Tópicos | 4º trimestre

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta (2), que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) mostra que a economia brasileira não cresceu "nada" no ano passado. Segundo ele, o compromisso agora é fazer o País voltar a crescer e fazer investimentos, para gerar empregos e renda.

"A economia brasileira não cresceu nada, nada, no ano passado. Então, o desafio que temos agora é fazer a economia voltar a crescer, e temos que fazer investimentos", disse.

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Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desaceleração da economia em 2022 está relacionada com uma reação do Banco Central ao aumento de gastos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Houve uma reação do Banco Central às atitudes do governo anterior no período eleitoral", afirmou. "Tudo que nós estamos fazendo agora é para reverter esse quadro."

A Latam, empresa em recuperação judicial (Chapter 11) nos Estados Unidos, teve prejuízo líquido de US$ 2,755 bilhões no quarto trimestre de 2021, valor 186,3% maior que o prejuízo de US$ 962,476 milhões registrado um ano antes. Em todo o ano, o prejuízo foi de US$ 4,647 bilhões, aumento de 2,2% em relação ao resultado negativo de US$ 4,545 bilhões em 2020.

O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no quarto trimestre foi de US$ 385,959 milhões, ante o indicador negativo de US$ 102,417 milhões no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ficou em 19,3% , ante -11,4% na comparação anual. No resultado acumulado, o Ebitda totalizou US$ 46,117 milhões, com margem de 0,9%, ante os US$ 275,903 milhões negativos vistos no ano anterior e margem de -6,4%.

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A receita operacional da aérea entre outubro e dezembro foi de US$ 1,995 bilhão, alta de 122,4% sobre o apurado sobre o mesmo período do ano anterior. Nos doze meses de 2021, o número ficou em US$ 5,111 bilhões, alta de 17,9% sobre 2020.

Entre os destaques, a aérea diz que a contínua melhora nos níveis de tráfego aéreo durante o quarto trimestre, como resultado da flexibilização das restrições de viagens e do processo de vacinação na região e no mundo, se refletiu em uma melhora trimestral nas operações, atingindo 63,5% dos níveis de 2019 (medido em ASKs) no período de três meses.

"Isso corresponde a um aumento de capacidade de 29,6% em relação ao terceiro trimestre de 2021, ainda impulsionado principalmente pelas operações domésticas, já que o segmento internacional fica para trás. Em termos de capacidade doméstica, as afiliadas de língua espanhola e a afiliada brasileira terminaram o ano atingindo 89,1% e 92,9% dos níveis de dezembro de 2019, respectivamente", pontua a empresa.

O desempenho da economia brasileira em 2021 foi frustrante na comparação ao de outras nações, embora tenha sido suficiente para recuperar as perdas registradas durante a pandemia, avalia Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating.

Conforme divulgado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 4,6% em 2021, frente ao ano anterior. Com isso, o País ocupou a 21ª posição de um ranking da Austin Ratings que considera o ritmo de crescimento de 34 países que apresentaram seus resultados.

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"As expectativas para o PIB do Brasil de 2021 eram bem melhores no início do ano passado. Não é um resultado ruim, já que recupera boa parte do que foi perdido. O problema é que o Brasil, mesmo crescendo 4,6%, permanece longe de seus concorrentes diretos", diz Agostini.

De acordo com o levantamento, o crescimento médio dos 34 países analisados foi de 5,7% em 2021, acima do desempenho da economia brasileira.

A lista do PIB de 2021 foi liderada pelo Peru, com crescimento de 13,3%. Outro sul-americano em destaque foi a Colômbia, com alta de 10,7%.

Também no topo do ranking chama atenção a presença de Índia e China, integrantes ao lado do Brasil dos blocos Brics - acrônimo para Brasil, Rússia, China e Índia.

O PIB chinês cresceu 8,1% no ano passado, ritmo bastante próximo ao da Índia (alta de 8,2%), segundo o levantamento.

Histórico

Agostini explica que o Brasil aparece historicamente do meio para o fim da tabela de crescimento global. De 2012 a 2021, o ritmo médio de crescimento brasileiro foi 0,4% ao ano. No mesmo período, o mundo cresceu 3%. Mesmo países desenvolvidos cresceram mais, 1,2% ao ano no período. "Como pode um país emergente crescer tão pouco? Temos um problema político, um olhar só de curto prazo, o que explica estarmos sempre com problema fiscal. O custo disso é um problema social enorme, elevada taxa de desemprego e renda baixa. Política pública precisa ser revista", afirma.

Para o economista, o cenário para 2022 não parece promissor, com perspectiva de alta de apenas 0,3% do PIB na estimativa da Austin Ratings. O baixo crescimento é motivado por taxa de juros alta e inflação elevada, além do problema fiscal e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"A guerra pode afetar o agronegócio no Brasil por causa dos fertilizantes. O setor tem uma cadeia produtiva muito grande. Quando colhe soja e milho, precisa transportar para algum lugar. Caminhões, portos, aeroportos acabam afetados indiretamente", avalia Agostini.

Ranking

Em relação ao ranking de tamanho do PIB em dólares, a Austin confirma que o Brasil ficou na posição de 13ª maior economia do mundo ao fim de 2021. O Brasil chegou a ocupar a sétima posição do ranking antes da sucessão de crises.

Para o próximo ano, a expectativa é que o País recupere a 12ª posição do ranking global.

A alta de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 colocou o Brasil na 21ª posição no ranking de 34 países da agência classificadora de risco Austin Rating, que considera o ritmo de crescimento das economias, atrás de outros países sul-americanos como Peru (13,3%) e Colômbia (10,7%).

O ranking coloca o ritmo de crescimento brasileiro semelhante ao de países desenvolvidos europeus, como Holanda e Suécia (4,8%) e Espanha (4,5%), por exemplo.

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Os EUA aparecem com crescimento de PIB de 5,7% em 2021 e a China, de 8,1%, conforme o levantamento da Austin Ratings divulgado nesta sexta-feira.

O levantamento também lista os países em função do tamanho de suas economias, em dólares. Neste caso, o Brasil aparece na 13ª posição do ranking, com PIB de US$ 1,608 trilhão, logo atrás da Austrália (US$ 1,613 trilhão).

O ranking de maior economias é liderado pelos EUA, com US$ 22,8 trilhões, seguido pela China (US$ 17,5 trilhões).

Em meio à recuperação após ser atingida em cheio pela pandemia de Covid-19 em 2020, a economia brasileira registrou em 2021 seu melhor desempenho desde 2010. A alta anual de 4,6% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi a maior desde o salto de 7,5% em 2010, informou nesta sexta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do PIB de 2021 veio dentro das previsões dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que se estendiam de uma alta de 4,3% a 5,0%, e levemente acima da mediana, que era positiva em 4,5%.

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O PIB brasileiro registrou alta de 0,5% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre de 2021. Este resultado veio em linha com o teto das estimativas dos analistas consultados, que esperavam desde um recuo de 0,4% a alta de 0,5% confirmada pelo IBGE, com mediana positiva de 0,2%.

Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 1,6% no quarto trimestre de 2021, vindo dentro das estimativas coletadas, que variavam de uma elevação de 0,5% a 2,5%, com mediana positiva de 1,2%.

Ainda segundo o IBGE, o PIB do quarto trimestre de 2021 totalizou R$ 2,3 trilhões. No ano de 2021, o PIB somou R$ 8,7 trilhões.

Setores

Pela divisão por setor, o PIB da agropecuária subiu 5,8% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre de 2021. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB da agropecuária mostrou queda de 0,8%, segundo o IBGE. No ano de 2021, o PIB da agropecuária caiu 0,2% ante 2020.

O Produto Interno Bruto da indústria caiu 1,2% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB da indústria mostrou queda de 1,3%. No ano de 2021, o PIB da indústria subiu 4,5% ante 2020.

Já o PIB de serviços subiu 0,5% no quarto trimestre de 2021 ante o trimestre anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB de serviços mostrou alta de 3,3%. No ano passado, o PIB de serviços subiu 4,7% ante 2020.

Outras marcas

Além do crescimento geral do PIB de 2021, diversos componentes do PIB também registraram o melhor desempenho desde 2010. Alguns deles, pelo lado da oferta, foram a indústria, cujo avanço de 4,5% no ano passado é o maior desde o salto de 10,2% de 2010, e o setor de serviços, com alta de 4,7%, a maior desde os 5,8% de 2010.

Pelo lado da demanda, o salto de 17,2% na formação bruta de capital fixo (FBCF) foi o maior desde a alta de 17,9% de 2010. O consumo das famílias, por sua vez, registrou o melhor desempenho desde 2011, quando saltou 4,8%. Ano passado, o avanço foi de 3,6%.

Revisões

O IBGE revisou o PIB do segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre de 2021, que passou de queda de 0,4% para baixa de 0,3%.

O órgão também revisou a taxa do PIB do primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020, que passou de alta de 1,3% para avanço de 1,4%.

Outra revisão foi do PIB do quarto trimestre de 2020, ante o terceiro trimestre de 2020, que passou de alta de 3,1% para avanço de 3%.

O Nubank fechou o quarto trimestre de 2021 com prejuízo de US$ 66,2 milhões, 36% abaixo das perdas de US$ 103,7 milhões registradas no mesmo período do ano passado. No critério ajustado, a fintech teve lucro de US$ 3,2 milhões, queda de 79% no comparativo anual.

Os números estão no primeiro balanço divulgado pelo Nubank como companhia de capital aberto, após o IPO simultâneo em Nova York e São Paulo realizado em dezembro. No acumulado do ano, o resultado ajustado foi positivo em US$ 6,6 milhões, revertendo o prejuízo de US$ 26 milhões de 2020. Sem os ajustes, ficou negativo em US$ 165,3 milhões, praticamente estável em base anual.

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A diferença entre os números com e sem ajustes se deu pelo programa de remuneração com base em ações e pelas despesas com a abertura de capital. Com as ações do Nubank negociadas no mercado e a fintech avaliada em mais de US$ 40 bilhões, as despesas com a remuneração variável subiram 238% em um ano, para US$ 90,1 milhões no quarto trimestre.

Além disso, o Nubank gastou US$ 11,2 milhões com o NuSócios, programa através do qual distribuiu a seus clientes Brazilian Depositary Receipts (BDRs) gratuitos, um para cada cliente. O lucro ajustado exclui estes e outros efeitos.

Na avaliação do CEO e cofundador da fintech, David Vélez, o resultado comprova a tese do Nubank. "O Nu teve um forte começo como companhia de capital aberto, como ficou claro no nosso desempenho no quarto trimestre", disse ele, em mensagem que acompanha o resultado. Segundo ele, o neobanco quer expandir sua atuação e sua plataforma, chegando a novos mercados.

"Mantendo a nossa orientação de longo prazo e sempre colocando os clientes em primeiro lugar, estamos agora acelerando os esforços para crescer o ecossistema poderoso do Nu", pontuou.

Em dezembro, o Nubank chegou à marca de 53,9 milhões de clientes em todas as suas operações, crescimento de 61,9% na comparação com 2020. No Brasil, eram 52,4 milhões, e no México, segundo maior mercado da fintech, 1,4 milhão. O total de clientes ativos era de 41,1 milhões, 88% a mais que no final do ano anterior.

Ao mesmo tempo, a receita média por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês) chegou a US$ 5,6 por mês, alta de 72% no comparativo anual, com o amadurecimento das safras de clientes e o lançamento de novos produtos. O custo de servir, por outro lado, caiu 22,5% em um ano, para US$ 0,9.

As receitas do Nubank tiveram salto de 214% em um ano, para US$ 635,9 milhões no quarto trimestre. No acumulado de 2021, subiram 130,4%, para US$ 1,698 bilhão.

A receita da Uber subiu 83% no último trimestre de 2021, ajudada por uma recuperação em seus negócios de corridas e pela demanda contínua por entrega de alimentos, apesar da reabertura de restaurantes. A empresa registrou receita de US$ 5,78 bilhões nos três meses encerrados em 31 de dezembro, superando a estimativa média de US$ 5,35 bilhões de analistas consultados pela FactSet.

Suas corridas aumentaram 67% ano a ano, enquanto suas reservas de entrega de alimentos aumentaram 34% no mesmo período. A Uber encerrou o trimestre com 118 milhões de clientes ativos, um recorde para a empresa. As ações da Uber subiram cerca de 6% nas negociações no after hours em Nova York.

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O trimestre marcou a segunda vez que a Uber divulgou lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) desde sua criação, há mais de uma década. A empresa apontou essa métrica para sinalizar que suas operações estão caminhando para a lucratividade futura. O Ebitda ajustado da Uber de US$ 86 milhões superou a estimativa média dos analistas de US$ 67 milhões. O Uber Eats, sua unidade de delivery, registrou seu primeiro lucro por essa medida no trimestre.

A Uber prevê que as corridas brutas para o primeiro trimestre de 2022 ficarão um pouco abaixo das estimativas dos analistas, ao mesmo tempo em que projeta uma faixa de ganhos ajustados abaixo do esperado, citando a variante Ômicron. Os passageiros estão retornando ao Uber mais rápido do que os motoristas. A escassez de mão de obra empurrou os preços das corridas para todos os recordes no ano passado.

O número de viagens realizadas na plataforma do Uber ficou abaixo das estimativas dos analistas, mas o Uber ainda superou a projeção de receita. Youssef Squali, analista que cobre Uber e Lyft na Truist Securities, escreveu em uma nota aos clientes que esse resultado sugere que "a batida de primeira linha do Uber foi impulsionada pelo preço, e não pelo volume".

Embora o Uber não tenha divulgado publicamente dados sobre preços, a empresa disse na quarta-feira que os tempos de espera estimados para os passageiros voltaram aos níveis pré-pandemia nos EUA. A Uber anunciou que adicionou 325 mil motoristas e entregadores à sua plataforma no quarto trimestre, elevando o número total de ganhadores em sua plataforma para 4,4 milhões em todo o mundo. A receita anual da empresa em 2021 aumentou 57%. A Uber reduziu seu prejuízo líquido para US$ 496 milhões de um prejuízo de US$ 6,77 bilhões em 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Santander Brasil fechou o ano de 2021 com lucro de R$ 16,347 bilhões, uma alta de 7% em relação a 2020. Olhando apenas para o quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) foi de R$ 3,88 bilhões, queda de 2% em relação ao mesmo período de 2020, e de 10,6% ante o terceiro trimestre (anterior). A queda dos resultados da tesouraria do banco provocou a baixa no lucro neste período, como já era esperado pelo mercado.

"Alcançamos um lucro líquido de R$ 16,347 milhões (em 2021), que destaca nossa consistente história de crescimento, baseado em um balanço sólido, com níveis de capital e liquidez em patamares confortáveis", afirma o CFO do Santander, Angel Santodomingo, no release de resultados.

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Com a baixa no lucro, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) caiu 0,1 ponto porcentual no ano cheio, para 21,2%. No quarto trimestre, o indicador recuou 2,3 pontos porcentuais, para 20%. No quarto trimestre de 2020, o ROAE do Santander havia sido de 20,9%.

A margem financeira líquida da instituição foi de R$ 14,150 bilhões entre outubro e dezembro, um avanço de 14,1% no comparativo anual, mas queda de 3,2% em base trimestral. A baixa foi provocada pela margem com mercado, que reflete o resultado da tesouraria.

Já a margem com clientes avançou tanto em base anual quanto na trimestral. No espaço de três meses, houve alta de 2,6%, para R$ 12,407 bilhões. Em um ano, o número subiu 16,5%. Segundo o Santander, o acréscimo se deve a um mix mais rentável de produtos e também ao aumento dos volumes. No ano, a margem financeira bruta do banco foi de R$ 55,617 bilhões, alta de 8,8% ante 2020.

Com este avanço na margem com clientes, a margem do Santander avançou no quarto trimestre, saindo de 9,8% no mesmo período de 2020 para 10,4%. No acumulado de 2021, porém, recuou 0,2 ponto porcentual, para 10,4%.

No período de três meses encerrado em dezembro, a carteira de crédito do banco chegou a R$ 462,749 bilhões, alta de 12,4% em um ano e de 2,8% em um trimestre. O maior crescimento veio do crédito voltado a pessoas físicas, que chegou a R$ 210,246 bilhões, avanço de 20,6% no comparativo anual. O crédito para pequenas e médias empresas veio em seguida, com avanço de 12,9%, para R$ 61,612 bilhões.

Ao todo, a carteira de crédito ampliada do banco, que inclui títulos como debêntures e certificados de recebíveis, fechou 2021 em R$ 536,470 bilhões, um avanço de 11,8% em base anual, e de 1,9% no comparativo trimestral.

A taxa de desocupação no País foi recorde em 20 das 27 Unidades da Federação no ano de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total do País, a taxa média anual subiu de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020, a maior da série iniciada em 2012.

No Estado de São Paulo, a taxa média de desemprego cresceu de 12,5% em 2019 para um auge de 13,9% no ano passado. A Bahia teve a maior taxa de desemprego média em 2020, de 19,8%. A menor taxa ocorreu em Santa Catarina, 6,1%.

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A taxa de desocupação no País teve um recuo estatisticamente significativo em cinco das 27 Unidades da Federação na passagem do terceiro trimestre de 2020 para o quarto trimestre do ano. Nas demais 15 Unidades da Federação o resultado foi considerado estatisticamente estável.

A taxa de desocupação do País no quarto trimestre foi de 13,9%, 0,7 ponto porcentual abaixo do resultado de 14,6% obtido no terceiro trimestre.

As maiores quedas foram em Roraima (4,2 pontos porcentuais) e Maranhão (2,5 pontos porcentuais).

As maiores taxas de desocupação no quarto trimestre foram registrada em Alagoas (20,0%), Bahia (20,0%), Rio de Janeiro (19,4%) e Pernambuco (19,0%). Os locais com as taxas mais baixas foram Santa Catarina (5,3%), Rio Grande do Sul (8,4%), Mato Grosso do Sul (9,3%) e Paraná (9,8%).

No Estado de São Paulo, a taxa de desocupação passou de 15,1% no terceiro trimestre para 14,6% no quarto trimestre.

A Azul encerrou 2020 com um prejuízo de R$ 4,6 bilhões ante lucro líquido ajustado de R$ 845,5 milhões em 2019. Já o Ebitda da companhia no ano passado alcançou R$ 264,8 milhões, queda de 92,7% sobre o resultado de 2019.

A margem Ebitda foi de 4,6% em 2020, uma retração de 27,1 pontos porcentuais na mesma base de comparação.

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A receita líquida total da companhia somou R$ 5,79 bilhões em 2020, queda de 49,4% sobre o desempenho do ano anterior.

Quarto trimestre

A Azul registrou prejuízo de R$ 918 milhões no quarto trimestre de 2020, ante lucro líquido ajustado de R$ 411,2 milhões um ano antes.

Já o Ebitda do trimestre alcançou R$ 192,2 milhões, queda de 84,3% sobre o mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda foi de 10,8% no último trimestre de 2020, uma queda de 27 pontos porcentuais na mesma base de comparação.

A receita líquida total da companhia somou R$ 1,78 bilhão no quarto trimestre, queda de 45,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2019.

Com a reabertura do comércio nos últimos meses de 2020 e o tradicional aquecimento das vendas para as datas comemorativas de fim de ano, os brasileiros aceleraram a expansão do consumo por meio de cartões, mesmo com a redução, pela metade, do valor do auxílio emergencial criado pelo governo no início da pandemia. É o que aponta balanço divulgado nesta terça-feira, 9, pela Abecs, associação que representa as empresas de cartões.

No quarto trimestre do ano passado, as compras feitas com qualquer tipo de cartão - débito, crédito ou pré-pago - somaram R$ 626,3 bilhões, em conta que inclui os gastos feitos com recursos do auxílio. O montante representa aumento de 18,5% em relação a igual período do ano anterior. A taxa de crescimento é maior que a verificada no terceiro trimestre, quando as transações com cartão subiram 16,7% em relação ao volume do mesmo intervalo de 2019.

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O aumento do ritmo de expansão ocorre apesar de o governo ter reduzido, em setembro, o valor mensal do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300. Com isso, as transações feitas no cartão com recursos do benefício caíram de R$ 31,9 bilhões no terceiro trimestre para R$ 16,7 bilhões nos últimos três meses de 2020, sem evitar, contudo, que as compras totais diminuíssem o ritmo de alta.

O movimento não ocorreu por causa da expansão do cartão de crédito. Enquanto o cartão de débito, afetado diretamente pelo auxílio, viu as transações desacelerarem o ritmo de crescimento de 41,1% no terceiro trimestre para 33,1% no quarto trimestre, o cartão de crédito multiplicou o avanço por seis. Depois de crescer 1,1% no terceiro trimestre, teve alta de 6,8% no quarto.

De qualquer forma, a indústria de pagamentos acredita que seria importante o governo retomar o benefício, mesmo que com um valor menor, de R$ 200, como tem sido discutido em Brasília. "Fazendo uma conta de regra de três, esse auxílio de R$ 200 poderia trazer um volume de R$ 10 bilhões a R$ 13 bilhões para as transações. É representativo", afirma o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.

Pix

Questionado sobre a adesão de estabelecimentos comerciais ao uso do Pix nas maquininhas, Coutinho disse ainda que os comércios ainda precisam passar por um processo de amadurecimento para explorar o novo meio de pagamento. Ele lembrou que o Pix, lançado em novembro, tem sido mais usado por pessoas físicas para transferências entre contas, mas afirma que 80% das maquininhas já contam a possibilidade de aceitar transações com Pix. "Até o fim do primeiro trimestre, devemos ter todos os meios de captura prontos e preparados para receber Pix", prevê.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 4% no quarto trimestre de 2020, de acordo com a primeira leitura do indicador, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento do Comércio do país. Apenas os gastos com consumo, que respondem por cerca de 70% do PIB americano, aumentaram 2,5% no último trimestre do ano passado.

No terceiro trimestre, o PIB dos EUA havia saltado 33,4%, depois de sofrer um tombo de 31,4% no trimestre anterior em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

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O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu à taxa anualizada de 1,5% no quarto trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 1,4% no mesmo intervalo. Uma segunda estimativa dos dados de PIB e PCE do quarto trimestre serão divulgados em 25 de fevereiro. (Com informações da Dow Jones Newswires).

O Facebook registrou lucro líquido de US$ 11,22 bilhões no quarto trimestre de 2020, um aumento de 52,6% em relação ao resultado divulgado pela companhia em igual período do ano anterior, de lucro de US$ 7,35 bilhões. O lucro por ação da empresa ficou em US$ 3,88, em alta anual de 51,5% e acima das projeções de analistas consultados pela FactSet, que esperavam lucro ajustado a US$ 3,19.

A receita da gigante de tecnologia foi de US$ 28,07 bilhões, um avanço ante os US$ 21,08 bilhões do quarto trimestre de 2019.

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O Facebook informou que seus usuários diários ativos ficaram em 1,84 bilhões na média de dezembro de 2020, um crescimento anual de 10,8%.

Mesmo com os bons números, a ação da gigante de tecnologia tinha alta modesta de 0,28% no after hours de Nova York, às 18h32 (de Brasília), após a companhia citar incertezas para os negócios no futuro.

Segundo comunicado divulgado ao mercado, o Facebook espera que as taxas de crescimento anuais no 1º e 2º trimestres de 2021 serão afetadas pela queda nas receitas de publicidade ao longo da pandemia.

A companhia cita ainda o possível impacto das mudanças de plataformas, em específico o IOS 14, da Apple. Há ainda incertezas quanto a viabilidade das transferências de dados continentais em meio às regulações digitais planejadas pela União Europeia (UE).

*Com informações da Dow Jones Newswires

O Nordeste tinha quase três milhões de pessoas em situação de desalento no quarto trimestre de 2019. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 2,869 milhões de habitantes da região que não procuravam emprego por acreditar que não conseguiriam uma vaga, por exemplo.

O número mostra um crescimento de 57 mil pessoas nessa condição em um ano. O Brasil registrou um total de 4,620 milhões de trabalhadores em situação de desalento no quarto trimestre de 2019.

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Na região Sudeste, 900 mil pessoas estavam nessa condição. Os maiores contingentes estavam na Bahia (774 mil pessoas) e no Maranhão (552 mil desalentados).

O porcentual de pessoas desalentadas - em relação a todos os desocupados, ocupados e pessoas com disponibilidade para trabalhar mas que não estão procurando emprego - foi de 4,2% na média do País no quarto trimestre.

O Facebook registrou lucro líquido de US$ 7,35 bilhões no quarto trimestre, avanço de 7% na comparação com igual período do ano anterior. O lucro por ação da empresa ficou em US$ 2,56, com alta anual de 8% e um pouco acima da previsão de US$ 2,53 dos analistas ouvidos pela FactSet. A receita da companhia foi de US$ 21,08 bilhões, com crescimento anual de 25% e acima da previsão de US$ 20,9 bilhões dos analistas. A ação, porém, recuava 6,17% no after hours de Nova York, às 18h43 (de Brasília).

O Facebook informou que seus usuários diários ativos ficaram em 1,66 bilhão em média em dezembro, um crescimento anual de 9%. O resultado superou a expectativa de quase 1,65 bilhão dos analistas. Apesar dos números melhores do que as previsões, o papel caía, após a companhia mostrar um crescimento nas despesas que ficou bem acima do avanço da receita.

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Os custos e despesas totais da empresa avançaram 34% no trimestre. O Facebook não deu detalhes de suas diretrizes financeiras, em seu balanço.

A crise no mercado de trabalho penalizou mais os brasileiros que se autodeclaram pretos e pardos, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O contingente dos desocupados no Brasil no primeiro trimestre de 2012, quando começa a série histórica da pesquisa, era de 7,6 milhões de pessoas. À época, os pardos representavam 48,9% da população desempregada, seguidos por brancos (40,2%) e pretos (10,2%).

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No quarto trimestre de 2018, esse contingente de desocupados totaliza 12,2 milhões de pessoas. A participação dos pardos subiu para 51,7%, e a dos pretos aumentou para 12,9%, enquanto a dos brancos encolheu para 34,6%.

"Na crise, o desemprego subiu para todo mundo, mas subiu mais entre os pretos e pardos. Foi uma crise que afetou canteiro de obra, que afetou chão de fábrica. E a população mais presente nesse tipo de ocupação é a população preta ou parda. A crise pegou muita gente de baixa renda, que reside na camada da população menos abastada", explicou Azeredo.

Juntos, pretos e pardos representavam 64,6% dos desempregados no quarto trimestre de 2018. No quarto trimestre de 2018, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos foi de 9,2%, abaixo das registradas pelos pretos (14,5%) e pardos (13,3%). Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,6%.

No quarto trimestre de 2018, os pardos representavam 47,4% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,5%) e pelos pretos (9,0%).

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, apresenta lucro líquido de R$ 1,486 bilhão no quarto trimestre de 2018, o que representa uma queda de 2% sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a cifra foi de R$ 8,928 bilhões, um aumento de 93,7% sobre 2017, no critério contábil, considerando os efeitos da adoção do IFRS 15, em vigor desde janeiro de 2018 - o qual requer que a receita seja reconhecida baseada no contrato com o cliente.

Sem contar o IFRS 15, o lucro líquido pró-forma é de R$ 1,471 bilhão no trimestre, 3% de queda, e no ano, R$ 8,871 bilhões, 92,5% maior.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) soma R$ 4,046 bilhões no quarto trimestre, 7,4% maior na comparação com igual intervalo de 2017, com margem de 36,5%, um aumento de 2,4 pontos porcentuais. No ano, o montante é de R$ 17,824 bilhões, alta de 23%, e a margem Ebitda de 41,0%, avanço de 7,5 p.p.

A operadora de telecom também apresenta o Ebitda no conceito recorrente, excluindo alguns efeitos como do trânsito em julgado no Superior Tribunal de Justiça, a favor da companhia, reconhecendo o direito da exclusão do ICMS da base de cálculo da contribuição de PIS/Cofins de anos anteriores, despesas com reestruturação organizacional, entre outros itens; e também excluindo o efeito do IFRS 15, com dados pró-forma. Sob esse prisma, o Ebitda do quarto trimestre foi de R$ 4,104 bilhões, maior em 4,0%, com margem de 37,0%, 1,2 p.p. à frente do mesmo período de 2017, e no ano, R$ 15,473 bilhões, crescimento de 5,5% sobre 2017, com margem Ebitda recorrente pró-forma de 35,6%, 1,7 p.p. Maior.

"O crescimento do EBITDA deve-se à expansão da receita móvel e de ultra banda larga, além das medidas efetivas e duradouras de eficiência em custos adotadas pela Companhia no período", diz o relatório que acompanha o demonstrativo financeiro.

A receita líquida contábil ficou em R$ 11,085 bilhões no trimestre, com leve aumento de 0,5%, e no exercício de 2018 foi a R$ 43,462 bilhões, variação de 0,6%.

O Bradesco fechou 132 agências bancárias no ano passado, reduzindo o ritmo de enxugamento da rede física vista nos anos anteriores. Ao final de dezembro, o banco somava 4.617 unidades, 35 a menos que o número de setembro.

Em conversa com a imprensa, em dezembro, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, já havia antecipado que os ajustes de fechamento de agências já tinham sido concluídos e que atualmente o trabalho do banco é apenas de acompanhamento diário e mudanças pontuais.

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Na ocasião, ele informou que a instituição fechou 457 agências em 2016, 200 no ano passado e encerraria 2018 com 150 unidades a menos.

Funcionários

O Bradesco somava 98.605 funcionários ao fim de dezembro, 446 a mais que o quadro de setembro, de 98.159 colaboradores. No acumulado de 2018, porém, o banco cortou mais de 200 pessoas.

Banco digital

O Bradesco mira triplicar o número de clientes em seu banco digital, o Next, batendo a marca de 1,5 milhões de contas ativas ao final deste ano. Em dezembro último, a instituição somava 500 mil ante 37,5 mil em janeiro do ano passado.

O Next foi lançado oficialmente em outubro de 2017. O Bradesco destaca que, ao final de novembro de 2018, o seu braço de banco digital atingiu 5 mil contas abertas por dia. No quarto trimestre, o Next somou 45 milhões de transações, volume 50% maior que o realizado no trimestre anterior.

O Bradesco informa ainda que mais que dobrou a oferta de crédito em seu canal mobile no ano passado. O número de correntistas digitais passou de 12,6 milhões para 14,1 milhões na pessoa física e de 1,1 milhão para 1,2 milhão na jurídica, totalizando 15,3 milhões de clientes com perfil digital. No total, o Bradesco soma 28,3 milhões de correntistas.

Além disso, 78 mil novas contas foram abertas em 2018 via o aplicativo do banco.

A taxa de desemprego é consideravelmente maior entre negros e pardos do que entre brancos, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na desagregação por cor ou raça, a taxa de desocupação das pessoas que se declararam de cor preta ficou em 14,4% no quarto trimestre de 2016, enquanto a taxa entre a população parda foi de 14,1%. Os resultados são maiores que o da média nacional, de 12,0%, e bem mais elevados do que o registrado pela população declarada como branca, que teve taxa de desemprego de 9,5% no quarto trimestre de 2016.

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No primeiro trimestre de 2012, quando começa a série histórica da Pnad Contínua, a taxa de desemprego nacional foi estimada em 7,9%. A taxa entre a população que se declara de cor preta era de 9,7%; entre os pardos, de 9,1%; e a dos brancos era 6,6%.

Economia encolhendo, desemprego em alta, inflação e dificuldade do governo para aprovar medidas de ajuste no Congresso. O quadro, bastante atual, após a economia encolher 3,8% no ano passado, foi visto também em 1990. Assim como 2015, aquele ano começou com um governo novo diante do desafio de fazer ajustes e terminou com empresários e economistas surpreendidos com um recuo de 4,3% no Produto Interno Bruto (PIB).

A diferença, segundo economistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, é que o funcionamento da economia, dominada pela hiperinflação em 1990, não podia ser considerado "normal". E as esperanças com o novo governo, o primeiro eleito pelo voto desde os anos 60, foram atropeladas pela perplexidade com o confisco da poupança, anunciada no dia seguinte à posse de Fernando Collor, em março de 1990.

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"Em 1990, a recessão foi efeito direto do choque do Plano Collor. O confisco foi a maior violência e intervenção estatal da história do País", disse à reportagem o ex-ministro Maílson da Nóbrega, titular da Fazenda que entregou o comando da economia a Zélia Cardoso de Mello, ministra de Collor.

Para Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do IBGE de 1986 a 1993, o confisco foi uma "anormalidade". "O Plano Collor deixou o País sem renda. As famílias não podiam gastar, e as empresas não tinham dinheiro para investir", afirmou o economista, hoje pesquisador associado à Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Tanto Maílson quanto Considera concordam no diagnóstico sobre a recessão atual: foi provocada por erros sucessivos na condução da política econômica nos últimos anos, que foram prejudicando o ritmo da economia de forma paulatina.

A atual recessão está cada vez mais parecida, em duração e intensidade, com a da virada da década de 80 para a de 90, embora a inflação pressionada de 10,67% do ano passado não possa ser comparada à hiperinflação de 1.600% de 1990.

O Plano Collor, definido pelo jornal O Estado de S. Paulo como o "programa econômico mais ousado da história do País" na edição de 17 de março de 1990, surpreendeu a todos com o confisco e começaria a falhar poucos meses depois de anunciado. A inflação voltaria, e o efeito recessivo do enxugamento da demanda se aprofundaria mais e mais.

"O confisco gerou a paralisia do consumo e do investimento e uma queda brutal da confiança, porque cedo se percebeu que o plano iria fracassar", lembrou Maílson, hoje consultor.

Além do confisco das poupanças e de complexas regras de reajuste de preços e salários, o Plano Collor propunha fortíssimo ajuste fiscal, com demissões de servidores, privatização de estatais, aumento de impostos e abertura comercial. Ao fim do ano, pouca coisa tinha saído do papel.

Na visão de Luiz Carlos Prado, professor de história da economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a recessão atual deve-se a uma conjunção de fatores políticos, econômicos e internacionais e, por isso, "é difícil antever como vai ser a recuperação".

Prado lembrou que, no início dos anos 90, a economia só se recuperou com o fim do governo Collor. Maílson acha que a saída, agora, poderá ser mais difícil. "Hoje, a situação é mais grave, porque o potencial de crescimento é menor, a queda na confiança é maior e os desajustes são maiores, mesmo sem a hiperinflação", disse Maílson, lançando dúvidas sobre a possibilidade de uma saída política no curto prazo, como ocorreu no governo Itamar Franco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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