Vereador é hostilizado após aprovação de nova previdência

O presidente da Câmara de Paulista, Edinho (PSB) , precisou ser protegido por policiais ao deixar a sede do Legislativo

qua, 10/11/2021 - 11:40
Reprodução Segundo o presidente da Câmara, ninguém foi agredido Reprodução

O presidente da Câmara dos Vereadores de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Edson de Araújo Pinto, o Edinho (PSB), foi hostilizado após a aprovação de uma reforma da previdência do município na terça-feira (9). Imagens registradas no momento em que o vereador deixava a Câmara mostram ele sendo protegido pela Polícia Militar enquanto é cercado por manifestantes. Uma garrafa de água também foi jogada na direção do parlamentar, molhando pessoas próximas. 

Ao LeiaJá, Edinho disse que ninguém foi agredido e que houve apenas um tumulto. “Estamos cumprindo a lei federal. Se nossa cidade não votasse seria prejudicada, então todos os municípios estão votando essa reforma federal, que é a emenda constitucional 103”, disse o presidente da Casa Legislativa.

O projeto seria avaliado até o dia 13 deste mês, mas a Câmara Municipal decidiu antecipar a discussão. Ao todo, 10 vereadores votaram a favor da reforma proposta pelo Poder Executivo. Dois parlamentares, Fabiano Paz (PSB) e Flávia Hellen (PT) se posicionaram contra a medida. Outros três não compareceram à sessão.

O Sindicato dos Servidores Municipais de Paulista (Sinsempa) realizou protestos ao longo do dia em frente à prefeitura. "Há dois anos, o servidor empobreceu, o servidor veio sacrificado. Teve reajuste, pedimos ao Executivo que desse a reposição da inflação de 2020. Não fizeram. E agora elaboraram essa proposta de cobrança tão abusiva. Em Paulista, os servidores só têm perdas. Não aguentamos mais essa situação", disse a presidente do Sinsempa, Jucineide Lira, que critica a taxação dos servidores em 14%, incluindo aposentados e pensionistas. 

O presidente da Câmara dos Vereadores alega que várias reuniões foram realizadas com os sindicatos para tratar do tema. “Eles levaram suas reivindicações e, das 11 que levaram, foram atendidas nove”, afirmou Edinho. A medida passa a valer em 90 dias. A Prefeitura de Paulista não se manifestou sobre o caso.

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