Arrependidos, militares chamam Bolsonaro de "traidor"

Líder do governo na Câmara dos Deputados disse que "não é o momento de conceder aumento indiscriminado

por Jameson Ramos ter, 29/10/2019 - 19:08

A conclusão da votação do projeto de lei que altera as regras de aposentadoria dos integrantes das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros terminou com muitos familiares irritados com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Eles chegaram a dizer que o presidente era traidor e que iriam fazer campanha contra a família Bolsonaro. Os manifestantes se identificaram como, agora, antigos aliados de Jair e seu grupo.

Um vídeo feito na comissão especial da Câmara dos Deputados, que analisava - e concluiu a reforma dos militares, mostra o exato momento que os presentes se manifestam contra o que se foi aprovado. "Eu fui pras ruas, coloquei carreata para o senhor enquanto vocês estavam aqui embaixo do ar condicionado", reclamou uma das mulheres.

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Sobre a reforma

o texto-base já havia sido aprovado na semana passada, mas faltava a análise de três destaques. Dois deles foram rejeitados nesta terça-feira (29), sendo um deles o que poderia estender a todos os militares o pagamento de um adicional para quem fizesse curso de formação e aprimoramento ao longo da carreira, não mais apenas aos oficiais da alta patente.

No entanto, o deputado Vitor Hugo (PSL), que é o líder do governo na Câmara, seguiu o relator e afirmou que "não é o momento de conceder aumento indiscriminado". Tal entendimento foi o estopim para a revolta dos militares e familiares que acompanhavam as discussões. 

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