Após 2ª dose, idosos fortalecem atos contra Bolsonaro
Protegidos pelo ciclo vacinal contra a Covid-19, a faixa etária foi mais participativa na manifestação do Recife, neste sábado (24)
Se o receio de contrair Covid-19 privava o público idoso das manifestações de rua pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o medo do vírus em aglomerações foi reparado com a segurança de completar o ciclo de imunização. No Centro do Recife, o ato #24J deste sábado (24), reuniu mais representantes da faixa etária, que suportaram a passeata pela Avenida Conde da Boa Vista para garantir seu direito de manifestação.
“É um exemplo para as outras gerações”, ressaltou a aposentada Diná Gasparini, de 75 anos. Em seu terceiro ato contra o Governo Federal na capital, nem o trajeto de aproximadamente 2,3 km, nem a temperatura em torno de 27 °C, foram capazes de lhe segurar em casa.
“Eu acho que não é mais questão de segurança. É questão de obrigatoriedade de nós estarmos na rua. Tomou as duas doses, tem que vir para a rua”, convoca a aposentada.
A servidora pública Maria Lima conta que até perdeu as contas de quantas manifestações pela destituição de Bolsonaro já participou. “É pra gente mostrar que tá tudo errado e que tem botar esse genocida pra fora. Não tem outro meio”, disparou.
Assim como Diná, apesar das duas doses aplicadas, ela manteve a máscara de proteção e as possíveis recomendações sanitárias em um ato que reuniu milhares de pessoas. “Tô mais segura por conta da vacina. Depois da vacina, eu ainda tive Covid, mas sem nenhum sintoma”, garantiu.
Conforme dados apresentados pelo ‘Vacinômetro’ da Prefeitura do Recife, até o momento, 1.156.052 doses já foram aplicadas no município, porém, apenas 365.570 pessoas concluiu o esquema vacinal.
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