Cientista e dirigentes políticos analisam quadro eleitoral

Pandemia altera calendário de votação das eleições municipais de 2020 e obriga partidos a desenvolver novas estratégias de campanha

sex, 11/09/2020 - 19:16

A pandemia do novo coronavírus causou o adiamento de muitos eventos no ano de 2020, como os campeonatos de futebol, basquete, Olimpíadas de Tóquio, que seriam realizadas no meio deste ano, além de muitos eventos. Com as eleições de 2020 não foi diferente. O calendário mudou. De acordo com a Emenda Constitucional 107, promulgada na semana passada, os dois turnos das eleições serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro, respectivamente.

Para o cientista político e professor de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (UNAMA) Rodolfo Marques, o principal desafio dos candidatos que concorrem às eleições desse ano é a necessidade de se adaptar ao “novo normal”, que mudou a forma de fazer campanha. “O principal desafio é a necessidade de usar a criatividade na campanha eleitoral. A divulgação corpo a corpo é afetada, então muitos candidatos têm que usar outros meios de comunicação como internet e rádio. Enquanto a possibilidade de aumentar o número de contágio é pequena. Não acredito que as eleições aumentem o número de casos do vírus no nosso Estado”, afirmou o professor.

Quem também vem tentando se adaptar a essa nova realidade é o presidente da juventude do partido Democratas (DEM) em Belém, Dr. Dirceu Rigoni. Ele enfrenta o desafio de fazer sua campanha com restrições de contato social explorando outros meios de comunicação. “Eu diria que as eleições desse ano são mais importantes que as anteriores. Nesse sentido, a divulgação da internet nas eleições de 2018 foi muito importante. A era daqueles grandes comícios está chegando no final. Contato continua importante, mas pretendemos dispor aos outros meios de comunicação. Quanto ao contato físico, usaremos máscaras e álcool em gel e distanciamento”, ressaltou Dirceu.

Já para o presidente dos Democratas (DEM) em Belém, Yan Miranda, as eleições foram um marco importante para os políticos do partido. “Seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), os eleitores estão voltando aos poucos assim como o comércio e outras atividades estão voltando ao normal, fazendo tudo que faziam anteriormente. As eleições não causarão muito impacto nos números dos contaminados. Eu acho que o pior já passou e não estamos vivendo uma grande onda. Não vejo motivos para preocupações”, finalizou Yan.

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Por Lucas Rodrigues.

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