Facebook e Instagram também apagam vídeo de Bolsonaro

Redes alegaram à reportagem da BBC que os posts violam o padrão da comunidade que "não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas"

seg, 30/03/2020 - 21:52
Marcos Corrêa/PR Bolsonaro está tendo problemas com as redes sociais Marcos Corrêa/PR

O Facebook apagou um vídeo publicado pelo presidente Jair Bolsonaro no domingo (29) por “promover desinformação”. É o que revelou uma reportagem da BBC Brasil nesta segunda (30).

Segundo a BBC News Brasil, um porta-voz das redes sociais confirmou a exclusão de um vídeo onde Bolsonaro conversava com um ambulante em Taguatinga, no Distrito Federal. "Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota.

No vídeo, Bolsonaro dizia que as pessoas queriam é trabalhar. “É o que eu tenho falado desde o começo". Além disso, o presidente ainda afirmava a quem quisesse ouvir que a cloroquina – remédio ainda em testes – estava “dando certo em tudo que é lugar”.

Os posts apagados no Twitter

Dois tuítes publicados na conta oficial do presidente Jair Bolsonaro, em que ele questionava as medidas de isolamento social para conter a propagação do novo coronavírus, foram apagados pela plataforma na noite deste domingo (29), sob o argumento de que “violavam as regras”.

Bolsonaro havia publicado três vídeos em que desrespeitava as orientações do Ministério da Saúde e passeava, neste domingo, por Brasília, aproximando-se de apoiadores e reforçando seu chamado para romper a quarentena. Duas das três publicações foram apagadas.

Repete o discurso, inclusive na TV

Se nas redes sociais, Bolsonaro ‘perdeu espaço’ com seus posts apagados, não faltam oportunidades do presidente da república propagar seu discurso de negação do isolamento como método de conter o avanço da pandemia. Em entrevista na Rede TV, o mandatário criticou governadores por “impor” a quarentena, repetiu que o “povo quer trabalhar” e insinuou que os Estados tem mentido sobre o número de infectados e mortos pela Covid-19.

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