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Antes mesmo da caipirinha, a bebida que levava a fama do Brasil pelo mundo era o café. Importante no processo de construção do país e, por anos, principal produto de exportação, a bebida coleciona amantes e é amplamente consumida por todas as camadas sociais. Entretanto, costuma trazer problemas de saúde e pode causar dependência para quem exagerar. 

O dia 14 de abril marca o Dia Mundial do Café e exalta esse fruto que carrega as sementes usadas para a infusão. Por outro lado, a data também serve como conscientização sobre o consumo da sua principal substância, a cafeína.  

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"A cafeína é a substância psicoativa mais consumida no mundo. Ela age diretamente na química cerebral, alterando sensações, estado de emoção, estado de vigília e de consciência", descreveu a psiquiatra e médica do sono Aline Borges. 

Insônia e transtornos mentais

Quem abusa das xícaras ao longo do dia tem mais chances de sofrer com sensações de taquicardia, irritabilidade e sudorese, considerados fatores que podem piorar sintomas pré-existentes de quadros de ansiedade, depressão, bipolaridade, paranoia e pânico.  

Contudo, a psiquiatra ressalta que não podemos traçar uma relação de causa e efeito entre transtornos e a bebida, já que a saúde mental se baseia em um quesito multifatorial, associado a questões genéticas, hábitos de vida, consumo de cigarro, sedentarismo, situação social e outros. 

Por ser um estimulante, a cafeína impacta diretamente na qualidade do sono. "A insônia por si é uma importante causa de descompensação dos quadros mentais", pontuou Aline. Ela também está presente em energéticos, refrigerantes de cola e em chocolates, mas em menor concentração. 

Com atuação média de 4h a 6h no organismo, a médica orienta que a bebida seja evitada após às 16h ou que seja substituída pela opção descafeinada. Ao longo do dia, a recomendação é consumir 400ml, equivalente a cerca de quatro xícaras, a depender do tipo do café. "O expresso tem mais concentração", adverte. 

Potencial viciante

Conforme o corpo se acostuma com a quantidade ingerida, ele passa a depender de mais doses. Aline explicou que a cafeína age diretamente na inibição da adenosina, responsável pela sensação de fadiga. No entanto, o bloqueio de seus receptores causado pela cafeína é limitado e, em determinado momento, o corpo começa a produzir mais adenosina e acaba exigindo uma dose maior de café para continuar em alerta. 

Essa exigência do organismo significa que é hora de ficar atento, pois as propriedades da cafeína podem levar ao vício. "Quando o paciente está adaptado a tomar em horários específicos, quando ele não consome, ele vai perceber dor de cabeça e um aumento da irritabilidade e da fadiga. Isso por si é um indicativo de que a pessoa já está desenvolvendo uma dependência", afirmou a psiquiatra, que traz outros comentários sobre a temática no perfil @psiquiatria_sem_preconceito. 

Os sintomas mais severos dessa abstinência tendem a aparecer em torno de 12h à 24h do último consumo. Nos dias seguintes, geralmente eles se arrefecem, mas as dores de cabeça podem persistir e podem ser controladas com analgésico, complementou a médica. 

O adiamento das eleições municipais para os dias 15 e 29 de novembro deixou uma lacuna quanto à segurança que será proposta aos votantes em 2020. Além de elevar as incertezas em relação à credibilidade do sistema biométrico, a expectativa é que a pandemia imponha um alto índice de abstinência.

Desde 2008, com a política de recadastramento do título de eleitor, o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) investiu cifras bilionárias para captar impressões digitais dos eleitores, desenvolver softwares de leitura e proporcionar todo o equipamento necessário para garantir a segurança do sistema biométrico.

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Contudo, a atual crise sanitária pode fazer com que a biometria não seja aplicada pela primeira vez. Na visão da cientista política Priscila Lapa, o contato interpessoal é principal agravante contra o sistema.

 "A questão da higiene e da colocação do dedo acarretaria mais demora e poderia ocasionar mais fila. Tem também a questão da caneta para fazer a assinatura, o que não é seguro do ponto de vista sanitário", analisou.

A crescente no número de óbitos em razão da Covid-19 na maior parte do território nacional e o alto risco de contaminação, também podem afugentar os eleitores das urnas. Embora o voto seja um direito constitucional, o baixo valor da multa aos faltantes estimula que eles fiquem em casa, em reflexo ao sacrifício que é votar em um cenário pandêmico. "Dependendo das regras e das barreiras que você imponha a esse processo, pode criar uma abstinência gigantesca", complementou a cientista.

O decreto de pandemia fez a bola parar de rolar nos campos de grande parte do planeta. Os adeptos do futebol estão saudosos das partidas, sejam elas nos torneios profissionais ou amadores. Mesmo que alguns clubes brasileiros ensaiem a volta aos treinos e países retomem seus torneios, como fez a Alemanha, as incertezas esfriaram o impeto de quem tem paixão pelo esporte mais popular do mundo.

Com mais de cinco décadas de arquibancada, a analista financeira Ivani Medrado, 59 anos, não aguenta mais ficar longe do seu Corinthians. Figura marcante no apoio ao alvinegro do Parque São Jorge desde a infância, Ivani lamenta a distância. "Além de não ver o maior de todos jogar, também de não vejo os amigos de arquibancada e isso tudo faz uma falta imensa", comenta. Para a corintiana matar um pouco da saudade, o jeito foi apelar para as reprises. "Para amenizar, as vezes assisto alguns jogos que tenho em casa e, no último domingo [17], matamos a saudades revendo o bi-mundial", destaca.

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A analista financeira Ivani Medrado sente falta da arquibancada | Foto: arquivo pessoal

 A torcedora discorda de quem acha que a suspensão das partidas beneficiou seu time do coração que não vinha tão bem na tabela do Campeonato Paulista. "Corinthians para mim é sempre Corinthians, jogando bem ou mal", reverencia a apaixonada pelo Timão.

Sempre presente nas quadras e campos do futebol amador da região norte da capital paulista, o assistente contábil Waldemar Mattos, 40 anos, foi obrigado a deixar de lado as partidas das quais participa três vezes por semana. Conhecido no universo varzeano como Pupy, Mattos alega que está sentindo falta de bater uma bola. "O futebol já está inserido na rotina e essa ausência nos deixa órfão", lamenta.

Apaixonado pelo esporte, Pupy afirma que a disputa nunca se trata apenas do jogo, por isso é diferente. "Sempre foi o momento de liberar o estresse, encontrar amigos, tomar aquela cerveja gelada, viver sensações que só quem vive o futebol sabe o que nos proporciona", observa o boleiro. Atuante há pouco mais de três décadas no amadorismo, Pupy crê que as alterações de convivência devido ao surto do novo coronavírus devem impactar menos entre os não-profissionais, quando puderem retornar à prática. "No amador, o envolvimento é muito forte, mas abrange um menor número de pessoas. No profissional são várias questões inseridas e o impacto deve ser maior", considera.

O assistente contábil Waldemar Mattos após uma partida de futebol | Foto: arquivo pessoal

Outro fanático que lamenta a ausência da bola rolando é o servidor público Igor Mendonça, 39 anos. No convívio futebolístico desde o fim dos anos 1980, Mendonça não perde nada quando o assunto é futebol. "Sou do tipo que acompanha quase tudo, de programas televisivos e radiofônicos, além dos pré e pós jogos", cita. Torcedor do Corinthians e fã de campeonatos internacionais, como o inglês e o alemão, Mendonça sente saudades até das discussões acaloradas entre amigos. "Hoje, o debate é muito mais sobre as plataformas de streaming e suas infinitas opções de filmes/séries do que futebol", ressalta.

Mendonça está pessimista em relação ao retorno das partidas no Brasil. "Acredito que o calendário esportivo está morto em 2020 e sou totalmente contra qualquer tipo de medida adotada para o retorno do futebol ou qualquer outro esporte no país", opina. "Enquanto não vencermos o principal adversário, a Covid-19, não será possível pensar, tampouco, falar sobre a volta da modalidade", finaliza.

Andressa Urach, a ex-vice Miss Bumbum, garante ser uma nova mulher após quase ter morrido devido a uma infecção proveniente da aplicação de hidrogel no corpo. Depois de um longo tempo no hospital, a ex-modelo se converteu à religião evangélica, escreveu livros sobre sua trajetória de superação e mudou completamente o estilo de vida. Algo da vida 'antiga', no entanto, faz falta nos dias atuais de Urach, e ela não esconde de ninguém. Abstinente há dois anos, a agora escritora lamenta a falta de sexo. 

Cinco anos após a conversão, Andressa garante levar uma vida totalmente diferente da anterior. Distante das drogas, das noitadas e do sexo, ela diz estar mais feliz e tranquila. A falta do sexo, porém, tem  incomodado e ela falou a respeito em entrevista ao programa TV Fama. "Sinto (falta) sim. Já faz dois anos que estou separada. Para quem tinha uma vida sexual ativa, é uma luta contra os meus desejos". Em um de seus livros, a ex-vice Miss Bumbum relatou ter trabalhado como prostituta e ter "dormido" com mais de dois mil homens. 

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Mas, apesar de sentir falta de sexo, Andressa garante que decidiu esperar por alguém que possa oferecer-lhe mais do que prazeres carnais. Convicta de sua fé, ela tem certeza de que o casamento é o melhor caminho para ter uma vida sexual ativa e saudável. "Eu acredito no amor, na família e que, no tempo certo, Deus vai separar um homem de Deus para mim, que tenha fé e temor". 

 

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos quer estimular os jovens a não transar como forma de combate à gravidez na adolescência. A coordenadora-geral de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do ministério, Cecília Pita, disse ao jornal BBC News Brasil que a pasta não vai promover uso de preservativos e outros métodos contraceptivos porque isso já é feito com políticas da Saúde e da Educação.

 A pasta comandada por Damares Alves realiza, nesta sexta-feira (6), um seminário na Câmara dos Deputados para tratar do tema, preparando-se para a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que ocorre em fevereiro.

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 Cecília Pita destacou à BBC que no currículo escolar já há previsão do ensino dos métodos contraceptivos. "Não é nada que a gente precise fazer. A gente entende que é preciso, sim, ter educação sexual, mas que é preciso informar sobre os benefícios de uma iniciação (sexual) tardia, e os prejuízos de uma iniciação precoce", disse a coordenadora-geral. Ela não soube informar quanto será gasto e as ações do ministério ainda estão sendo elaboradas.

 A inspiração vem dos Estados Unidos. A promoção de abstinência sexual cresceu após a eleição de Donald Trump. Segundo a BBC, desde 2018 o governo americano estabeleceu novas diretrizes para o repasse de recursos a organizações que atuam na prevenção à gravidez na adolescência, privilegiando as que promovem a abstinência.

Foi convidada para o seminário desta sexta Mary Anne Mosack, presidente da Ascend, instituição que realiza cursos para qualificar educadores a incentivar jovens a não transar. A organização defende que a contracepção é um método secundário de prevenção.

 Além de Mosack, falará o pastor Nelson Júnior, que coordena a organização cristã Eu Escolhi Esperar, que encoraja cristãos a esperarem o casamento para iniciarem as experiências sexuais. 

 Levantamentos no Ministério da Saúde apontam que houve um recuo de 36% de casos de gravidez na adolescência entre 2000 e 2017. Os números, entretanto, seguem altos. O último relatório da ONU sobre o tema mostra que o Brasil tem 62 jovens gestantes a cada mil jovens entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa média no mundo é de 44 a cada mil.

O jornalista e apresentador Pedro Bial em entrevista ao blog Pretexto, revelou que tomava antidepressivos e que chegou a sofrer de abstinência. Bial narra o episódio em que foi acometido pela privação dos medicamentos, ela conta que estava prestes a entrevistar Jô Soares e teve uma crise.

"Foi muito estranho aquele dia. Eu não estava em um momento legal da minha vida. Eu não sei se eu devo falar disso, é minha intimidade. Eu tomei por muitos anos antidepressivos, e outros remédios. E de uma hora para outra eu larguei tudo, mas eu não desmamei direitinho. Eu estava um pouco precário", disse.

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Bial conta que começou a tremer muito e suar. O diretor do programa, Willem, deu uma ajuda ao apresentador e deixou a câmera focando grande parte do programa em Jô Soares.

O jornalista ainda afirmou que não é uma pessoa firme emocionalmente. "Minha base emocional existe, mas eu não sou um sujeito que fica buscando muito a retidão ou a solidez. Eu gosto do insólito, eu gosto de está aberto para que as coisas me afetem."

Por Lídia Dias

Em sua primeira gestação, a apresentadora Sabrina Sato tem passado por alguns 'apertos'. Após ter sido internada, bem no início da gravidez, ela retomou a vida normal, porém, proibida de ter relações sexuais com o noivo, e pai do bebê, Duda Nagle. O casal está em completa abstinência por orientações médicas. 

Quando descobriu a gestação, Sabrina também se deparou com um hematoma subcoriônico, que é um acúmulo de sangue dentro do córion, a membrana entre a placenta e o útero. Ela passou alguns dias internada para reverter o problema e, depois disso, voltou para suas atividades normais.

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Porém, a nova mamãe tem de seguir uma restrição: "Estou com abstinência total. A médica pediu abstinência total. O Duda está sofrendo", disse Sabrina em entrevista ao youtuber Whinderson Nunes.

A 'Japa' também revelou os possíveis nomes para a filha: "Eu gosto de nomes diferentes. Não gosto de nome muito comum", disse ao revelar que um dos nomes cotados é Nirvana. Outras opções estão sendo sugeridas pela família, como Amora e Kira, pedidos de sua mãe. 

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O Carnaval foi embora há quase um mês, deixando muitos já na contagem regressiva para a festa no próximo ano. Mas, para outros tantos, uma contagem diferenciada, de 40 dias, se iniciou na Quarta-feira de Cinzas: a Quaresma. Nesta época do ano, para os católicos, é comum a realização de tipos de jejuns, um processo que precisa ser difícil, mas cumprido à risca como forma de evolução do ser humano. 

Os 40 dias que antecedem a Sexta-feira Santa - este ano marcada para 23 de março - são conhecidos entre os cristãos como período da Quaresma. Criado pela igreja católica no século IV, o tempo existe tradicionalmente para incentivar a prática da oração e do jejum de carne após o período carnavalesco. A ação, no entanto, tem sido atualizada pelos fiéis nos últimos anos: redes sociais, músicas, doces e outros costumes, mais modernos, entraram no "cardápio" de privações dos católicos, principalmente os mais jovens.

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O padre Moisés Lima, chanceler da Cúria Arquidiocesana, explicou que “a Quaresma é um retiro de toda a Igreja por quarenta dias, durante os quais ela propõe a seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, período no qual rezava e jejuava. Assim, a Igreja prepara-se para a celebração da Páscoa, propondo a penitência, a purificação e a prática mais intensa da caridade e da oração na vida cristã”.  O padre ainda acrescenta qual a intenção final de adotar algum tipo de abstinência. “O apelo de Jesus à conversão e à penitência não visa primariamente às obras exteriores, os jejuns e as mortificações, mas a conversão do coração, a penitência interior, pois sem ela as obras de penitência são estéreis e enganadoras. A intenção final é a conversão do coração”.

A ingestão de carne, por anos, foi a opção adotada como abstinência de muitos cristãos. No entanto, com o acesso cada vez maior de meios pelos quais as pessoas se tornam mais dependentes, a renúncia mudou de alvo. 

O estudante de gestão da informação Deyverson Santana, de 23 anos, optou por passar os 40 dias longe do Facebook e do Instagram. “Decidi que sairia do Facebook e do Instagram através de um testemunho de um amigo. Ele publicou que desapegaria daquela rede social na Quaresma e aquilo me tocou. Parei, refleti e segui o exemplo”, explicou à reportagem. 

Indagado sobre como estava sendo os primeiros dias longe das páginas, Santana classificou como “muito difíceis”. “Desinstalei os Apps do celular. Tenho muita vontade de usar, mas o propósito com Deus tem sido um fator crucial para eu conter a minha vontade. Espero que a Quaresma contribua para que depois eu use o Facebook, mas não seja tão fissurado nele quanto antes”, declarou.

De acordo com o padre Moisés, “abstinência significa renúncia. Abster-se de carne na Quaresma é uma foram de penitência, mas é possível fazer renúncia de outras ações que nos custam um pouquinho. Há jovens que renunciam nesse tempo o uso de redes sociais, por exemplo. Para uma pessoa habituada a estar conectada sempre, isso vai lhe custar. Contudo, é importante que a ação penitencial externa vá unida à prática da misericórdia. Por exemplo, uma pessoa que escolhe renunciar às redes sociais deve buscar estar mais conectada a Deus na oração, buscar o sacramento da confissão, dar atenção aos pais ou aos avós, visitar uma pessoa enferma ou idosa, mudar de comportamento, entre outras formas”, esclarece. 

Já a administradora Catarina Espírito Santo (foto acima) resolveu se abster de assistir seriados durante os quarenta dias que precedem a Páscoa. “Assistir séries estava me fazendo mal. Passou a ser vício e isso estava me prejudicando. Eu estava dividindo minha atenção aos estudos com o hábito intenso de ver as séries”, explicou a administradora. “Eu usava a desculpa de não estudar para assistir as séries. No caso, os seriados serviam de fuga para a minha falta de vontade em me dedicar aos estudos”, disse Catarina ao contar que em todos os anos ela realiza tanto abstinência como penitência, inclusive fazendo jejum de carne. 

O professor de educação física, Victor Diniz, resolveu, em 2016 fazer abstinência de jogos eletrônicos. O rapaz afirma que costumava dedicar de 1h a 1h30, mas resolveu se afastar dos jogos eletrônicos como Leage of Legends. “Resolvi parar porque esse tempo é um tempo muito perigoso e uma época muito propícia à conversão e passar a olhar mais pra cristo. Afinal a Quaresma é o período que Jesus passou no deserto passando por provações e, neste período nós tentamos acompanhar o sofrimento de cristo. Então a ideia é carregarmos a cruz com a finalidade de obter mudança e ver o que é necessário ou não é pra sua vida”.

Entre as tantas possibilidades de penitência, Victor afirmou que está realizando cerca de quatro abstinências. Nesta lista está incluído também o afastamento músicas. “Resolvi abrir mão de escutar músicas ditas do mundo. No caso, a busca voluntária por essas músicas, o que difere de, caso esteja na rua e tocar, não posso evitar”, detalha.

Pegando o gancho dos quarenta dias de abstinência, a equipe das editorias de Notícias, Tecnologia e Política do Portal LeiaJá também resolveu adotar a medida. Doces, consumo de refrigerantes, ingestão de carne e até mesmo mudanças de ações foram tomadas pelos nossos profissionais durante a Quaresma com a finalidade de desarraigar hábitos que eram julgados como ruins para a vida de cada um. 

O jejum

A Quaresma é um período de abstinências, no entanto, o jejum é uma ação obrigatória em dois dias no ano, pois, nestes dias, a alimentação fica restrita a apenas uma refeição ao dia. “A Igreja, assim como Cristo, insiste principalmente na necessidade da conversão do coração, na penitencia interior. A conversão interior impele à expressão dessa atitude com sinais visíveis, gestos e obras de penitência.  As práticas recomendadas são: oração, caridade e o jejum.  O jejum como tal está previsto como obrigatório em dois dias do ano, a quarta-feira de cinzas e sexta- feira da paixão. O jejum consiste em só realizar uma refeição completa nesses dois dias e as outras duas em quantidade reduzida. É obrigatório nesses dois dias para os católicos maiores de 18 anos e até 60 anos. Fora disso, cada pessoa pode escolher alguma renúncia para poder se unir mais espiritualmente a Cristo, para poder ser mais generoso ou fazer gestos concretos de caridade para com os mais necessitados”.

Com colaboração de Giselly Santos

“No início do ano passado, eu fumava três carteiras por dia. Acordava sufocado de madrugada, sem ar. No dia 25 de março de 2012, parei definitivamente de fumar, mas, até hoje, todo dia sinto vontade. Ter sido fumante é um dos poucos arrependimentos que tive na vida”. O relato do funcionário público Luiz Henrique Lira da Cunha exemplifica o desafio para aqueles que desejam vencer o tabagismo.

Neste Dia Mundial do Não Fumador, 17 de novembro, o LeiaJá mostra como os dependentes do cigarro podem largar o vício através de inúmeros métodos. Hoje com 53 anos, Luiz Henrique foi fumante durante 37 anos, mais da metade da sua vida. Tentou duas vezes, mas não conseguiu parar de fumar sozinho. A vontade de se ver livre do tabaco só se concretizou com a participação no grupo de tabagismo do Centro de Prevenção, Tratamento e Reabilitação do Alcoolismo (CPTRA), no bairro da Tamarineira.

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Coordenadora do grupo, Isabel Cristina da Silva conta que a orientação varia de caso a caso, com reuniões coletivas, atendimentos individuais e, quando necessário, psiquiátricos. Os trabalhos buscam estabelecer estratégias naturais para a prevenção de recaídas nos momentos de fissura (desejo intenso) e, segundo Isabel, a procura é muito grande. “Em cada caso, buscamos as melhores alternativas para a pessoa deixar o cigarro. Alguns, no início, usam adesivas de nicotina, goma de mascar à base de nicotina ou mesmo medicamentos”, afirma a coordenadora ao lembrar dos diferentes graus de dependência. 

Há Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) específicos para o tratamento contra o tabagismo. No Recife, além do CAPS da Tamarineira, tais serviços são oferecidos à população no CAPS Professor Luiz Cerqueira (bairro de Santo Amaro), CAPS Estação Vicente Araújo (Torreão), CAPS René Ribeiro (Afogados), CAPS Eulâmpio Cordeiro (Cordeiro) e no CAPS Professor José Lucena (Imbiribeira). 

Na opinião da coordenadora do grupo de tabagismo do CAPS Professor José Lucena, Rosângela de Souza Amaral, o fumante precisa avaliar seu convívio com a droga. “A relação do usuário com o cigarro é íntima, as vezes até mais forte do que com um companheiro. A droga sempre está ali, em todos os momentos, nas angústias, ansiedades, felicidades, na hora de dormir. Tivemos caso aqui de um usuário queimar o colchão da cama, porque dormiu com o cigarro aceso”, afirma.

Dicas para deixar de fumar

- Beber muita água gelada, vários copos ao dia, auxilia na eliminação da nicotina acumulada no organismo;

- Ter sempre algum alimento para pôr na boca, mastigar, a fim de “substituir” o cigarro. Frutas, bombons (sem açúcar, de preferência), cravo e gengibre têm tido bons resultados;

- Escovar os dentes depois das refeições. O gosto da comida na boca costuma deixar as pessoas com vontade de fumar após a refeição. É trocar o hábito: ao invés sair para fumar, ir ao banheiro e fazer a higiene bucal;

- Fazer atividades físicas, acompanhado por profissionais e após ter feito os exames necessários para avaliar situação cardíaca e pulmonar;

- Exercitar a respiração, através de métodos de relaxamento que ajudam a atravessar os períodos de abstinências;

- Economizar o dinheiro, anteriormente gasto com maços de cigarro, para presentear a si mesmo, amigos e familiares com o valor guardado.

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