Centrais sindicais farão ato contra nova lei trabalhista
O ato, que acontece no Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos, será realizado um dia antes de entrar em vigor a nova legislação trabalhista
Os representantes das centrais sindicais que organizaram uma manifestação nesta sexta-feira (10), no Recife, garantiram novamente que haverá luta contra "a retirada dos direitos dos trabalhadores", que está acontecendo no que chamam de "governo golpista". A afirmação foi feita, na tarde desta quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa realizada na sede da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), no bairro de Santo Amaro.
Os sindicalistas explicaram que, a partir das 9h, na Praça do Derby, haverá uma assembleia com a presença das centrais e trabalhadores. Também contaram que, após a assembleia, é possível que seja realizada uma caminha da praça até a Superintendência Regional do Trabalho, localizado na Agamenon Magalhaes. Eles destacaram que diversos municípios de Pernambuco também vão se reunir para protestarem. Já há confirmação de atos nos municípios de Escada, Caruaru, Petrolina, Vitória de Santo Antão e Limoeiro como exemplos.
O ato, que acontece no Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos, será realizado um dia antes de entrar em vigor a nova legislação trabalhista [n 13.467/17].
O vice- presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, afirmou que a nova lei ataca os direitos dos trabalhadores. "Dizendo que os sindicatos não servem de nada, além de atacar a Justiça do Trabalho, o próprio ministro do Trabalho chegou a dizer isso. Tentam fragilizar o movimento sindical para, em seguida, fazer um profundo ataque. É um ataque profundo aos direitos", disse.
Rocha ressaltou que o povo conseguiu acabar com a escravidão. "E, por isso, é nas ruas que a gente vai se manter. Tenho certeza que a gente vai continuar na luta", afirmou.
O vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Helmiton Bezerra, disse que mais de 100 países fizeram uma reforma trabalhista, mas que não foi apontado desenvolvimento e retomada de emprego", alertou. Helmiton também disse que, a partir de sábado, haverá empregos cada vez mais precário e sem salário garantido. "Vamos ter muita precarização. É falso os argumentos que estão sendo apresentados pelo governo. O Brasil está voltando 70 anos rasgando as conquistas históricas", cravou.