Marina Silva define Bolsonaro como ‘retrocesso político’

No Recife, nesta terça-feira (21), a ex-senadora foi questionada sobre quem Bolsonaro representa

por Taciana Carvalho ter, 21/08/2018 - 16:29
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A presidenciável Marina Silva (Rede) desembarcou nesta terça-feira (21), no Recife, para participar de um encontro no Porto Social, na Ilha do Leite. Após o evento, a candidata concedeu uma coletiva de imprensa onde foi questionada, entre outros temas, o que achava do também presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Os dois protagonizaram os momentos mais tensos durante o debate promovido pela RedeTV, na última sexta-feira (17). Na ocasião, cara a cara com Bolsonaro, a ex-senadora chegou a dizer que ele achava que pode resolver tudo no grito e na violência. 

 Na resposta de hoje à jornalista, sem citar o nome de Bolsonaro, Marina falou sobre retrocessos. “Existem muitos retrocessos que estão acontecendo no Brasil. Um deles é o retrocesso político, um retrocesso político daqueles que tem saudosismo do autoritarismo, da ditadura, obviamente que não queremos que o Brasil volte para o período da falta de democracia”, declarou. 

Ela também falou que o problema da violência não tem como ser resolvido com cada pessoa tendo uma arma para se defender. “O enfrentamento que a sociedade precisa dar aos problemas graves que nós estamos vivendo não tem como serem resolvidos em um passe de mágica e uma eleição não é o momento de você apresentar saídas muitas vezes enganosas para a população. O problema da violência será resolvido com a implementação do sistema único de segurança pública, será resolvido com apoio ao trabalho dos estados e dos municípios, que o Governo Federal em sucessivos governos ficou de costas para os estados”. 

Marina ainda disse que é preciso a formação continuada e salários justos para os policiais. “Mas também compreendendo que o problema da violência não é só polícia, é também justiça econômica, social, cuidar da vida das pessoas com educação de qualidade, com moradia digna, com transporte digno, nós temos que pensar nas políticas públicas de forma integrada e é por isso que o debate tem que ser um debate de ideias e de propostas, mas não pode ser apenas um rol de propostas sem propósitos. Temos que discutir propósitos, aonde queremos chegar e que país nós queremos ser. A partir disso estou participando da campanha”.

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