Tópicos | Abir

Após a imprensa brasileira veicular que refrigerante diet pode aumentar risco de AVC e demência, baseado em estudo realizado pela Universidade de Boston, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR) resolveu se pronunciar para rebater a informação, que segundo ela, foi mal interpretada. 

Segundo informações divulgadas pela ABIR, refrigerantes diet e zero são seguros. "Estudos baseados em questionários de frequência alimentar, como os realizados pela Universidade de Boston, são excelentes para recolher informações sobre padrões alimentares ao longo dos anos. Mas nunca para estabelecer causa e efeito, nunca para atestar que determinado alimento provoca determinada doença. Os próprios pesquisadores de Boston sabem disso", conforme informações da nota de esclarecimento.

##RECOMENDA##

De acordo com estudo realizado pela Universidade de Boston e publicado recentemente na revista científica Stroke, a ingestão de apenas uma lata da bebida adocicada artificialmente por dia pode corresponder a um aumento de quase três vezes na propensão de desenvolver os problemas.

A ABIR informou que estabelecer vínculo entre o consumo de refrigerantes diet e qualquer doença, como publicado na imprensa, "causa um pânico desnecessário, sem qualquer comprovação científica". No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) atesta a segurança dos refrigerantes diet e zero comercializados no país.

A associação esclarece que estudos conclusivos, como os produzidos pelo Instituto Norte Americano de Saúde (NIH), apontam muitos fatores que podem levar ao desenvolvimento dessas enfermidades, incluindo idade, hipertensão, diabetes e genética. NIH sequer menciona bebidas adoçadas zero caloria como fator de risco.

Confira a nota:

"A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR) entende que estudos científicos são extremamente importantes para derrubar boatos. Por isso, devem ser interpretados exatamente sobre o que representam, sob o risco de criar uma insegurança na população.

As empresas brasileiras de refrigerantes apoiam e encorajam estilos de vida balanceados por meio do oferecimento de diferentes opções de escolhas à população (com e sem calorias). Todos os produtos produzidos pela indústria brasileira de bebidas não alcoólicas têm sua qualidade e segurança atestados para consumo".

As gigantes do setor de bebidas Coca-Cola Brasil, Ambev e Pepsico Brasil vão deixar de vender refrigerante em escolas para crianças de até 12 anos. Com o acordo entre as empresas, serão comercializados nas escolas apenas água mineral, suco com 100% da fruta, água de coco e bebidas lácteas que atenderem aos critérios nutricionais específicos. 

De acordo com as companhias, o novo portfólio de bebidas vendidas diretamente às cantinas tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Em nota enviada a imprensa, as empresas dizem que “a obesidade é um problema complexo, causado por muitos fatores, e as empresas de bebidas reconhecem seu papel de ser parte da solução”. 

##RECOMENDA##

No texto, as empresas também ressaltam que crianças abaixo de 12 anos não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo. A escolha do portfólio no Brasil também foi baseada em conversas com especialistas em saúde pública, alimentação e nutrição, além de profissionais e instituições ligadas aos direitos das crianças, de acordo com as companhias. 

A nova política valerá para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Quanto às demais, que se abastecem em outros pontos de venda como supermercados e redes de atacado, haverá uma ação de sensibilização desses comerciantes para unirem à iniciativa. As três companhias também estão negociando com a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) para que as diretrizes de venda de bebidas a escolas sejam um compromisso de todo o setor.

Diretrizes – Em maio deste ano, a ABIR divulgou uma série de recomendações para o setor de bebidas nas áreas de marketing e publicidade para crianças.  Nas diretrizes, os associados se comprometiam a não fazer comunicações de marketing em escolas com crianças abaixo de 12 anos, exceto quando acordado ou solicitado pela administração da escola para propósitos educacionais ou esportivos. 

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), Herculano Anghinetti, comentou, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a decisão do governo de não alterar os multiplicadores da tributação de refrigerantes, que valeria a partir de hoje, foi "sábia". "O não reajuste em outubro de 2013 levou a uma reação nas vendas da indústria, porque o consumo da nossa bebida possui uma elasticidade considerável em relação a preços", disse.

Segundo ele, a incidência do imposto em outubro de 2012 levou a indústria a reajustar os preços ao consumidor, o que comprometeu volumes vendidos em 2013. Dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal, mostram uma queda de 2% na fabricação da bebida no ano passado. Ainda com base em informações do Sicobe, janeiro também foi um mês de queda para o setor, mas fevereiro e março foram positivos. Nos três primeiros meses do ano, a fabricação da bebida acumula alta de 2,3%, passando de 3,920 bilhões de litros para 4,011 bilhões de litros.

##RECOMENDA##

"O governo foi muito sensível com relação às nossas informações e pedidos. Estamos muito esperançosos para 2014. Ele está caminhando para um ano bom, caso a renda da população cresça, o endividamento das família diminua e o governo mantenha as tabelas de tributação atuais", falou, se referindo a outubro, quando um novo reajuste está previsto para a carga tributária de bebidas frias. "Caso haja novo aumento, será um caos, porque a indústria não conseguirá absorver sozinha", declarou.

A mesma opinião foi emitida para a manutenção da tributação da água mineral em zero. "A decisão também foi sábia e ela tem nosso aplauso", disse. Com relação aos reajustes do redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins de refrescos, isotônicos e energéticos, Anghinetti informou que a indústria está calculando os impactos que o aumento pode ter nos preços ao consumidor e que provavelmente amanhã terá uma posição sobre o assunto.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando