Tópicos | 3ª dose

Pelo menos 9 milhões de moradores do Estado de São Paulo estão com a 3ª dose da vacina contra a Covid-19 em atraso, segundo balanço da Secretaria da Saúde paulista. Com a nova alta de casos do vírus na última semana, especialistas têm afirmado que 3ª e 4ª injeções são a melhor forma de evitar o avanço acelerado da doença. Também recomendam, principalmente para grupos mais vulneráveis, retomar o uso de máscaras em lugares fechados.

O balanço do governo considera a população a partir dos 12 anos (no total, 38 milhões no Estado), para quem a 3ª dose já foi recomendada. Ainda conforme a pasta, há 7 milhões que poderiam tomar a 4ª injeção e ainda não tomaram. Para esse reforço, o Estado considera apto o público com 40 anos ou mais, embora as cidades tivessem autonomia para recomendar o complemento para um grupo mais amplo. A capital, por exemplo, aplica a 4ª dose a todos os adultos.

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BQ.1.

A alta de infecções é associada ao avanço da nova subvariante da Ômicron, a BQ.1. Os cientistas ainda não sabem se essa versão do vírus é mais grave ou transmissível, mas estudos preliminares apontam maior risco de escape à proteção dada pelas vacinas - por isso é essencial buscar o reforço. "Toda vez que se deixa essa hesitação vacinal, essa lacuna de vacina, propicia que o vírus possa ter uma retomada", disse ao Estadão Regiane de Paula, coordenadora do Plano Estadual de Imunização. Na capital, embora a 4ª dose esteja disponível há três meses para todos os adultos, 3,7 milhões de paulistanos não buscaram os postos de saúde para receber esse reforço. Já em relação à 3ª injeção, esse passivo é de 2,1 milhões, informou a Secretaria Municipal de Saúde.

Para a médica Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia, é preciso "manter cobertura vacinal muito alta, superior a 90%". Os dados da Prefeitura mostram que as lacunas derivam de uma adesão menor entre os mais jovens. Se considerar a 3ª dose, 96% dos paulistanos com mais de 50 anos já se protegeram.

Na faixa entre 18 e 49 anos, esse número cai para 77%. Para a 4ª dose, o cenário piora. Só 28% dos adultos com menos de 50 anos garantiu esse reforço, ante 70% no grupo 50+."Não ter a vacinação atualizada é um desastre", comenta Gonzalo Vecina Neto, ex-secretário municipal de Saúde. "Vacina diminui a mortalidade. A experiência do Estado de São Paulo informa: é 26 vezes menor a probabilidade de morte com vacinação atualizada."

Na Europa, o espalhamento da BQ.1 motivou uma alta de infectados desde setembro. "Na Alemanha, por exemplo, as hospitalizações de UTI por covid dobraram em questão de 15, 20 dias", afirma o coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt.

MOTIVOS

Para especialistas, a baixa procura por vacina de reforço é resultado da soma de alguns fatores. O primeiro é a sensação de tranquilidade, causada pelo arrefecimento da crise sanitária, com menos infecções e mortes. "Parece que a busca pela vacina é reativa. Quando vemos países que estagnaram (a vacinação) e daí tem uma (nova) onda, vemos que a busca pela dose aumenta de novo", analisa Schrarstzhaupt. Esse comportamento, segundo ele, é perigoso e pode levar a hospitalizações e óbitos evitáveis. "Vacina não é remédio. É preventiva."

Vecina, por sua vez, reclama da falta de campanhas. "Neste momento, não temos barulho, não temos convocação. Temos um modelo de vacinação que é campanhista. Sem campanha, sem vacinação", afirma ele, que já presidiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Regiane de Paula reclama do Ministério da Saúde.

"Infelizmente, o Programa Nacional de Imunização está em um momento em que não tem protagonismo nenhum, delegando aos Estados, principalmente, o protagonismo", diz. O Ministério da Saúde, por sua vez, falou que "reforça constantemente, por meio de campanhas de comunicação e ações divulgadas em todos os canais oficiais, a importância de completar o esquema vacinal com a dose de reforço".

CRIANÇAS

Para a pediatra Isabella Ballalai, a preocupação é a baixa taxa de imunização de crianças e adolescentes. "Para eles, sim, a cobertura de duas doses está muitíssimo baixa, com a média de 40%", alerta a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cidade de São Paulo começa, nesta segunda-feira (30) a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos. A vacinação acontece em toda a rede de saúde - UBSs e AMAs/UBSs Integradas, das 7h às 19h, e megapostos e drive-thrus, das 8h às 17h.

A decisão acontece após o pedido, feito na última quarta-feira, 25, da Prefeitura da capital ao Ministério da Saúde para imunização desse grupo e também de adultos a partir de 50 anos com comorbidades e profissionais da saúde.

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Para receber a dose de reforço, adolescentes devem ter tomado a segunda dose há pelo menos quatro meses. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que poderão ser utilizados os imunizantes da Pfizer e Coronavac, de acordo com a disponibilidade nas unidades de saúde. A recomendação também vale para adolescentes gestantes e puérperas. No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deverá ser utilizada, reforça a SMS.

Desde fevereiro deste ano, adolescentes imunossuprimidos já tinham a terceira dose disponível. Ainda segundo a SMS, até o momento, 4.520 doses foram aplicadas nesse grupo. Já em todo o público de 12 a 17 anos, foram 978.330 primeiras doses e 876.506 segundas doses aplicadas, com cobertura de 115,9% e 103,8%, respectivamente.

A Moderna, farmacêutica americana que desenvolveu uma das vacinas contra a covid-19 atualmente em uso nos Estados Unidos e em outros países, afirmou nesta segunda-feira (20) que o imunizante aumentou a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, segundo testes clínicos realizados pela companhia.

De acordo com a Moderna, pacientes que tomaram o regime padrão de duas doses da vacina apresentavam baixo nível de anticorpos nos estudos que envolveram a Ômicron. No 29º dia após a aplicação da terceira dose - ou "dose de reforço" - o mesmo grupo de voluntários apresentou melhora no grau de proteção, o suficiente para que a empresa mantenha a sua vacina atual como a "primeira linha de defesa" contra a nova cepa.

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A Moderna, porém, não descartou a fabricação de uma nova vacina para lidar com a variante. "Dada a ameaça de longo prazo demonstrada pelo escape imunológico da Ômicron, a Moderna também continuará a desenvolver uma vacina específica para a cepa", disse a empresa, que espera avançar em testes clínicos sobre um novo imunizante no início de 2022.

O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, disse nesta segunda-feira, 22, que o governo deve editar amanhã uma portaria liberando R$ 1,4 bilhão para a compra de vacinas contra covid-19 para garantir a 3ª dose e a aplicação em adolescentes.

Segundo ele, esse valor já está incorporado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre, uma vez que é necessário 10% do valor do contrato. "O grosso da despesa é no ano que vem", disse.

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Um estudo de fase 3 indicou que a terceira dose da vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech é 95,6% eficaz na proteção contra o coronavírus, informaram as duas empresas nesta quinta-feira (21), com base em resultados preliminares.

Os testes contaram com 30 mil participantes que já haviam completado o ciclo vacinal do imunizante. Parte deles recebeu 30mg de uma dose de reforço e o restante, um placebo, em um intervalo de aproximadamente 11 meses após a injeção anterior. Não houve eventos adversos severos, de acordo com o ensaio.

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Os dados ainda serão revisados por especialistas antes de serem publicados em revista médica. As farmacêuticas afirmam que pretendem submetê-los à Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outros reguladores "o mais breve possível".

"Além de nossos esforços para aumentar o acesso global e a aceitação entre os não vacinados, acreditamos que as doses de reforço têm um papel crítico a desempenhar no enfrentamento da ameaça contínua à saúde pública desta pandemia", disse o CEO da PFizer, Albert Bourla.

Os resultados são divulgados em um momento em que vários governos já começam a aprovar a aplicação de novas doses das vacinas, mesmo sem a conclusão das pesquisas. Nos EUA, a FDA concedeu autorização a doses de reforços dos profiláticos de Moderna, Johnson & Johnson e da própria Pfizer para pessoas com mais de 65 anos ou de 18 a 64 anos com alto risco de contrair o caso grave da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado apelo aos países para que priorizem a vacinação global antes de começarem a reforçar a imunização de quem já está vacinado.

Sem considerar o surgimento de variantes mais transmissíveis do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (30) que as indústrias farmacêuticas deveriam oferecer a terceira dose da vacina contra a Covid-19 gratuitamente. "Não era suficiente uma ou duas doses, as empresas não diziam que era assim? Se tem a terceira dose, tem que ser de graça, não é direito do consumidor?", declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Bolsonaro também voltou a defender remédios sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19 e a atacar o chamado "passaporte da vacina". De acordo com o chefe do Executivo, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia tentou "criminalizar" o "tratamento inicial", sem comprovação científica, no depoimento do empresário Luciano Hang. "Fiasco. Eu tenho vergonha desse G7 (grupo de senadores não-governistas da CPI). Não conseguiram nada, é o tempo todo tentando criminalizar pessoas que defendem o tratamento inicial", afirmou. "Se for aceitando esse passaporte da vacinação, daqui a pouco vem outra exigência."

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Após negar que seja negacionista, o chefe do Executivo ainda pediu aos jornalistas para questionarem o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, hoje em isolamento nos Estados Unidos após testar positivo para a Covid-19, quais remédios ele teria feito uso para tratar a Covid-19.

O vice-diretor da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, a Anvisa americana), Doran Fink, disse que não há dados suficientes para apoiar que a dose de reforço da vacina fabricada pela Pfizer, em parceria com a BioNTech, contra a Covid-19 seja aplicada em pessoas que receberam imunizantes de outras fabricantes, como Moderna ou Johnson & Johnson. A afirmação foi feita durante uma reunião do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização, que assessora o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA.

"Não há dados disponíveis para informar a intercambiabilidade de uma dose de reforço de uma vacina com a série primária de outra vacina", disse Fink.

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As autoridades esperam ter mais informações sobre isso no futuro. O Instituto Nacional da Saúde disse, em junho, que está estudando a administração de doses extras da Moderna para pessoas que receberam as vacinas da Pfizer, Johnson & Johnson e Moderna.

A expectativa é que o FDA autorize em breve as doses de reforço da Pfizer-BioNTech para pessoas que receberam duas doses desse imunizante. A agência disse, porém, que precisa de mais tempo para revisar o uso de doses extras das vacinas fabricadas pela Moderna e J&J. (FONTE: DOW JONES NEWSWIRES)

Criminosos estão tentando, nas vias digitais, enganar pessoas aplicando o golpe da vacina contra a covid-19 com uma roupagem nova, no interior de São Paulo e em outros Estados. Moradores de Campinas, Atibaia e Piracicaba receberam essas falsas mensagens em nome do Ministério da Saúde, informando que o destinatário foi sorteado para receber a terceira dose do imunizante. O falso remetente diz que a pessoa tem a opção de escolher a marca do imunizante. Ao abrir um link para se cadastrar, a vítima tem o celular clonado.

A mensagem de e-mail imita o logotipo do Conecte SUS, o aplicativo que registra o atendimento de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). A terceira dose, ou dose de reforço, ainda não está sendo aplicada no País. O Ministério da Saúde iniciará a aplicação em idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos a partir da segunda quinzena de setembro. No Estado de São Paulo, o governo anunciou a terceira dose para idosos com 60 anos ou mais a partir do dia 6 de setembro.

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Em Campinas, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) emitiu um alerta sobre a circulação desse falso e-mail. O documento traz um número aleatório do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) como se fosse o da vítima, valendo-se do fato de que poucas pessoas gravam o número de seu cartão. A prefeitura de Atibaia também alertou sobre idêntica manobra de criminosos. Moradores que já haviam sofrido tentativa de golpe em abril voltaram a ser assediados. Uma professora de Piracicaba também recebeu o e-mail, mas achou estranho, pois ela é jovem e tinha visto em noticiário que a terceira dose se destinaria inicialmente a pessoas idosas. A manobra foi detectada também em outros Estados. Houve casos em Cuiabá, Mato Grosso, e em Formiga, em Minas Gerais.

O Ministério da Saúde diz ter alertado a população para mensagens falsas. Conforme a pasta, não há agendamento para a terceira dose e o Ministério não pede dados à população nem envia códigos para usuários do sistema de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após anunciar que o Brasil começará a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a partir do próximo dia 15, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que os Estados que não respeitarem a "soberania" do Programa de Imunização Nacional (PNI) correm o risco de ficarem sem vacinas. "Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não terá condições de entregar doses de vacinas", afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 25.

"Temos que nos unir para falar a mesma língua. E não adianta falar na imprensa ou ir na Justiça, porque o juiz não vai assegurar dose que não existe", frisou Queiroga. "O que queremos aqui é que nossa campanha siga de maneira equânime. O Brasil é uma só nação, um só povo."

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O comentário foi interpretado como um alerta ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que mais cedo anunciou a aplicação da dose de reforço no Estado em todos os imunossuprimidos e idosos acima de 60 anos a partir do próximo dia 6. De acordo com a nova recomendação do PNI, a terceira dose só será aplicada a partir do próximo dia 15, nos imunossuprimidos e idosos acima dos 70 anos.

"Vamos seguir juntos. Não adianta um Estado vacinar com 18 anos e outro com 30. Não dá pra fazer assim. Se a gente decide aqui que profissionais da saúde, neste momento, não serão contemplados com a dose de reforço, não vale uma demagogia vacinal de Estado 'A' ou 'B' dizer que quer aplicar doses nesses trabalhadores", afirmou Queiroga.

O ministro frisou que as decisões foram tomadas pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e que a vacina da Pfizer será preferencialmente utilizada para a dose de reforço. Durante a coletiva de imprensa, também estavam presentes representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

"Essa foi a recomendação que recebi do presidente da República. Fazer política de saúde e não fazer política na saúde", disse o ministro. "Se seguirmos o que o PNI define, em relação aos rumos da campanha nacional, é a garantia que teremos um sucesso ainda maior que já temos no presente momento."

Nas últimas semanas, Doria tem protagonizado uma queda de braço com o governo federal pela distribuição de doses da vacina ao Estado. A questão chegou a ser levada para a Justiça, em um movimento que foi criticado amplamente por Queiroga.

"A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite e isso não é uma invenção do nosso ministro, vem da Constituição. Se um Estado ou município foge desse planejamento, isso vai atrapalhar todos os outros entes da federação", frisou Rosana Leite, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. "Estamos tentando trazer essa união e é através dela que vamos conseguir imunizar toda a nossa população."

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 a partir do dia 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos. Na segunda-feira (23) o secretário executivo da Pasta, Rodrigo Cruz, antecipou, em entrevista ao Papo do Editor, do Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a aplicação da dose de reforço começaria em meados de setembro.

Também a partir de 15 de setembro, o ministério vai reduzir o intervalo da aplicação da segunda dose dos imunizantes da Pfizer e Astrazeneca das atuais 12 semanas para oito semanas.

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A decisão foi tomada em reunião do ministério na noite desta terça-feira, 24, e anunciada pelo ministro logo depois do encontro em conversa com jornalistas. De acordo com o ministro, no dia 10 de setembro, a pasta finalizará a distribuição de imunizantes para a aplicação da primeira dose em toda a população brasileira com mais de 18 anos, o que abre espaço para a antecipação e o reforço vacinal anunciado.

A partir do dia 15 de setembro, serão enviadas aos Estados as doses de reforço para os imunossuprimidos - pessoas com câncer ou transplantados, por exemplo - que tenham tomado a segunda dose há pelo menos 28 dias e de idosos com mais de 70 anos que tenham tomado a segunda há pelo menos seis meses.

A aplicação nos idosos seguirá ordem cronológica, do mais velho para o novo. A Saúde aguarda a conclusão de um estudo para decidir como será a aplicação da terceira dose em profissionais de saúde e pessoas com menos de 70 anos.

O Ministério da Saúde estudará ainda a possibilidade de imunização cruzada entre as vacinas da Astrazeneca e Pfizer, mas isso será feito somente em caso de necessidade.

Doses

Na entrevista ao Broadcast Político, o secretário executivo disse que há doses suficientes para imunizar todos os idosos e profissionais de saúde com a terceira dose até o fim do ano, população que soma 12 milhões de pessoas.

Cruz disse que toda a população brasileira poderá ser revacinada em 2022 se os estudos concluírem que isso será necessário. Até o fim do ano, o Brasil receberá 600 milhões de doses, que poderão inclusive ser mantidas congeladas para uso numa eventual campanha de reforço no próximo ano.

Há ainda 180 milhões de doses da Astrazeneca produzida no Brasil já contratadas para 2022, o que seria suficiente para uma dose de reforço em toda a população vacinável no ano que vem.

"A mensagem que a gente passa para a população é de tranquilidade, de que não vai faltar orçamento, quer seja por uma antecipação de aquisição, quer seja para o orçamento de 2022. Mas não faltará imunizantes para que a gente consiga imunizar a população brasileira de acordo com o que está cientificamente determinado", afirmou.

A secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro planeja iniciar em setembro a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 aos idosos a partir de 60 anos que tenham tomado a segunda dose há pelo menos seis meses. Os primeiros a ser atendidos serão idosos que estão em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso.

Nesta segunda-feira, 23, a aplicação dessa dose de reforço aos idosos foi recomendada pelo Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19, da Prefeitura do Rio, que debateu o tema em reunião extraordinária.

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A vacinação será feita com doses das vacinas Pfizer ou AstraZeneca, independentemente da vacina recebida pelo idoso nas duas doses anteriores, e o calendário de vacinação será divulgado pela secretaria "dentro de alguns dias", segundo nota emitida pela pasta.

O calendário será escalonado, como tem sido toda a vacinação contra covid-19, e a previsão é que se estenda até novembro.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, 20, que espera uma definição sobre a forma de aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 no Brasil a partir de outubro, quando a pasta terá os resultados de uma pesquisa que vem sendo realizada para testar a eficácia da vacinação de reforço. Ele afirmou que há um consenso de que a 3ª dose será necessária, mas que a decisão sobre como fazer a aplicação desse reforço ainda depende de evidências científicas.

A terceira dose está em debate no Brasil, diante da alta de infecções em algumas localidades, como o Rio, e do avanço da variante Delta, mais transmissível. Nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o Ministério da Saúde avalie a possibilidade de dar uma dose de reforço para grupos específicos que receberam as duas doses da vacina Coronavac.

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Queiroga participou de um evento no Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos de Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo, para demonstrar o processo de liberação das vacinas até a chegada aos Estados. O Ministério vem sendo criticado pela demora na distribuição dos imunizantes. Também é cobrado por alguns Estados mais adiantados no calendário de vacinação para dar um aval à imunização de reforço.

Segundo o ministro, "já há um consenso de que será necessária a terceira dose". Ele disse, porém, que a decisão de como fazer essa aplicação pode decorrer da opinião de especialistas ou pode ser baseada em evidências cientificas - e que a pasta optou pela segunda opção. Queiroga lembrou que o Ministério da Saúde está conduzindo um estudo científico para avaliar a eficácia da aplicação de uma terceira dose em pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac.

Esta pesquisa, em parceria com a Universidade de Oxford, deve ter resultados entre o fim de outubro e o início de novembro - quando a pasta deverá tomar a decisão sobre a dose de reforço. A pesquisa vai aplicar a 3ª dose de quatro imunizantes diferentes: Pfizer, AstraZeneca, Coronavac e Janssen. Queiroga afirmou que, se antes dos resultados dessa pesquisa surgirem outros estudos científicos sobre a 3ª dose, a decisão em relação ao reforço pode ser antecipada.

O ministro também voltou a afirmar que a 3ª dose depende do avanço da vacinação com a segunda. No Brasil, o ministro espera que em setembro toda a população adulta esteja coberta com a primeira dose e, em outubro, 75% da população adulta tenha recebido as duas doses. "Aí teremos as repostas da ciência, que é o que se quer, para se aplicar a terceira dose."

Queiroga criticou a decisão de Estados e municípios de judicializar para receber mais vacinas. "O direito de recorrer à Justiça é de todos. Nós não observamos necessidade de recorrer à Justiça." Nesta semana, o Estado de São Paulo conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão para que a União assegure o envio das vacinas contra a covid-19 necessárias para que o Estado complete a imunização de quem já tomou a primeira dose. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também pressiona o governo federal pelo envio de mais doses.

Para Queiroga, "em vez de ficar fazendo essas confusões, (os governos locais) deveriam trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde para acelerar de maneira justa a vacinação no País". Ele questionou o fato de que alguns Estados estão vacinando adolescentes, enquanto outros ainda estão aplicando o imunizante para a faixa etária dos 30 anos. A distribuição de doses, porém, segue os critérios estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde.

A morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, vítima da covid-19, e o aumento de internações de idosos no Rio e em São Paulo levantaram o debate no Brasil sobre a necessidade de dar uma terceira dose para os idosos. Especialistas ouvidos pelo Estadão dizem que a revacinação para essa faixa etária será necessária, mas veem com ressalvas uma injeção extra agora, uma vez que boa parte dos adultos brasileiros ainda não foi completamente imunizada. Outros países, como Chile e Israel, já aplicam o reforço em grupos mais vulneráveis.

Tarcísio Meira já havia completado a vacinação contra a covid-19 em março, mas não há confirmação sobre qual imunizante. Internado desde 6 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o artista foi intubado, mas não resistiu. A mulher dele, a atriz Glória Menezes, de 86 anos, também foi internada, com quadro mais leve.

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A morte do ator não sugere ineficácia das vacinas. Em um momento de alta circulação do vírus, as infecções - mesmo em pessoas vacinadas - podem ocorrer. No caso de idosos que receberam as doses, os quadros podem evoluir para a morte, embora os riscos sejam pequenos. Os mais velhos e as pessoas imunocomprometidas, como pacientes de câncer, têm sistema imunológico mais enfraquecido e a produção de anticorpos - para qualquer vacina - é menor e cai com o tempo.

Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), afirma que ainda faltam evidências científicas para definir a melhor estratégia de revacinação. Também diz que dados sobre internações e mortes de idosos vacinados não são conclusivos para que o País corra para dar a 3ª dose a esta faixa etária. "Essa decisão não pode ser tomada de forma assoberbada."

Estudo conduzido pela Fiocruz com pesquisadores do Observatório Covid-19 BR projetou aumento de internações de idosos com covid-19 nas últimas semanas. Em São Paulo, segundo os dados compilados pelo grupo, o crescimento ocorre tanto na faixa etária de 70 a 79 anos quanto na de idosos com mais de 80 - a subida é maior neste último grupo.

Os números não permitem dizer que o aumento de internações tem relação com a diminuição da proteção das vacinas, mas essa é uma das hipóteses, segundo Leonardo Bastos, do Programa de Computação Científica da Fiocruz. "A diferença entre os grupos é a cobertura vacinal. Eles (os idosos de mais de 70) receberam a vacina antes."

Os dados de internação da Fiocruz são projeções a partir de números oficiais do Ministério da Saúde, registrados com atraso. Para fazer a análise, os pesquisadores "aprendem" com o a demora de registros e estimam a situação real vivida nos hospitais. No Estado do Rio, a alta de internações é mais acentuada entre os maiores de 80, mas também já foi verificada na faixa etária de 60 a 69 anos em agosto.

Em julho, o Ministério da Saúde iniciou pesquisa para indicar a necessidade da 3ª dose para idosos que tomaram a Coronavac. O Estadão apurou que a câmara técnica do Plano Nacional de Imunização (PNI) vai discutir nesta sexta-feira a tendência de internações de idosos. Oficialmente, o ministério diz apenas que acompanha estudos de efetividade das vacinas e, "caso seja necessária a administração de doses adicionais, o tema será levado à Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis".

"É premente que o Ministério da Saúde estude o assunto para planejar", diz Carla. Antes de iniciar a 3ª dose, porém, ela acredita que o Brasil precisa acelerar a vacinação com a segunda dose, considerando o avanço da variante Delta, mais transmissível. Estudos já demonstraram que só uma dose das vacinas não protege contra a cepa. A possibilidade de revacinação, segundo a epidemiologista, deve ser estudada para todas os imunizantes - e não apenas para a Coronavac. Mas já se sabe que vacinas produzidas com vírus inativado, como é o caso da Coronavac, exigirão reforço no futuro.

No exterior, campanha do reforço já começou

Nos países que estão mais à frente na cobertura vacinal, a estratégia de revacinação já começou. É o caso de Israel, que iniciou este mês a aplicação da 3ª dose do imunizante da Pfizer em maiores de 60 anos. O país tem 62% da população totalmente imunizada graças a uma rápida campanha que começou em dezembro. No Brasil, só 22,4% da população tomou as duas doses.

Nos Estados Unidos, que têm metade da população totalmente imunizada, a Food and Drug Administration (FDA) analisa a liberação de doses de reforço contra a para pessoas imunocomprometidas. E, nesta quarta-feira, vacinados com duas doses da Coronavac no Chile começaram a receber uma 3ª dose da vacina da AstraZeneca.

A 3ª dose no Chile começou a ser aplicada para maiores de 86 anos, mas o plano nacional contempla vacinar com a dose extra os maiores de 55 anos nas próximas quatro semanas. O país andino conduziu uma das campanhas de vacinação mais eficientes do mundo, que já alcançou 82% do público-alvo com duas doses e quase 87% com uma dose.

Para a epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Brasil tem dificuldades de fazer esse debate porque parte significativa da população ainda não tomou nenhuma dose. "O Brasil precisa fazer esforços para ter mais doses e proteger as pessoas que têm diminuição da resposta imunológica."

Em Estados ou municípios com vacinação mais adiantada, o dilema de prioridades se impõe. A capital paulista, por exemplo, deve iniciar a vacinação de adolescentes este mês - e disse aguardar definição do Ministério da Saúde e do governo do Estado para planejar a 3ª dose aos idosos. Procurado sobre a intenção de aplicar a dose extra, o governo estadual paulista não respondeu. A prefeitura do Rio já informou que pretende aplicar uma terceira dose de vacinas em idosos antes do mês de outubro.

Ao Estadão, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que, embora estudos da Sinovac já tenham mostrado que uma dose adicional potencializa a resposta imunológica no caso da Coronavac, "não podemos pensar em um novo ciclo quando apenas pouco mais de 20% da população recebeu a segunda dose" da vacina. "Temos de ter uma imunização de porcentual elevado, de 80% a 85% da população com as duas doses, para, inclusive, termos uma resistência maior às variantes", afirmou. Ele lembra que a Organização Mundial de Saúde não recomenda a terceira dose enquanto a cobertura entre adultos nos países segue baixa.

Segundo Ethel, uma eventual decisão de postergar a vacinação de adolescentes para atender idosos é complexa. "É difícil tomar decisões no cenário de escassez, não deveríamos ter de fazer essa escolha. E nossos adolescentes também merecem ser vacinados". Ela destaca que os EUA vêm registrando aumento de internações entre crianças e adolescentes, associado à variante Delta.

Uma saída nesse caso, diz, seria destinar a Coronavac para adolescentes e aplicar vacinas de RNA, como a da Pfizer, nos idosos. Estudos mostraram boa eficácia da Coronavac em crianças, mas o imunizante ainda não está aprovado no Brasil para esta faixa etária. O Butantan, responsável pela produção da Coronavac, aguarda a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Já na opinião do infectologista Evaldo Stanislau, do Hospital das Clínicas da USP, uma vez observada alta de internações em idosos, a vacinação de adolescentes deveria ser adiada um pouco para dar preferência aos idosos. E medidas não farmacológicas têm de ser intensificadas no Brasil, segundo os especialistas. "Como estamos com transmissão acelerada, não tem medida única. Mesmo que a 3ª dose possa acontecer, precisamos usar máscara", diz Ethel. Outras medidas, como o distanciamento social, continuam recomendadas. (Colaborou Roberta Jansen)

Dois estudos conduzidos pela farmacêutica Sinovac apontam que uma dose de reforço da Coronavac aumenta a resposta imune contra o coronavírus, seja 28 dias, seis ou oito meses após a aplicação das duas doses iniciais. Os resultados da vacina, que no Brasil é produzida em parceria com o Instituto Butantan, foram testados tanto em adultos chineses de 18 a 59 anos quanto em idosos acima dos 60.

O primeiro estudo de fase clínica, publicado em versão preprint e sem a revisão da comunidade científica, avaliou a resposta imune de adultos saudáveis dos 18 aos 59 anos, após receberem a dose de reforço da Coronavac, em dois intervalos distintos.

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No primeiro, a dose de reforço aplicada 28 dias após a segunda dose gerou um nível de anticorpos neutralizantes de três a cinco vezes maior do que aquele encontrado em pacientes que tomaram apenas a segunda injeção.

Já os voluntários que tomaram a dose de reforço seis meses após a segunda injeção tiveram um "crescimento impressionante nos níveis de anticorpos", gerando uma resposta imunológica "rápida e forte" contra a SARS-CoV-2, três vezes maior do que a encontrada no intervalo de 28 dias.

O segundo estudo, feito com idosos acima dos 60 anos, testou o nível de anticorpos gerados pela aplicação da dose de reforço oito meses após a segunda dose. Os resultados mostraram que, sete dias depois, a dose adicional já induzia um aumento de anticorpos neutralizantes aproximadamente sete vezes maior do que os verificados no 28º dia após a segunda dose.

Nenhum dos estudos detectou efeitos adversos graves nos pacientes, sendo o mais comum a dor no local da aplicação. Eles também apontam que, após a segunda dose, a vacina já gera uma "boa memória imune" do corpo contra o vírus.

A aplicação de doses de reforço ainda não encontra consenso entre os especialistas, e também não é recomendada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 11, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, celebrou os estudos, mas negou que a dose de reforço seja necessária, ao menos por ora. "Isso depende de outros fatores, inclusive a circulação de variantes. (A dose adicional) certamente será uma necessidade enquanto o vírus continuar circulando no mundo", disse.

De acordo com Covas, o Estado já vem estudando a possibilidade de uma revacinação, assim como tem sido feito no Chile, Israel, Reino Unido, Canadá e EUA. "Isso deve acontecer, mas a pré-condição é que aconteça após o término da segunda dose. A prioridade é completar o esquema vacinal, que leva à imunidade coletiva. Aí sim, teremos uma imunidade coletiva que seja capaz, inclusive, de resistir às variantes que venham a surgir no futuro."

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse nesta sexta-feira (6) que o município pretende aplicar uma terceira dose de vacinas em idosos antes mesmo de outubro. Citando exemplo de "vários países", o prefeito ressaltou que o Rio também está trabalhando nesse sentido.

"Há a possibilidade de anteciparmos algo que estávamos prevendo para outubro, que é a terceira dose para idosos. Estamos trabalhando nessa direção. Óbvio, ainda é uma discussão em nível federal, mas vários países estão fazendo, tomando essa atitude", afirmou, sem fazer referência a algum imunizante em específico. "Quero reforçar aqui o desejo da prefeitura do Rio de Janeiro em dar a terceira dose para idosos."

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Além de uma rodada adicional de imunizante aos mais velhos, o Rio está analisando a possibilidade também de antecipar a segunda dose pra quem recebeu a vacina da Pfizer. A intenção é que isso aconteça assim que toda a população adulta da cidade estiver vacinada com a primeira dose. Pelo atual calendário, isso acontecerá até o próximo dia 18.

Os anúncios foram feitos durante a divulgação do boletim epidemiológico na cidade. Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que o Ministério da Saúde atrasou novamente a entrega de vacinas: o lote que estava previsto para ser entregue na noite de quinta-feira não chegou, e a promessa é de que ele será entregue na noite desta sexta.

Ainda assim, o adiamento já causou impacto. O prefeito Eduardo Paes pediu para as pessoas cheguem a partir das 10h aos pontos de vacinação, para dar tempo de os imunizantes serem distribuídos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19), o estudo clínico para análise da aplicação da terceira dose da vacina da AstraZeneca em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações. Segundo o órgão regulador, o objetivo é avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade da dose extra.

O estudo, patrocinado pela AstraZeneca, será realizado somente no Brasil e contará com 10 mil voluntários nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e São Paulo. Serão incluídos voluntários com idade entre 18 e 55 anos, que estejam altamente expostos à infecção com o novo coronavírus, como profissionais de saúde. Não serão incluídas, no entanto, gestantes ou pessoas com comorbidades.

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Em nota, a Anvisa detalha que trata-se de um estudo de fase 3, controlado, randomizado, simples-cego. A terceira dose da vacina da AstraZeneca será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.

"Após a quebra do cegamento da pesquisa (quando os voluntários ficam sabendo se receberam a vacina ou o placebo), todos os participantes do grupo placebo serão convidados a ser imunizados", declara a Anvisa.

Na quarta-feira passada (14), a Anvisa tinha autorizado um estudo clínico com a vacina AstraZeneca em uma nova versão do produto atualmente disponível no Brasil para fornecer imunidade contra a variante Beta, identificada pela primeira vez na África do Sul.

Além da terceira dose do imunizante da AstraZeneca, a Anvisa também autorizou hoje a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida na redução da infecção viral causada pela covid-19 e no processo inflamatório provocado pela doença. O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China.

Conforme explica a nota, trata-se de um estudo de fase 3, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com covid-19 leve a moderada.

No Brasil, o estudo contará com 50 voluntários nos Estados de Roraima e São Paulo. Ainda, ele também será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México e Estados Unidos.

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