Policial que matou tesoureiro do PT chega a penitenciária
Jorge Guaranho foi levado à unidade de São José dos Pinhais, após ter direito à prisão domiciliar revogado
O policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, já foi preso em Curitiba. A informação é da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), que comunicou a entrada do réu no Complexo Médico Penal (CMP) em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A transferência aconteceu às 2h50 deste sábado (13).
Guaranho foi enviado à unidade por ainda estar com a saúde fragilizada. Ele é réu por homicídio duplamente qualificado, diante da morte de Marcelo Arruda, durante a festa de aniversário da vítima, em uma casa de festas privada. O crime aconteceu em julho e o autor também ficou ferido, precisando de internação médica por quase um mês. Por esta razão, não foi possível fazer o exame de corpo e delito pelo Instituto Médico-Legal (IML), procedimento que é padrão após a prisão.
Guaranho foi avaliado por uma equipe médica que estava de plantão do CMP, conforme a Sesp, e já se encontra em uma cela neste sábado. A defesa do acusado se opôs à prisão, considerando-a “desumana” e alegando que a unidade prisional não tinha condições de recebê-lo de imediato.
Prisão domiciliar revogada
O policial bolsonarista havia conseguido o direito à prisão domiciliar também esta semana, mas o pedido foi revogado em seguida pela Justiça do Paraná, que determinou a transferência para o CMP. Guaranho recebeu alta na quarta-feira (10), e deveria ser transferido para o Complexo, mas um ofício do próprio sistema informou que o local não tinha estrutura para atendê-lo por conta das necessidades médicas que ele necessita e, por isso, ele ficou em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica.
No entanto, em nova decisão publicada na sexta-feira (12), o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello informou à Secretaria de Segurança Pública (Sesp) que o Complexo Médico Penal “apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o réu”, diferentemente da argumentação inicial.
O despacho também destaca que um documento junto aos autos do processo diz que o Complexo Penal “possui condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado com supervisão contínua, levando em consideração as informações do Relatório de Evolução Médica do paciente”.