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A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que foi convidada a participar do Grupo de Trabalho (GT) para discussão de um Novo Fies, levou ao Ministério da Educação (MEC) uma proposta de reformulação do programa com o objetivo de resgatar o caráter social da iniciativa e possibilitar que mais brasileiros possam ingressar no ensino superior. A ideia da entidade que representa as instituições de ensino privadas é de que o financiamento volte a ser integral e que caso o egresso fique desempregado, ele possa suspender temporariamente os pagamentos.

"Acreditamos que o Fies perdeu o caráter social e se tornou um instrumento meramente financeiro", declarou Celso Niskier, diretor executivo da ABMES e presidente do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular. "Dinheiro público deve levar em conta outros benefícios além do pagamento do Fies, porque o aluno que estuda tem emprego, paga impostos, eventualmente abre uma empresa. O Fies precisa voltar a ter caráter social e se adequar a realidade do jovem".

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"Com essas alterações propostas, acreditamos que o Fies volte a se tornar um programa atraente", completou.

Além disso, a entidade cobra para que haja uma definição mais clara sobre como o financiamento é cobrado. "É uma caixa preta de como o jovem está sendo cobrado, não sabemos se estão respeitando sequer as regras anteriores", afirmou Niskier.

A discussão em torno de uma reformulação do programa de financiamento estudantil público se dá em meio a um cenário em que, desde 2020, apenas metade das vagas oferecidas são preenchidas, pois os alunos não conseguem se enquadrar nas exigências de renda e nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Na outra ponta, uma vez que os estudantes se formam, o problema se torna a inadimplência, já que muitos egressos não conseguem honrar com as parcelas. Até março deste ano, os inadimplentes acumulam R$ 11 bilhões de dívida acumulada e representam 53,7% dos egressos com três ou mais parcelas em atraso.

Bolsa para quem precisa e financiamento para quem pode

A ABMES defende que se amplie a faixa de renda elegível para o ProUni dos 1,5 salários mínimos atuais para 3 salários mínimos e deixe o financiamento para alunos com renda familiar maior, já que, na visão da entidade, alunos com renda até 3 salários mínimos não conseguem custear um financiamento. "Dar bolsa para quem precisa de bolsa e financiamento para quem pode pagar", propõe Niskier. "O feat entre a oferta do produto e o perfil do estudante ficaria mais adequado".

A defesa da instituição é de que a ampliação do Proini se dê por meio do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), que faz uma "troca de dívidas das instituições por bolsas para o Prouni". "Defendemos uma terceira oferta, que estimamos que poderia produzir mais 300 mil bolsas do Prouni", argumenta Niskier.

Promoção de cursos de acordo com a empregabilidade

Outra ideia debatida entre as entidades representativas das instituições de ensino privadas para a redução da inadimplência - mas ainda não apresentada ao GT - é a de que o governo priorize cursos com maior empregabilidade na hora de conceder o FIES. "O governo pode escolher prioridades de acordo com a empregabilidade do curso, é um direito que o governo poderia ter, já que é dinheiro público. As áreas que não garantem empregabilidade não deveriam ter a mesma preferência", afirmou o diretor executivo da ABMES e presidente do Fórum.

A exceção se daria para cursos em que há um interesse público em sua promoção por sua função social, como licenciaturas por exemplo.

Política

Segundo Niskier, o governo demonstrou uma clara intenção de aprimorar o Fies. "A percepção é de que esse GT quer de fato melhorar o Fies. Imaginamos que haja restrições do ponto de vista orçamentário, mas o Ministro da Fazenda (Fernando Haddad) e o presidente do BNDES (Aloizio Mercadante) foram Ministros da Educação, ou seja, há pessoas nesse governo que conhecem bem o programa", afirmou.

 

*A repórter viajou a convite da ABMES e do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular

A Faculdade UNINASSAU Petrolina recebeu, mais uma vez, da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o Selo Instituição Socialmente Responsável. A certificação é resultado das ações de responsabilidade social realizadas durante o ano de 2020. Dentre as ações estão doação de máscaras, álcool em gel, pias comunitárias, protetores faciais, lanches aos profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus, entre outras.

O diretor da Instituição, Sérgio Murilo Corrêa, pontua o quanto o ano foi atípico e possibilitou o surgimento de novas ações de benefício à comunidade. "Com a pandemia traçamos novas ações muito exitosas, que envolveram professores, alunos e comunidade, para colaborar nesse período de prevenção e combate à doença. Os resultados foram os mais positivos possíveis, conseguimos atingir jovens, idosos, mulheres, crianças, profissionais de saúde, pessoas em situação de rua", conta.

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A responsabilidade social e ambiental é um dos principais pilares institucionais. "Acreditamos no exercício da cidadania e desenvolvimento integral dos alunos por meio de atividades com viés social e ambiental. Nosso objetivo é desenvolver alunos com olhar e atitudes diferenciados para um mercado de trabalho tão competitivo”, destaca Sérgio.

Atualmente, a Faculdade conta com diferentes projetos sociais como Trote Legal, Natal Solidário, Faculdade na Comunidade, Capacita, Ação Tropical, Carnaval Inclusivo e outros. São projetos que acontecem anualmente ou semestralmente e conseguem qualificar pessoas, ajudar ONGs com alimentos, produtos de higiene pessoal, brinquedos, fraldas e outro itens necessários nos diferentes locais que a instituição atende.

As ações já beneficiaram moradores de Petrolina, Juazeiro, Casa Nova, Sobradinho, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista entre outras cidades circunvizinhas. "Nossas ações ultrapassam as barreiras geográficas e levam amor e doações a quem realmente precisa. E o melhor é ver nossos alunos engajados e construindo novos projetos sociais alinhados aos conhecimentos e particularidades de seus cursos", finaliza o gestor.

Da assessoria

Um levantamento realizado pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights e divulgado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), revela que 94% dos alunos que cursam ensino superior de modo presencial, em instituições particulares de todo o país, pretendem dar continuidade aos estudos, independentemente dos impactos da pandemia do novo coronavírus. Os dados foram apresentados nesta semana, em coletiva que reuniu jornalistas dos principais veículos de imprensa nacional. 

Na pesquisa, 57% dos alunos entrevistados pretendem dar continuidade aos estudos, independentemente da gravidade da situação em que o país enfrenta. Outros 37% temem que o vírus possa trazer riscos à continuidade do curso, e apenas 6% avaliam desistir dos estudos devido a pandemia. 

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O estudo ouviu também pessoas que planejam iniciar uma graduação, presencial ou a distância. 44% dizem que o cenário provocado pela doença tem baixo impacto na decisão de começar uma graduação. Por outro lado, 39% acreditam que as consequências do novo coronavírus podem causar alto impacto na decisão de ingressar em um curso superior, e apenas 18% avaliam que o cenário atual deverá causar impacto moderado.

Além do mais, diante de um cenário instável em decorrência do avanço do vírus no país, 22% dos prospects planejam iniciar um curso superior no próximo semestre, outros 30% esperam ingressar em um curso superior no início de 2021, enquanto 43% disseram que preferem esperar a situação normalizar e só então decidir o momento ideal para ingressar na faculdade.

O diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, comenta sobre a importância de continuar os estudos. “A pesquisa mostra que o valor da educação está muito assegurado, mesmo diante desta crise. Porém, nós, como instituições de educação superior, precisaremos agir no sentido de atender individualmente aos que querem continuar estudando, mas estão em situação de risco financeiro. Cada instituição deve fazer isso com as ferramentas disponíveis. O importante é não deixarmos nenhum estudante para trás”.

Além disso, a unidade realizou um seminário virtual “Coronavírus e educação superior: o que pensam os alunos e como sua IES deve se preparar?”, para falar sobre o coronavírus e divulgar os dados, em uma visão voltada para o impacto da pandemia na educação. Instituições de ensino de todo o país puderam acompanhar a exposição do diretor presidente da ABMES.

Vale pontuar, que a pesquisa será realizada mais duas vezes, para acompanhar  evolução da situação.

Após participar da 14ª Campanha de Responsabilidade Social, a Univeritas/UNG foi reconhecida como Instituição Socialmente Responsável de 2018 pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).

Nesta edição da campanha, a universidade promoveu ações de saúde e qualidade de vida, orientação jurídica e recreação em diversos locais da Grande São Paulo.

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De acordo com o reitor da universidade, Eloi Lago, a instituição realiza, por meio de atividades acadêmicas, ações voluntárias que têm como objetivo amenizar problemas sociais. “Receber o selo atesta o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da comunidade na qual estamos inseridos. Além disso, reforça a nossa preocupação com o bem-estar social da população”, destaca.

O selo que a Univeritas/UNG recebeu tem validade de um ano e a certificação pode ser renovada com a participação da universidade nas próximas edições da campanha de responsabilidade social.

A ABMES informou que no último mês cerca de 600 instituições de ensino superior de todo o país aderiram ao projeto. Foram mais de 400 mil atendimentos à população das comunidades locais e houve o registro de mais de 8 mil atividades gratuitas em áreas como educação, saúde, cultura, lazer, meio ambiente e assistência jurídica. A iniciativa existe desde 2005 e já realizou quase 15 milhões de atendimentos às comunidades brasileiras.

A UNINABUCO – Centro Universitário Joaquim Nabuco, no Recife, recebeu o “Selo de Instituição Socialmente Responsável” da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior). A marca é um certificado pela participação da instituição na 14º campanha da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular.

Neste ano, a Instituição participou da ação “UNINABUCO na comunidade”, no Centro Comunitário da Paz - Compaz Governador Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha. A ação teve a participação de estudantes e professores da Instituição e ofereceu serviços como: atendimento jurídico, orientação para o microempreendedor, consultoria de formalização de autônomos, orientação de carreira (teste vocacional, atualização curricular), cotação de história, curso rápido de informática básica, simulado Enem, aferição de pressão/teste de glicemia e análise postural.

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“Receber o Selo atesta o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da comunidade na qual estamos inseridos. Além disso, reforça a nossa preocupação com o bem-estar social da população. A UNINABUCO é uma Instituição que forma o cidadão para vida, tornando-o agente ativo no processo de mudança social. Gostaria de agradecer a todos que apoiaram o “UNINABUCO na Comunidade” desse ano, evento que mais uma vez nos consagra com essa honrosa chancela”, afirma o responsável pelo evento e coordenador dos cursos de Gestão da UNINABUCO Recife, Edson Brígido.

O certificado poderá ser utilizado nas divulgações de matérias do Centro Universitário, como jornais, livros, revistas, folders, cartazes, camisas, sites, e-mails, redes sociais, emissoras de tv e afins. O selo tem validade de um ano e a instituição pode renovar com a campanha na participação nas edições seguintes.

A ABMES representa entidades mantenedoras de Educação Superior particular em todo o território nacional com o objetivo de engajá-las nas mais diversas instâncias e atuar na consolidação efetiva de seus pares.

*Da assessoria 

Neste mês, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) completa 36 anos. Com uma trajetória de muitos desafios, mas também de grandes conquistas. O que temos hoje é uma jovem adulta, madura e consciente da sua relevância para o setor particular de educação superior e também para o desenvolvimento da educação como um todo no país.

Assim como uma pessoa ou qualquer outro organismo vivo, uma instituição também tem vida. Cada ação realizada, cada projeto concluído, cada colaborador que deixou sua marca são alguns dos elementos que pavimentam o caminho de uma entidade. Sendo assim, aniversário também é uma excelente oportunidade para uma organização refletir sobre seu percurso e traçar planos para o futuro.

Desde 2016 exerço o cargo de diretor presidente da ABMES, missão que muito me orgulha, mas minha história com a Associação retrocede a tempos bem mais longínquos que esses quase três anos. Considerando que uma instituição, apesar de viva, não pode ser personificada, me atrevo a fazer aqui uma breve reflexão sobre essa virada de ciclo da ABMES.

Com uma história marcada por muita luta e obstinação, a Associação foi criada com o objetivo de representar nacionalmente a educação superior particular. Hoje, ela consiste na maior representação do setor, assim reconhecida pelos diversos segmentos da sociedade, incluindo mantenedoras, governo e legisladores.

São 36 anos de consolidação de espaços de interlocução e de conciliação com órgãos governamentais, com a imprensa e também com os associados. Sempre pautada nos princípios constitucionais e nos direitos humanos fundamentais, a ABMES tem marcado presença no cenário brasileiro e contribuído para o desenvolvimento da educação superior do nosso país.

No último ano, essa projeção ganhou novas dimensões e a Associação passou a dialogar e a representar a educação superior brasileira também em outras nações. Rússia e Israel foram os destinos escolhidos para as primeiras delegações internacionais, mas, para além delas, a entidade também tem marcado presença em eventos internacionais e publicações acadêmicas do exterior, projetando para todo o planeta a relevância do setor particular no ensino superior brasileiro e também a posição estratégia de atuação da ABMES.

Uma reflexão sobre essa trajetória não se esgota em poucas linhas, tanto que por ocasião dos 35 anos foi elaborado um Memorial. Mas, ainda que muito resumida, ela nos dá a certeza de que a despeito de crises, governos ou momentos históricos, as escolhas feitas lá atrás, tanto pelos visionários que fundaram a Associação quanto pelos dirigentes que a conduziram ao longo das décadas, foram acertadas.

Hoje, estabilizada em uma base sólida, a ABMES tem o discernimento necessário para saber que muita coisa já foi feita, mas que ainda há muito trabalho a ser realizado. Sendo assim, neste ousado exercício, ouso dizer que os planos da Associação para o futuro consistem na manutenção das diretrizes que a trouxeram até este momento, mas sempre conectada com as transformações sociais e com as necessidades dos seus associados, dos estudantes e da educação superior como um todo.

Parabéns, ABMES, por seus 36 anos! Que sua trajetória siga vitoriosa e contribuindo para a transformação do Brasil no país que todos desejamos!

O bom jornalismo é um dos principais instrumentos de uma sociedade democrática, desenvolvida e justa. Por isso, com o objetivo de valorizar e incentivar a imprensa brasileira na cobertura jornalística de um tema que é um dos pilares de uma nação, a educação, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) segue para a segunda edição do Prêmio ABMES de Jornalismo. As inscrições estão abertas desde a última quinta-feira, 1º de março, e vão até 8 de junho de 2018.  

A iniciativa irá reconhecer os melhores trabalhos relacionados ao tema com oito prêmios em dinheiro, no valor bruto total de R$ 100 mil, distribuídos em oito categorias: Impresso (Nacional e Regional), Internet (Nacional e Regional), Rádio (Nacional e Regional) e TV (Nacional e Regional). Os vencedores das categorias nacionais recebem R$ 15 mil (cada) e das categorias regionais R$ 10 mil.

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Os finalistas serão anunciados em 6 de julho e a cerimônia de premiação acontecerá em 7 de agosto, em Brasília/DF. Poderão ser inscritas matérias e reportagens jornalísticas que tratem da educação superior no Brasil e que tenham sido publicadas entre 1º de junho de 2017 e 31 de maio de 2018.

A primeira edição do Prêmio ABMES de Jornalismo -  Em 2017, quando foi lançada a primeira edição da premiação, a iniciativa contou com a inscrição de 225 reportagens que foram avaliadas por um júri especial, formado por três membros imortais da Academia Brasileira de Letras: Arnaldo Niskier, Marcos Vilaça e Merval Pereira.  Participaram jornalistas de todo o País, com reportagens publicadas em veículos de dezenas de municípios espalhados pelas cinco regiões brasileiras. 

As reportagens vencedoras do prêmio apresentaram diversas abordagens sobre as temáticas propostas no regulamento. Na categoria regional, foram vencedores jornalistas da TV Record de Santa Catarina; da Rádio CBN da Paraíba; do Correio Braziliense, no Distrito Federal; e O Tempo, de Minas Gerais. Na categoria nacional, venceram reportagens da TV Globo, Folha de São Paulo, Revista Época; Estadão; e Rádio Gaúcha. 

Um dos vencedores da primeira edição na categoria nacional, o jornalista Paulo Saldaña, da Folha de São Paulo, afirmou que ter trabalhos reconhecidos por prêmios é sinônimo de orgulho e ânimo extra para um profissional. “Premiações sérias e independentes, com critérios claros de avaliação, têm o potencial de engajar profissionais em torno de uma temática. No caso de assuntos específicos como a educação, pode colaborar muito para a ampliação e qualificação da cobertura”. 

Sobre a inciativa – O crescimento e o desenvolvimento da cobertura jornalística sobre a educação superior particular ajudam a contribuir na busca permanente de melhoria do setor, gerando benefícios sociais, políticos, econômicos e culturais para todas as regiões brasileiras. Neste sentido, o Prêmio ABMES de Jornalismo pretende valorizar e dar mais visibilidade ao relevante papel dos jornalistas, além de contribuir para o fomento do debate e a participação social em torno de programas governamentais, como Fies, ProUni e Pronatec.

Segundo o diretor presidente da ABMES, Janguiê Diniz, iniciativas como a do Prêmio ABMES de Jornalismo ajudam a reforçar a importância do papel social da educação superior particular que, atualmente, é responsável por 80% das matrículas do setor. “Este gritante percentual demonstra a enorme contribuição para o processo de formação de profissionais qualificados para atender às demandas do mercado de trabalho, bem como fazer parte do desenvolvimento das carreiras profissionais, e atingindo regiões e cidades distantes onde o setor público não está presente”, observa.

Segundo salienta o executivo, a simples existência de uma faculdade em um município, por exemplo, é capaz de gerar impacto no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e aumentar a renda de sua população. “Além disso, temos de pensar na grande quantidade de pessoas que conseguiram conquistar a profissionalização por meio do tão sonhado diploma e tiveram as vidas transformadas. Sem a democratização do acesso à educação superior, não existe mobilidade social”.

*Da assessoria

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Às 10 horas do dia 17 de janeiro, a TV da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (ABMES) esclarecerá as mudanças no fundo de investimento do Fies para 2018, em programa intitulado “Webinar: dúvidas e esclarecimentos sobre o Fies”. O diretor executivo da associação, Sólon Caldas, será o mediador da programação, que inclui ainda a presença de representantes de MEC, FNDE e Caixa Econômica Federal.

Os interessados em acompanhar o “Webinar”, poderão encaminhar perguntas previamente pelo e-mail imprensa@abmes.org.br ou pelo WhatsApp (61) 98123-1195 ou durante a transmissão, através da ferramenta de comentários da ABMES TV. Quem quiser acompanhar a programação precisa primeiro se cadastrar de forma gratuita na ferramenta de transmissão online da Associação.

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Programação

Data: 17 de janeiro de 2018, quarta-feira

Horário: 10h a 11h30 (horário de Brasília)

Onde: ABMES TV - ONLINE

Mediação

Sólon Caldas - Diretor Executivo da ABMES

Participantes

Felipe Sigollo – Presidente do Comitê Gestor do Fies e Secretário Executivo Adjunto do Ministério da Educação (MEC)

Fernando Rodrigues Bueno – Coordenador-geral de Programas de Ensino Superior (Dipes/MEC)

Pedro Pedrosa – Diretor de Gestão de Fundos e Benefícios (Digef/FNDE)

Roberto Barreto - Diretor Executivo de Serviços de Governo da Caixa Econômica Federal

 

 

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Associação das Universidades da Rússia (Anvuz) estiveram reunidas na International University in Moscow (MUM), em Moscou, para dar início à agenda de visitas às instituições russas.  

O encontro faz parte da 1ª Delegação ABMES Internacional - Russia Experience, que reuniu uma comitiva brasileira, formada por reitores e diretores de faculdades, centros universitários e universidades, para conhecer de perto as formas de atuação das instituições. A abertura foi realizada pelo presidente da ABMES, Janguiê Diniz; e pelo presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, deputado Caio Narcio (PSDB/MG), que saudaram a hospitalidade dos anfitriões e apresentaram os números da educação superior no Brasil. Na  ocasião, o presidente da Anvuz, Vladmir Zernov, falou da satisfação de ter a missão brasileira em Moscou e abriu oficialmente os trabalhos.

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De acordo com o reitor UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau  e Fundador do Grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, a Delegação está sendo muito importante para o fortalecimento da cooperação com os diversos programas educacionais oferecidos pela Rússia. “Um dos objetivos da Delegação é conhecer os programas desenvolvidos pelas universidades russas. Pretendemos expandir os convênios que já existem entre as instituições públicas e privadas, para que exista uma troca de experiência entre os estudantes de ambos os países. A partir daí os convênios firmados vão depender da área do conhecimento que as instituições desejam atuar, como por exemplo, Medicina, Direito, Engenharia... Temos certeza que os intercâmbios educacionais gerados a partir das parcerias, será bastante enriquecedor para todos os envolvidos”, concluiu.

Durante as visitas, reitores de universidades russas apresentaram suas instituições, localizadas em diferentes regiões do país, como a própria Moscou e Kazan. Pelo lado brasileiro, foram demonstradas as formas de atuação das instituições, com foco no uso da tecnologia e os desafios para os próximos anos, como o cumprimento do Plano Nacional de Educação.

A programação da 1ª Delegação ABMES Internacional inclui ainda oficinas temáticas, visita a Embaixada do Brasil na Rússia e as Universidades de São Petersburgo, além de passeios nos principais pontos turísticos das duas cidades russas. A jornada encerra no dia 10 de setembro.

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES completa 34 anos de história. Uma trajetória que, inicialmente foi construída por um grupo de 32 mantenedores liderados pelo ilustre professor Cândido Mendes de Almeida, que, na década de 1980, decidiu criar uma associação que representasse a categoria nacionalmente e que lutasse pelos interesses das instituições de ensino superior particulares.

Desde então, o grupo cresceu e chegou aos mais de 1200 mantenedores e mantidas que, hoje, estão unidos para debater e buscar melhorias contínuas, não apenas para o setor de ensino superior particular, mas também para a sociedade brasileira que necessita de acesso contínuo à educação. Ao longo desses 34 anos, o trabalho da ABMES é de contribuições assertivas nas discussões e no encaminhamento de grandes temas pertinentes ao desenvolvimento da educação, buscando, sempre, propostas viáveis ao governo e garantindo que os mais de sete milhões de estudantes do setor continuem sendo beneficiados.

Desde a sua fundação, a primeira e principal finalidade da ABMES consagrada em seu estatuto, consistia, e consiste até hoje, em:  “postular pelos direitos e interesses das entidades mantenedoras associadas ou filiadas”, inclusive judicialmente. É importante ressaltar a relevância do papel da ABMES e de seu primeiro presidente na conquista do preceito constitucional de que “o ensino é livre à iniciativa privada” (art. 209 da Constituição Federal), respeitadas as leis gerais da educação bem como todo aparato de avaliação e regulação definido pelo poder público. Estava-se, com total certeza, escrevendo a história do setor.

Sob a direção do professor Edson Franco, seu segundo presidente, que permaneceu no cargo também por três mandatos (1994/2004), a ABMES ganhou robustez acadêmica, produziu estudos e pesquisas, auxiliou na formulação de políticas públicas e criou a Editora ABMES. Em sua gestão foi definida e consolidada a política institucional que nortearia as ações da ABMES. Com Édson Franco, a ABMES viveu um forte período de expansão, após a consolidação de diretrizes elaboradas na gestão de Cândido Mendes. Em 12 anos, o número de associados foi multiplicado em dez vezes. Édson teve o mérito de transformar a ABMES em um reconhecido e privilegiado espaço de debates sistemáticos sobre o ensino superior no país.

Na gestão do brilhante professor Gabriel Mário Rodrigues, seu terceiro presidente, que conduziu os destinos da ABMES por quatro mandatos (2004/2016), a nossa associação amadureceu seus conceitos e profissionalizou sua gestão. Ao longo destes 12 anos, a instituição estabeleceu diálogo harmonioso com os órgãos do governo, promoveu seminários mensais com temas de interesse dos associados, incrementou as ações da Editora ABMES com a publicação periódica de inúmeros títulos e também realizou pesquisa nacional sobre as pequenas e médias instituições de ensino superior.

O trabalho da ABMES tornou-se essencial para a educação superior brasileira e, ao longo destes 34 anos de atividades, vem orgulhando seus associados com suas estratégias e posição de coragem em defesa do ensino particular. Muitos desafios foram levados ao MEC com intuito de garantir o espaço de negociações junto ao governo. Inúmeras conquistas foram alcançadas e tantas outras ainda são necessárias.

Em todos esses anos foram inúmeras mobilizações, estudos, pesquisas e encaminhamentos, sempre com intuito de representar, da melhor forma possível, o setor de educação e assegurar o cumprimento do papel do Estado de promover e garantir a democratização do ensino, seja através de incentivos  aos estudantes carentes que não conseguem acesso ao ensino público ou por meio dos programas de financiamento estudantil.

Além do trabalho com a educação, a ABMES busca a valorização social através de iniciativas como a Campanha da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular, a valorização de iniciativas inovadoras das instituições, o reconhecimento de personalidades que têm contribuído para a educação brasileira através dos prêmios Top Educacional Professor Mário Palmério, Milton Santos de Educação Superior e os Concursos de Vídeos sobre as ações das instituições. Tudo isso não apenas para valorizar a imagem da Associação, mas para que a comunidade, o Governo e a sociedade conheçam os trabalhos de grande valor, realizados  pelas instituições de ensino superior particulares.

Nos últimos 12 anos, estive acompanhamento de perto o trabalho da ABMES, seu desenvolvimento e sua preocupação com as necessidades dos mantenedores associados, mas não apenas com eles. O que diferencia a ABMES das outras entidades do setor não é apenas o seu tamanho, é a sua preocupação com o desenvolvimento e manutenção da educação e da sociedade brasileira.

A ABMES realizou intenso trabalho gerador de propostas ao Projeto de Reforma da Educação Superior (PL nº 7.200/2006) nas gestões dos Ministros Cristovam Buarque, Tarso Genro e Fernando Haddad. Participou ativamente das discussões e debates sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) – 2011/2020, desde o início do processo em 2010, estando presentes em audiências públicas, em reuniões e seminários para apresentar as propostas do setor privado. Além de ter papel fundamental nos debates de incremento e melhorias dos  programas como ProUni e Fies.

Hoje, o ensino superior particular é responsável por 80% das matrículas do setor, isso demonstra a importância e necessidade de atuação da ABMES para o desenvolvimento da educação no Brasil. Como presidente da ABMES para o triênio, acredito que a valorização da tradição da ABMES, conjugada à inovação científica e tecnológica, ao empreendedorismo e à ousadia corajosa, independente, autônoma, responsável e ética em defesa dos direitos e interesses dos mantenedores do ensino superior particular, ainda trará inúmeros benefícios e reconhecimento ao trabalho tão primoroso realizado durante todos esses anos de atuação.

A ABMES está completando 34 anos de lutas e me sinto orgulhoso em fazer parte dessa história. Muito já foi feito e ainda há muito para se fazer. Parabéns ABMES. Parabéns a todos que contribuíram e contribuem com a maior associação de mantenedores de ensino superior do Brasil.

O empresário José Janguiê Bezerra Diniz assume o cargo de novo presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), a mais importante associação representativa do Ensino Superior Particular do Brasil. A posse acontece no próximo dia 03 de maio, em Brasília, sede da Instituição e contará com a presença de mantenedores de instituições de ensino superior particular de todo o país, além de personalidades da educação, política e economia nacional.

Mestre e Doutor em Direito, Janguiê fundou o Grupo Ser Educacional em 2003, junto com a Faculdade Maurício de Nassau, hoje UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. No currículo, ele carrega, entre outros cargos, o de professor de Direito da UFPE, Juiz Federal do Trabalho e Procurador do Ministério Público da União por quase 20 anos. Nos últimos 12 anos, Janguiê fez parte da diretoria da ABMES:  primeiro como conselheiro fiscal e depois como o terceiro vice-presidente por três mandatos.

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A chapa que assume o triênio da ABMES é composta também pelos vice-presidentes Daniel Faccini, da Anima Educação; Celso Niskier, do Centro Universitário UniCarioca; e Débora Brettas, do Instituto Faceb Educação; além de mais 27 representantes de mantenedoras. O grupo conta com o apoio de Gabriel Mário Rodrigues, presidente da Instituição por 12 anos e um dos nomes mais influentes no setor de educação superior particular do Brasil. “Durante todos esses anos, trabalhamos para construir uma ABMES forte e que representasse o setor da educação superior particular. Deixo a presidência da ABMES com a certeza de que o novo presidente irá trabalhar para crescermos ainda mais”, comenta Rodrigues.

A ABMES, que representa todas as instituições de ensino superior particular do Brasil, tem, atualmente, como associadas, cerca de 500 mantenedoras. Entre as propostas da nova diretoria está a defesa firme e combativa dos direitos e interesses de todas as mantenedoras do Brasil, e a de superar este número até o final do mandato. “Queremos expandir a ABMES e fazê-la ser ainda mais forte. Iremos buscar mais associados e ser ainda mais presentes e firmes nas discussões com o poder público, e em especial com o Ministério da Educação, para beneficiar o setor particular e por via de consequência o ensino particular de qualidade.  Tudo de importante que a ABMES conquistou ao longo de sua história será mantido além de lutarmos para ampliarmos as conquistas. É extremamente gratificante representar a maior associação de ensino superior particular do país”, assevera Janguiê.

Durante o período de campanha, Janguiê apresentou aos associados 15 propostas de trabalho para a ABMES, entre elas a de descentralizar a Associação através da criação da ABMES regional sul, sudeste, norte, nordeste e centro-oeste, em parceria com entidades associativas ou sindicais locais. “Todas as propostas foram pensadas e avaliadas de acordo com a necessidade de cada um de nós, mantenedores e associados da ABMES, sempre com intuito de corroborar com o objetivo principal da associação de defender e lutar pelos direitos e interesses legítimos das instituições particulares de ensino superior do país”, completa.

Entre os desafios do novo cargo, Janguiê ressalta que é preciso promover a união do setor. “O ensino superior particular representa mais de 75% das matrículas do ensino superior no Brasil e a maior parte das instituições existentes tem até 3 mil alunos. Elas são essenciais e imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil, pois um País para sair de um estágio de subdesenvolvimento para desenvolvimento, só através da educação, desde a básica à superior. As IES particulares estão fazendo a sua parte.  Entretanto, as IES pequenas sofrem, principalmente, com regras que as igualam às maiores instituições do país. Uma das nossas propostas é trabalhar exatamente nesse contexto, de lutar para que as elas sejam tratadas e avaliadas levando em consideração a regionalidade e especificidade”, finaliza.

1) Sua vida profissional teve início muito cedo e seu empreendedorismo resultou no maior grupo educacional do nordeste: a Ser Educacional, que tem crescido de maneira expressiva, inclusive expandindo sua atuação para o norte e para o sudeste do país. Pode falar um pouco sobre a sua trajetória e onde pretende chegar?

Nasci em uma família pobre que optou por deixar o sertão da Paraíba na tentativa de uma vida melhor. Sou o mais velho de sete irmãos. Desde muito novo tive que trabalhar, mas nunca deixei de estudar. Acreditava na educação como a única forma concreta de mudar o meu status quo e foi por isso que aos 14 anos saí, sozinho, de Pimenta Bueno, em Rondônia, para o Recife. Foi na capital pernambucana que pude concluir o ensino médio, cursar Direito na UFPE e Letras na Universidade Católica. A ideia de investir em educação veio porque, ao estudar para o concurso da Magistratura, percebi que não haviam cursos preparatórios para o concurso no Recife e coloquei como meta que, após a minha aprovação, abriria um. Fui aprovado no concurso, também me tornei professor da Faculdade de Direito do Recife e fundei o Bureau Jurídico, curso preparatório para concursos, em 1994. O BJ, como era conhecido, se tornou um sucesso, com altos níveis de aprovação e atendendo alunos de todo o Brasil. Na época, haviam apenas 4 faculdades de Direito em Pernambuco e uma enorme demanda de alunos, então, comecei a pensar em abrir uma instituição de ensino superior. A Faculdade Maurício de Nassau foi fundada no Recife, junto com o Grupo Ser Educacional, em 2003 e desde então, cresce gradativamente. Meu objetivo é poder oferecer, cada vez mais, acesso ao ensino superior para os estudantes. Acredito que a educação é a única forma concreta de mobilidade social e a única forma de um país se desenvolver sócio e economicamente. 

2) O professor Gabriel Mario Rodrigues esteve à frente da ABMES por 12 anos. Como é receber o bastão de um dos maiores empreendedores do segmento educacional do país?

Gabriel é um exemplo para todos nós. Seus ensinamentos são muito preciosos e levarei sempre comigo suas ideias. Tenho certeza que ele ainda irá contribuir muito com a ABMES e com o setor de educação do Brasil.

3) O que os associados à ABMES poderão esperar da sua gestão?

Quero expandir a ABMES e fazê-la ser ainda mais forte. Iremos buscar mais associados e ser ainda mais presentes nas discussões com o poder público, e em especial o MEC para beneficiar o setor. Manteremos tudo de positivo que a ABMES tem e teremos ainda mais personalidade para representar a maior associação de ensino superior particular do país.

4) A gestão do professor Gabriel tratou com muita atenção a questão das pequenas e médias instituições de ensino superior associadas à ABMES. E agora, nesta nova gestão, certamente, a sua trajetória profissional servirá de inspiração para muitos mantenedores. Como pretende atuar/articular de modo a subsidiar a permanência dessas instituições no cenário educacional?

O ensino superior particular representa mais de 75% das matrículas do setor no Brasil e a maior parte das instituições existentes tem até 3 mil alunos. Elas são essenciais para o setor. Entretanto, sofrem, principalmente, com regras que as igualam as maiores instituições do país. Uma das nossas propostas é trabalhar exatamente nesse contexto, de lutar para que as IES sejam tratadas e avaliadas levando em consideração a regionalidade e especificidade.

5) O que o senhor  vê como tendência para o país nos próximos anos no âmbito educacional?

Acredito que o ensino a distância irá ganhar bastante espaço, pela facilidade para os estudantes poderem estudar em qualquer lugar e a qualquer tempo. Porém, enxergo também a volta do desenvolvimento do setor pós crise econômica que é vivida pelo Brasil. Para isso, as instituições estarão, cada vez mais, em busca de professores qualificados e de tecnologia para aliar prática e teoria nas salas de aula.

6) A desaceleração da economia tem preocupado muitos mantenedores. Com a sua visão empreendedora, o senhor concorda com a máxima “na crise, uma oportunidade”?

Em qualquer setor, é na crise que criam oportunidades. O momento econômico brasileiro tem feito com que as instituições elaborarem mais estratégias de mercado, de captação, de retenção de alunos e até de redução de custos.

7) Hoje, na sua opinião, quais são os principais problemas da educação brasileira e o que o senhor apontaria como solução?  

Acredito que para o ensino superior particular, o principal problema está na baixa qualidade dos alunos que são provenientes do ensino básico público. Para as particulares, que trabalham com a preparação direta de profissionais para o mercado de trabalho, por vezes é preciso oferecer cursos de nivelamento para alunos ingressantes e ainda são muitos estudantes que são reprovados porque não conseguem acompanhar o conteúdo apresentado nas IES. Infelizmente, essa realidade só irá mudar através de uma reforma na educação, com escolas públicas de nível básico com qualidade de formar os estudantes para o nível superior. Essa mudança depende, basicamente, de investimento e fiscalização. Apesar de termos um alto investimento destinado para a Educação, comparado a outros países, a falta de fiscalização faz com que boa parte desses recursos não cheguem ao seu destino, se perdendo nos desvios de verbas. Outro grande problemal é a escasses de financiamento – FIES. É que temos apenas cerca de 17% da população como idade universitária (de 18 a 24) anos no ensino superior. 83% ainda está fora. A maioria dos que estão fora depende de financiamento para estudar. Na medida em que o governo reduziu a verba do FIES e tornou mais rígidas as regras, como por exemplo, 450 pontos no ENEM,  frustou os sonhos de muitos jovens, principalmente os provenientes de escola pública.

8) Um grave problema que o ensino superior enfrenta é a baixa qualidade da educação básica:  a maioria dos ingressantes são oriundos de escolas públicas, que chegam à faculdade tendo que aprender matérias elementares. Como o senhor analisa esse cenário? O senhor tem algum projeto de articular as IES para o nivelamento desses alunos? O que poderia ser feito junto ao Governo Federal para que as IES particulares possam contribuir com uma educação de qualidade em todos os níveis?

Nas instituições do grupo Ser Educação, são ofertados cursos de nivelamento para os alunos de diversas áreas: Engenharias, Comunicação e até do Direito. Ainda no primeiro período, os estudantes têm acesso a aulas de matemática, português e outras, para garantir o bom andamento das disciplinas dos cursos. O grande mal do Brasil hoje é a corrupção e esse é o motivo de termos um ensino básico público precário em sua maioria. Verbas destinadas para a modernização das escolas e capacitação de professores não chegam ao destino, impedindo o investimento e desenvolvimento da educação no Brasil.

9) Na última década, a ABMES intensificou o relacionamento com os órgãos do Governo Federal, sobretudo com o Ministério da Educação, resultando em ganhos significativos para o setor particular de ensino. Como o senhor avalia essa articulação?  

Essa é uma articulação necessária para o setor. É através de um bom relacionamento com o MEC que podemos conquistar mais espaço e garantir direitos para as IES particulares. É com esse foco que a nova gestão da ABMES irá trabalhar, intensificando ainda mais esse trabalho na busca por melhores condições.

10) Hoje, a ABMES promove anualmente a Campanha da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular. Já são 11 edições da Campanha e mais de um milhão de pessoas são beneficiadas por ano com as ações voluntárias promovidas pelas IES. Quais serão os seus projetos para a próxima gestão na ABMES no âmbito da responsabilidade social?

Acredito nas ações de responsabilidade social como uma forma de ajudar aos menos favorecidos e também de contribuir na construção de uma sociedade melhor. Já são 11 edições de sucesso de uma ação que só engrandece o papel da ABMES para a educação e para a sociedade. Nesta nova fase da ABMES, os projetos de responsabilidade social existentes e promovidos pela Associação serão mantidos e outras ações serão elaboradas, sempre ouvindo os nossos associados, que poderão trazer ideias e sugestões para as Campanhas.

11) O senhor tem construído uma sólida história durante todos esses anos de atuação no setor. Qual o legado que o senhor pretende deixar para ABMES e para a educação brasileira?

Acredito na educação como forma de mudar o Brasil. Enxergo a ABMES como uma instituição que está ativa na defesa do setor e que tem um papel determinante para o ensino superior particular. Como legado, quero deixar a assertiva de que podemos sonhar e  realizar nossos sonhos com muito trabalho, dedicação e coragem. Quero fazer da ABMES uma instituição ainda  mais forte na defesa dos direitos e interesses dos mantenedores  e fazer com que a educação particular seja valorizada por todos: alunos, mercado, governo e toda a  sociedade.

12) O que o motiva diariamente?

Saber que estou trabalhando incansavelmente para construir um país melhor, através da educação. Cada um dos estudantes que passa por nossas instituições tem uma história. Eles levam um pouco de nós e deixam um pouco de si. São histórias surpreendentes, de superação, de dedicação, de desafios e de vitórias. É isso que me motiva. Saber que estou, através das nossas instituições de ensino, mudando para melhor a vida de milhares de estudantes. 

Referência no mercado brasileiro de ensino, o empresário José Janguiê Bezerra Diniz é o novo presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), considerada a principal associação representativa do Ensino Superior Particular do Brasil. Com a definição confirmada, ele tomará posse do cargo no próximo dia 3 de maio, na sede nacional da instituição, em Brasília. 

A chapa vencedora conta com o presidente Janguiê e também com os vice-presidentes Daniel Faccini, da Anima Educação, Celso Niskier, do Centro Universitário UniCarioca, e Débora Brettas, do Instituto Faceb Educação, além de outros 27 representantes de mantenedoras. Tais membros assumirão o comando da ABMES durante o próximo triênio. O grupo tem o apoio de Gabriel Mário Rodrigues, presidente da instituição por 12 anos.

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Mestre e Doutor em Direito, Janguiê fundou o Grupo Ser Educacional, em 2003, junto com a Faculdade Maurício de Nassau, hoje chamada de UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. Além do seu histórico como Juiz Federal do Trabalho e Procurador do Ministério Público da União, ele já fazia parte da diretoria da ABMES durante os últimos 12 anos. 

Agora presidente da instituição que representa todas as instituições de ensino superior particular do país, Janguiê expôs parte de suas propostas de trabalho. Confira abaixo, em tópicos, as observações do dirigente:

Defesa de interesses e direitos das mantenedoras nacionais

“Queremos expandir a ABMES e fazê-la ser ainda mais forte. Iremos buscar mais associados e ser ainda mais presentes e firmes nas discussões com o poder público. Em especial, com o Ministério da Educação, para beneficiar o setor particular e por via de consequência o ensino particular de qualidade. Tudo de importante que a ABMES conquistou ao longo de sua história será mantido além de lutarmos para ampliarmos as conquistas”.

Descentralização da Associação por meio da criação da ABMES regional Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste

“Todas as propostas foram pensadas e avaliadas de acordo com a necessidade de cada um de nós, mantenedores e associados da ABMES, sempre com intuito de corroborar com o objetivo principal da associação de defender e lutar pelos direitos e interesses legítimos das instituições particulares de ensino superior do país”

Incentivo à união do setor

“O ensino superior particular representa mais de 75% das matrículas do ensino superior no Brasil e a maior parte das instituições existentes tem até 3 mil alunos. As instituições de ensino superior particulares estão fazendo as suas partes. Entretanto, as pequenas sofrem, principalmente em razão de regras que as igualam às maiores. Uma das nossas propostas é trabalhar exatamente nesse contexto, de lutar para que as elas sejam tratadas e avaliadas levando em consideração a regionalidade e especificidade”

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