Bolsonaro nomeia mulher acusada de improbidade para cargo

Ana Maria Pellini será secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente

por Taciana Carvalho sex, 18/01/2019 - 18:13
Foto: Marcos Corrêa/PR Foto: Marcos Corrêa/PR

 Nesta sexta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é protagonista de mais uma polêmica: o militar nomeou Ana Maria Pellini como secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente. Pellini é ex-secretária estadual do Rio Grande do Sul, acusada de improbidade administrativa e danos aos cofres públicos. 

A ação contra Ana Maria foi movida pelo Ministério Público do RS, que a acusou de celebrar um contrato irregular, sem licitação, que lesou o erário em R$ 1, 6 milhão. O decreto com sua nomeação foi publicada, na última terça-feira (15), no Diário Oficial e foi assinada por Bolsonaro e pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. 

O caso envolve a contratação da empresa Metalúrgica Big Farm, em 2009, para construir albergues penitenciários em um processo feito de forma emergencial. Segundo o Ministério Público, não houve estudos técnico para a contratação e que o método da construção era inadequado. Pellini foi uma das gestoras responsáveis por conduzir o processo. 

O MP pede à Justiça que tanto ela como os demais envolvidos sejam condenados com base na lei de improbidade administrativa que aponta irregularidades em “frustrar a licitude de processo licitatório (...) ou dispensá-los indevidamente”, entre outros pontos. Por sua vez, por meio de nota, a defesa de Pellini garantiu que “todos os procedimentos adotados na época pelos gestores estão dentro da legalidade”. 

Na época da campanha, Bolsonaro chegou a afirmar que sua equipe não seria composta por pessoas condenadas por corrupção. “Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos. Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes’, disse na ocasião. 

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