Damares: herdamos "um país mergulhado em corrupção"

A ministra discursou nesta segunda-feira (24) na 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra

seg, 24/02/2020 - 12:21
FABRICE COFFRINI/AFP FABRICE COFFRINI/AFP

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, está chefiando a delegação brasileira na 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça. O evento começou nesta segunda (24) e segue até a quinta-feira (27).

A reunião é o principal encontro de líderes internacionais sobre o tema. Espera-se que que mais de 100 ministros e altas autoridades da área de direitos humanos participem das discussões previstas para os próximos quatro dias.

Eu seu discurso, nesta segunda-feira, Damares iniciou comparando o Brasil entregue pela gestão anterior do atual, comandado há pouco mais de um ano pelo presidente Jair Bolsonaro. “No ano passado estive nessa tribuna para falar do Brasil que recebemos. Tínhamos herdado um país mergulhado em corrupção, violência, uma nação triste, em que muitos eram deixados para trás. Mas este ano eu volto para apresentar nesta tribuna um novo Brasil, uma nova nação”.

Sobre os ganhos alcançados no último ano, a ministra frisou o combate a corrupção. “O governo Bolsonaro recebeu de herança um estado debilitado, por anos de sistemáticos desvios de recursos públicos. Nosso governo, contudo, está decidido a mudar essa realidade”.

Como exemplo, citou que em 2019 o equivalente a mais de 25 milhões  de dólares – de ativos recuperados da Operação Lava Jato – foram destinados a promoção de direitos de adolescentes em conflito com a lei. “O dinheiro da corrupção agora vai para políticas públicas de defesa dos direitos humanos no Brasil”, afirmou.

“Sem corrupção já começa a sobrar dinheiro para proteger nossos brasileiros. Um dos muitos exemplos é a recente iniciativa do governo Bolsonaro de pagar pensão vitalícia para crianças nascidas com microcefalia em decorrência do zika vírus e também o pagamento do 13° salário do maior programa de transferência de renda, o Bolsa Família”, pontuou.

“Não fazemos discurso de homenagens aos direitos humanos e a justiça social como cortina de fumaça para o desvio institucionalizado de bilhões de dólares, destinados a saúde, a educação, a segurança pública. Estamos na verdade fazendo o caminho de volta".

A ministra também abordou em seu discurso temas como o Conselho da Amazônia, desmatamento, discriminação contra pessoas LGBT, violência e combate ao crime organizado. Confira:

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