Filhos de Bolsonaro criticam aprovação do PL das fake news

Para eles, o país perde a liberdade de expressão com a proposta que seguiu para a avaliação da Câmara

qua, 01/07/2020 - 09:24
Fábio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil Eduardo já adiantou que votará contra na Câmara Fábio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil

A aprovação do texto base do projeto de lei que regula o uso das redes sociais para evitar a disseminação de fake news no Senado foi criticada, nesta quarta-feira (1º), pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos). Para eles, o país perde a liberdade de expressão com a proposta que seguiu para a avaliação da Câmara.

Carlos foi duro nas ponderações ao avaliar a aprovação e disse que o Brasil "jamais será uma Coreia do Norte". 

"Não éramos um país livre e que parece que estamos perdendo a liberdade. Desde que me lembro, nunca fomos um país livre. Fazemos parte de uma nação que começou a tentar sair do buraco há pouco e todos temos muito para desfazer diante de décadas de tesouradas", escreveu no Twitter.

"Nunca se tratou da palavrinha politicamente correta: 'fakenews'. O problema sempre foi o crescimento do raciocínio sem cabresto, o que não ocorre quando existe o conluio da mídia com os engravatados, usando o seu dinheiro. Pedantes Ególatras, aqui jamais será uma Coreia do Norte", emendou o vereador. Carlos, inclusive, é apontado como o chefe do chamado "gabinete do ódio" que usa as redes sociais para difundir fake news e bater em aliados e oposicionistas ao presidente. 

Já Eduardo, adiantou que votará não ao projeto na Câmara. "O Senado aprovou a Lei da Censura, que agora seguirá para a Câmara. Já adianto meu voto: sou totalmente contrário a toda tentativa de 'regulamentar' (CENSURAR) as redes sociais. Rejeito qualquer ato que retire liberdade do cidadão e lutarei contra isso", argumentou o deputado.

Já Flávio, que esteve entre os senadores que votou contra o texto nessa terça, usou a rede social para reiterar que era contra a proposta. "O PL da Censura é inconstitucional, atropela garantias individuais. E têm vício insanável: quem decide o que é Fake News? Postar que é contra cotas raciais e a favor das sociais, é racismo? Pastor defender que família é homem e mulher, é preconceito?", indagou, seguindo a publicação da hashtag "#CalaaBocaNaoMorreu".

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