Meira pode ser alvo de novo processo de impeachment
A pauta desta terça-feira (13) da Câmara de Camaragibe tem uma denúncia contra o prefeito Demóstenes Meira (PTB) que, se aprovada, vai instaurar um novo processo para cassar o mandato dele
A Câmara Municipal de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), tem na pauta desta terça-feira (13) uma denúncia que solicita a abertura de um novo processo de impeachment contra o prefeito da cidade Demóstenes Meira (PTB).
O petebista está afastado das atividades e preso desde o dia 20 de junho no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, acusado dos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A prefeita em exercício, na cidade, é Nadegi Queiroz (DC).
A nova denúncia é baseada na Operação Harpalo que iniciou as investigações em dezembro de 2018 e apura crimes envolvendo o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe.
Para ser instaurada a denúncia e aberto o processo de impeachment, a maioria simples dos 13 vereadores da Casa precisa votar a favor do pedido. Caso isso aconteça, serão sorteados três vereadores para compor uma comissão que analisará a denúncia em cinco dias e opinará se arquiva ou convoca Demóstenes Meira para se explicar no prazo de 15 dias. Todo o processo deve durar cerca de 45 dias.
Esta é a segunda vez que a Câmara analisa uma denúncia que pode resultar no impeachment de Meira. A última foi apresentada pelo presidente da Casa, Antônio Oliveira (PTB). A solicitação foi aprovada e a comissão criada para analisar o pedido deu parecer favorável, mas no dia da votação final, uma liminar concedida pela juíza Anna Regina de Barros, da 2ª Vara Cível do município suspendeu a sessão que decidiria o futuro político de Demóstenes Meira.