Augusto Aras acredita que Adélio Bispo não agiu sozinho

Para o novo PGR, é preciso buscar a 'verdade real' sobre o ataque a faca contra Jair Bolsonaro

qua, 02/10/2019 - 09:52
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que a investigação sobre o atentado a faca sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) seja aprofundada. Em entrevista ao Estadão, Aras disse que não acreditava em surto psicótico de Adélio Bispo, autor da facada, e pontuou que é preciso buscar a “verdade real” do atentado. 

“Acredito que devesse merecer aprofundamento das investigações. Não me parece crível pelo modus operandi em que agiu Adélio que o atentado à vida do atual presidente tenha sido um mero surto de quem quer que seja”, disse Aras.

“O uso de uma arma branca, a suspeita de copartícipes na multidão, a tentativa de confundir as apurações com a entrada de pessoas com o mesmo nome na Câmara, o surgimento de advogados que não foram contratados por alguém conhecido são elementos que precisam ser investigados. Ainda é tempo de a Polícia Federal, do Ministério Público Federal, atuando em conjunto, buscar a verdade real do atentado”, acrescentou o novo PGR.

Aras declarou ainda que a narrativa de que Adélio abriu como “lobo solitário” não o convence e que a PGR não pode tomar providências sobre a investigação do caso, mas apenas os advogados do presidente. 

Augusto Aras toma posse como procurador-geral da República durante cerimônia marcada para esta quarta-feira (2).

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