Ação diz que grupo Collor comprou credores
De acordo com a causa, o grupo comprou credores para evitar falência
Ex-trabalhadores da Organização Arnon de Mello (OAM), da família Collor, do senador Fernando Collor de Mello, em Alagoas, entraram com uma ação judicial para anular a assembleia geral de credores que aprovou o plano de recuperação judicial e livrou a empresa da falência, segundo a coluna de Carlos Madeiro do UOL. Na ação, a organização diz que houve compra de votos na assembleia.
O plano votado no dia 13 de julho limitou o pagamento aos ex-trabalhadores ao máximo de 10 salários mínimos a cada um (ou R$12.120 mil). Como há casos de débitos superiores a R$ 1,1 milhão, haverá credores com redução de até 99% do valor devido pela empresa.
A ação judicial diz que um advogado da empresa foi responsável por 188 dos 122 votos favoráveis ao plano apresentado aos trabalhistas, e votou por meio de procurações de trabalhadores que receberam parte dos valores devidos antes da assembleia. Sem os votos, o plano teria sido rejeitado.
O Ministério Público de Alagoas vai analisar o caso antes de ir a julgamento, o que ainda não tem data para acontecer. Caso a Justiça entenda que houve irregularidade, a votação pode ser anulada ou os votos dados pelo advogado, desconsiderados. Os credores pedem um plano alternativo de recuperação fiscal caso isso ocorra.