FBC sobre governo de Paulo: não tive direito de colaborar
O senador afirmou que buscou "participar do projeto" apresentado em 2014 e pontuou o acúmulo, segundo ele, de "erros" administrativos e políticos
A insatisfação antes colocada debaixo do tapete pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) diante da gestão do governador Paulo Câmara (PSB) vem sendo exposta desde que ele ingressou na legenda peemedebista, com a intenção de disputar o Palácio do Campo das Princesas, seja liderando a chapa ou chancelando o nome do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (ainda no PSB).
“Tenho a consciência tranquila que busquei participar do projeto que apresentamos aos pernambucanos em 2014. Não me foi dado o direito de colaborar e ajudar”, destacou, em discurso no Senado nessa quarta-feira (13). “Erros administrativos e, sobretudo, políticos, vêm se acumulando em Pernambuco. Não tenho receio dos embates que haveremos de enfrentar”, acrescentou.
Nos bastidores, conta-se que o desejo de concorrer ao comando estadual de Bezerra vem sendo alimentado desde 2014, quando ele foi preterido pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) que indicou Paulo Câmara para a vaga e ele ao Senado. Assim que deixou o Ministério da Integração em 2013, ele não escondeu a vontade de estar no páreo e chegou a ponderar, no início de 2014, que preferia que o escolhido por Campos fosse um quadro político e não técnico.
Ao analisar a conjuntura local, Fernando Bezerra em seu discurso também relembrou a trajetória no PSB. Disse se sentir honrado por ter sido convidado por Miguel Arraes a fazer parte dos quadros do partido, além disso ele citou Eduardo Campos para justificar a migração para o PMDB.
“Eduardo Campos, quando indagado sobre a candidatura dele à Presidência da República [em 2014], por um campo político diferente do qual tinha participado, afirmou: “porque você apoiou, você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já não se vê, não se representa naquele governo”, frisou.
“Fiz a opção de dar consequência ao voto a favor do impeachment, apoiando verdadeiramente o Governo de transição do presidente Michel Temer. Não tenho duas caras ou posição dúbia”, acrescentou, reforçando que a gestão estadual e o PSB tem feito duras críticas a Temer.
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