Danilo: Fernando Filho não representa o PSB no ministério
O deputado federal reforçou que o PSB é oposição ao presidente Michel Temer (PMDB) e disse que o ministro fez um "voo solo" ao ingressar na equipe do peemedebista
A tendência de que o grupo dos Coelhos desembarque do PSB está cada vez mais confirmada. Além das articulações entre o senador Fernando Bezerra Coelho e outros partidos, como o PMDB, a divisão da legenda socialista em Pernambuco está cada vez mais latente diante da representatividade do grupo no cenário local e nacional. A última sentença divisória foi a postura do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, diante da privatização da Eletrobras e, por consequência, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
De acordo com o deputado federal Danilo Cabral, o fator pode ser mais um episódio para afastar mais o auxiliar de Michel Temer da legenda, mas não a “gota d’água”. “Não acredito que vai ser o definidor, pode ser mais um episódio. Isso é um processo. Vem lá de trás, desde a ida do partido para o governo. A divisão [do PSB] começou com a ida dele para o governo, o partido decidiu que não teria ninguém representando no governo do presidente Temer. Ele fez um voo solo, autônomo e em nome de alguns parlamentares que validaram”, destacou.
Danilo reforçou que o PSB é oposição ao presidente Michel Temer. “Fernando Filho não representa do PSB dentro do ministério. O PSB é oposição ao governo Temer, isso está muito claro, ainda mais depois da postura dele sobre a privatização. Isso aprofunda ainda mais as divergências que nós temos, acredito que pode ser mais um episódio, mas não que vá ser o motivador. Antes disso, o senador Fernando Bezerra já estava sinalizando a mudança de partido”, destacou.
Tanto o ministro quanto o senador, além do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho estão ensaiando o desembarque do partido sob a justificativa de que “não há mais clima”, após o início de um processo contra 16 deputados federais que votaram a favor de pautas governistas, como a reforma trabalhista. Nos bastidores, já é dada como certa a migração deles para o PMDB, inclusive, com a intenção de disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, hoje ocupado pelo governador Paulo Câmara (PSB) que disputará a reeleição.