

qua, 04/01/2017 - 07:50

O Gabinete Militar do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), está comprando mais dois helicópteros, ao custo de R$ 21,8 milhões, em meio à "calamidade financeira" decretada pelo Estado. O governo alega que os modelos Airbus AS350 B3e, já encomendados, serão adquiridos para missões de segurança pública e defesa civil. Não há impedimento para que também transportem o petista.

No domingo, dia 1º, Pimentel utilizou uma aeronave oficial para buscar seu filho em um condomínio às margens do lago de Furnas, em Minas, após uma festa de réveillon. O governador afirmou, em nota, que o uso do helicóptero é legal e citou um decreto de 2005 que autoriza que prevê a utilização para fins "de qualquer natureza".

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), porém, já afirmou que pedirá ao Ministério Público que investigue possível mau uso de recurso público.

Questionada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governo mineiro informou que os helicópteros estão sendo comprados pelo Gabinete Militar do governador porque a Defesa Civil está subordinada ao órgão. Afirmou ainda que eles serão usados também em operações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Exceção

As aeronaves, disse o governo, poderão ser acionadas para o transporte do governador, mas somente em casos excepcionais, como quando a aeronave que já é destinada a esse fim não estiver apta para voo ou sendo empregada em outras missões.

"O objetivo do governo é, até o fim deste mandato, criar um comando aéreo e disponibilizar, assim, um helicóptero para ações de resgate em cada uma das regiões de Minas Gerais", justificou o governo, em nota.

O governo mineiro alega ainda que o uso de aeronaves pelo governador não é exclusivo. "As mesmas também são utilizadas para demandas diversas de interesse público, tais como transporte de órgãos para transplantes e atendimento a emergências de Defesa Civil e segurança pública." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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