Amilton nega conhecer agentes públicos da Saúde
Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questionaram a facilidade e a rapidez com que Amilton de Paula foi recebido, diante do fato de não ter contatos no ministério
Negando ter contatos no Ministério da Saúde, o reverendo Amilton Gomes de Paula disse que enviou e-mail à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, para marcar reunião no dia 22 de fevereiro, às 16h30, com vistas à “apresentação e possível negociação da vacina AstraZeneca”.
O reverendo afirmou que foi recebido na data pelo então diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério Lauricio Monteiro Cruz.
Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questionaram a facilidade e a rapidez com que Amilton de Paula foi recebido, diante do fato de não ter contatos no ministério.
"O senhor mandou o e-mail às 12h, apontou o horário a ser recebido [16h30] e houve a reunião. Queria essa eficiência do serviço público para a Pfizer", afirmou o senador Randolfe.
Após Renan e Randolfe perguntarem ao reverendo Amilton o que explicaria o seu prestígio por ter sido recebido no Ministério da Saúde no mesmo dia em que encaminhou e-mail, enquanto laboratórios eram ignorados pelo governo, o religioso afirmou que foi pela "urgência da demanda e escassez" de vacinas. Amilton negou conhecer alguém na pasta.
Reverendo diz desconhecer oferta de propina para vacinas
Ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), o reverendo Amilton disse desconhecer a denúncia do pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca, como afirmou à CPI o policial Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati, à CPI.
O reverendo disse ainda que conversou duas vezes com o CEO da Davati, Herman Cadenas, que teria lhe garantido que tinha vacinas para serem comercializadas.
Braga destacou que, em recente entrevista televisiva, Cadenas assegurou que tinha prioridade de alocação e não vacinas propriamente.
*Da Agência Senado