Renan Calheiros pede indiciamento de 70 pessoas
Senador apresentou novo relatório, na CPI da Covid, no qual sugere 24 crimes a 70 pessoas e duas empresas, entre os citados está o presidente Jair Bolsonaro
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, sugeriu o indiciamento de 70 pessoas, além de duas empresas, por um total de 24 crimes, em novo relatório entregue na noite da última segunda (18). Na lista, há médicos, empresários, políticos e ministros que defendem tratamentos ineficazes, citados como culpados por crimes de homicídio e infração de medidas sanitárias, entre outros.
Segundo o relatório, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quatro ministros, três ex-ministros, duas empresas, empresários e dois médicos teriam cometido crimes durante a pandemia. Ao presidente do país, o senador atribuiu 11 crimes, entre eles homicídio qualificado, emprego irregular de verbas públicas e infração de medida sanitária preventiva.
O ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga, atual responsável pela pasta, Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Braga Netto (Defesa), Wagner Rosário (CGU), e os três filhos mais velhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), também são citados no relatório, além do pastor SIlas Malafaia, oito médicos, um diretor e dois dos donos da Prevent Senior.
O relatório recomenda ainda que o Ministério Público Federal peça condenação e reparos por dano moral coletivo à sociedade brasileira de quem promoveu o uso de medicamentos sem eficácia e a imunidade de rebanho. A previsão de leitura do documento, na CPI da Covid, é nesta quarta (20), com votação prevista para a próxima terça (26).