Contra atos, Moro autoriza Força Nacional na Esplanada

A medida atendeu a um pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, e seguirá por 33 dias

por Giselly Santos qua, 17/04/2019 - 12:34
Marcello Casal Jr./Agência Brasil Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir desta quarta-feira (17). A medida atendeu a um pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, e seguirá por 33 dias. Manifestações agendadas para os próximos dias de movimentos sociais e uma marcha indígena teriam motivado a solicitação.

Em entrevista ao site UOL, Augusto Heleno disse que a medida foi para "desencorajar atos de violência". "Estamos tomando essa providência para desencorajar esse tipo de manifestação que não serve a muita coisa. Não queremos vandalismo, não queremos quebra-quebra, como já aconteceu em outras manifestações desse tipo. Estamos exatamente nos antecipando a esse problema", disse.

A portaria assinada por Sérgio Moro diz que fica autorizado "emprego da Força Nacional de Segurança Pública nas ações de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, na defesa dos bens e dos próprios da União".

A ação tem repercutido nas redes sociais. No Twitter, diversos parlamentares já se posicionaram contra a atitude. “Contra as manifestações legítimas do povo, cassetete. É assim que Jair Bolsonaro e Sérgio Moro querem recepcionar a marcha indígena”, disparou o senador Humberto Costa (PT).  

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) também usou a rede social para pedir explicações. “O objetivo é impedir manifestações. A medida é grave e autoritária. Exigimos explicações”, salientou.

"O ministro da Justiça, Sérgio Moro, do auto de seu autoritarismo baixou portaria hoje para liberar a atuação da Força Nacional na Esplanada dos Ministérios, em Brasília-DF, para reprimir manifestações contra o fim da aposentadoria, em análise, hoje na CCJ", observou, ainda, a deputada federal Erika Kokay (PT).

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