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Na madrugada deste sábado (6), o corpo de uma mulher de 62 anos foi localizado concretado dentro da geladeira de uma residência, em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O marido da vítima foi preso após confessar o crime. 

Inicialmente, o homem procurou a Brigada Militar, em Imbé, alegando ter descoberto o corpo da esposa dentro da geladeira. Os policiais, então, o acompanharam até sua residência e confirmaram a presença do corpo da mulher concretado no interior do eletrodoméstico.

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Segundo o portal local Litoral na Rede, a casa estava desorganizada, com diversas imagens religiosas espalhadas. Ainda no local, o marido confessou ter cometido o crime.

A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias foram acionados para o local. Não há câmeras de monitoramento na residência e, até o momento, não foram encontradas testemunhas.

O homem, de 38 anos, foi preso em flagrante por feminicídio. As identidades dele e da vítima, contudo, não foram reveladas pela polícia. As circustâncias do crime estão sendo investigadas. 

 

 

 

Nas últimas semanas, a repercussão das cenas registradas em assaltos violentos ocorridos em cidades como Criciúma (SC), tomou conta do noticiário da TV e dos jornais online. Além da ousadia dos bandidos que, em posse de armamento pesado aterrorizavam a população, imagens mostraram o famigerado "achado não é roubado" dos moradores que recolheram valores deixados pela quadrilha durante a fuga.

De acordo com a polícia catarinense, populares podem ter recolhido cerca de R$ 1,1 milhão das ruas em Criciúma, após o roubo ao cofre da Tesouraria Regional do Banco do Brasil. Segundo o professor do curso de Direito da Universidade Guarulhos (UNG) Everson Rocco, embora os populares não tivessem envolvimento com a quadrilha, foram autuados pelo crime de receptação. O docente explica que, no caso do interior de Santa Catarina, as pessoas sabiam que as cédulas haviam sido espalhadas pelos bandidos após o ataque.

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"Os ladrões jogaram o dinheiro pela cidade, não se trata de coisa perdida, esquecida ou abandonada. É objeto oriundo de um crime [furto qualificado]. O dinheiro tinha um dono e este dono não quis se desfazer do bem. Todos ali sabiam da origem do dinheiro, quem se apropriou do dinheiro lançado pelos ladrões cometeu crime de receptação", pontua Rocco.

De acordo com o professor, embora as notas possam entrar em circulação na cidade, não é possível punir quem receber as cédulas sem saber se eram ou não originárias do crime. "O comerciante, o prestador de serviços, o terceiro de boa-fé, que receber o dinheiro recolhido das ruas, sem ter o conhecimento da origem criminosa, não cometerá crime algum", acrescenta.

O professor ainda detalha a importância de compreender as diferenças entre casos em que se encontra algo perdido por outra pessoa e aqueles em que se tomam posses de valores ou objetos que não pertençam a quem localizou o que fora perdido. "Coisas esquecidas ou perdidas, que saem da esfera de vigilância do proprietário, devem ser devolvidas ao dono e geram direito à recompensa de, no mínimo, 5% do valor do bem. Quem se apropria de coisa esquecida comete furto, com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Já a coisa abandonada é a que foi deixada propositalmente por alguém que não a quer mais, para ser apropriado por outra pessoa", esclarece Rocco.

De acordo com a polícia catarinense, os bandidos podem ter levado cerca de R$ 80 milhões no assalto do dia 1º de dezembro, em Criciúma. Segundo as autoridades, mais de R$ 1 milhão foram recuperados, com 12 suspeitos presos nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

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O professor Mateus Maia, 37 anos, encontrou no sábado, 10 de outubro, uma imagem de Nossa Senhora submersa nas águas da Baía do Guajará, em Belém. O local do achado foi a prainha do Complexo Ver-o-Rio, próximo à zona portuária. 

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Mateus, que é praticante de Stand up Paddle, rema todos os dias no local e tinha acabado de chegar quando deparou com a imagem. “Quando eu coloquei a prancha na água e pisei na água, vi algo colorido com umas cores fortes, vi uma cerâmica colorida. Eu achei que era alguma coisa do pessoal da umbanda que tem ali e eu respeito muito o trabalho deles, achei que fosse um alguidar, aí eu coloquei a mão. Quando vi era o pedestal da santa. Quando olhei para o lado esquerdo, lá estava a imagem, dentro da água, submersa, só que a água estava incrivelmente transparente e eu vi com clareza, todo arrepiado”, relata Mateus.

Por volta de 1700, segundo a narrativa da Igreja católica, o caboclo Plácido também encontrou nas águas de um igarapé a imagem que deu origem ao Círio de Nazaré, em 1793. No local do achado está localizada, hoje, a Basílica Santuário de Nazaré, no bairro de mesmo nome.

O professor Mateus, devoto de Nossa Senhora, revela que colocou a imagem, que estava quebrada, em cima do píer do local e juntou as partes.

“A maré estava começando a secar e o sol ainda não tinha nem nascido, coloquei a santa em cima do concreto, montei, ela ficou em pé e olhou pra mim. Eu disse: meu Deus! Eu não sabia o que fazer, mas eu tirei a foto para registrar o momento", revela Mateus.

Outros remadores começaram a chegar ao local e o clima de emoção tomou conta dos presentes no Ver-o-Rio. “Uma moça me perguntou se a santa estava dentro da água, eu respondi que sim. Aí começaram a gritar: É um milagre! Viva Nossa Senhora de Nazaré! Eu estava tão atônito que não sabia o que fazer.”

Mateus pretende restaurar a imagem e organizar uma homenagem pelas águas da baía no primeiro sábado de outubro. A imagem foi encontrada na véspera do Círio. “Eu pensei: vou restaurar essa imagem e ela vai ser a padroeira dos remadores. Ela tem uma relação com a gente. Ela tem uma relação com o rio. Há alguns anos já ocorre uma remaria com o pessoal dos Caruanas. A partir de agora, todos os anos vamos fazer uma remaria com essa imagem. Ela veio do rio, ela volta para o rio”, enfatiza Mateus.

O professor relata que, apesar de não se enquadrar como uma pessoa religiosa, ele acredita que existe uma conexão do ser humano com o divino. “Todos os dias eu saio para remar antes do sol nascer e não é só para remar, mas para vê-lo nascer e Nossa Senhora nesse dia veio para mim de dentro do rio, mostrar que o que eu faço todos os dias é fé. Mesmo não sendo numa igreja eu percebo a fé na natureza, no dia a dia, dentro do rio”, conclui o professor de redação que na mesma semana do achado teve vários de seus alunos premiados no Concurso de Redação do Círio, promovido pela Diretoria da Festa de Nazaré.

Por Ruy Montalvão.

 

Os cientistas o batizaram de "A Coisa": um misterioso fóssil do tamanho de uma bola de basquete encontrado na Antártica e que permaneceu em um museu chileno à espera de alguém que descobrisse do que se tratava exatamente.

Agora, uma investigação revelou que o misterioso fóssil, encontrado há nove anos por cientistas da Universidade do Chile e do Museu Nacional de História Natural, é na realidade um ovo de casca mole, o maior que se conhece até o momento, possivelmente de um tipo de serpente ou lagarto que viveu há mais de 66 milhões de anos.

Essa revelação acaba com quase uma década de especulações sobre o fóssil, e poderia mudar as teorias sobre a vida de criaturas marinhas nessa era, declarou Lucas Legendre, principal autor da pesquisa publicada nesta quarta-feira (17) na revista Nature.

Segundo a análise realizada conjuntamente por cientistas da Universidade do Texas, da Universidade do Chile e do Museu Nacional de História Natural, trataria-se do maior ovo da era dos dinossauros.

O fóssil foi descoberto em 2011, por um grupo de cientistas chilenos na Antártica. Parece uma grande bola de basquete, e mede nada menos que 29 por 20 centímetros.

"Esta é uma das poucas vezes em que um ovo foi encontrado em sedimentos marinhos e, além disso, é de casca mole. É curioso que tenha sido preservado lá. (...) Isso talvez nos dê uma pista de que tipo de ambiente poderíamos encontrar outros ovos desse tipo", explica Alexander Vargas, pesquisador da Faculdade de Ciências da Universidade do Chile, e diretor do Projeto de Registro de Fósseis e Evolução de Vertebrados.

Há anos os cientistas visitantes examinaram esse fóssil sem sucesso, até que, em 2018, um paleontólogona Universidade do Texas sugeriu que poderia ser um ovo. Essa hipótese não era a mais óbvia, por causa do seu tamanho e aparência, e não havia esqueleto para confirmá-la.

"Eles realmente não tinham uma ideia muito clara do que poderia ser, então chamaram de 'The Thing', como o filme", explicou Vargas.

A análise de partes do fóssil revelou "uma estrutura em camadas semelhante a uma membrana macia e uma casca externa muito mais fina, sugerindo que ela tinha uma casca mole", detalha Lucas Legender.

"Isso também foi confirmado por análises químicas, que mostraram que a casca dos ovo era diferente dos sedimentos que a rodeavam, e originalmente era um tecido vivo".

Mas existem outras questões ainda não resolvidas, como qual animal teria um ovo tão grande - até hoje somente um maior, mas não de casca mole, foi encontrado, produzido pela agora extinta ave elefante de Madagascar.

A equipe acredita que este ovo é proveniente de um réptil aquático, possivelmente de um grupo conhecido como mosassauros, que eram comuns na região.

O Japão de mil anos atrás pode ter sido muito mais cosmopolita do que se pensava, indicaram arqueólogos nesta quarta-feira, baseando-se em evidências da presença de um funcionário persa que trabalhou à serviço do governo nipônico na antiga capital Nara.

Já se sabia que o Irã e o Japão mantinham relações comerciais diretas pelo menos desde o século VII, mas novos testes em um pedaço de madeira - descoberto na década de 1960 - sugerem laços mais amplos, disseram os pesquisadores.

Imagens infravermelhas revelaram caracteres, até então ilegíveis na madeira (suporte muito usado no Japão para a escrita antes do papel), nomeando um funcionário público persa que morava no país.

Este homem trabalhava em uma escola de treinamento para funcionários do governo, disse Akihiro Watanabe, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa de Nara sobre Propriedades Culturais.

É possível que o funcionário persa ensinasse matemática, acrescentou Watanabe, ressaltando a excelência do Irã antigo nessa matéria.

"Embora estudos anteriores tenham sugerido que havia intercâmbios com a Pérsia que remontam ao século VII, esta é a primeira vez que constatamos que um habitante de uma região tão distante como essa trabalhou no Japão" naquela época, disse.

"E isso sugere que Nara era uma cidade cosmopolita onde os estrangeiros eram tratados com igualdade", acrescentou.

A capital do Japão foi Nara entre os anos 710 e 784, antes de ser trasladada para Kyoto e, mais tarde, para Tóquio.

O manuscrito mais antigo do Reino Unido, escrito em latim em meados do século I, foi encontrado em Londres, em meio a uma coleção valiosa de textos sobre o comércio da cidade, revelaram arqueólogos nesta quarta-feira.

O texto foi registrado em uma tábua de madeira e faz referência a uma dívida contraída em 8 de janeiro do ano 57, menos de 14 anos depois da invasão romana de 43. O documento afirma que um escravo liberto reconhece uma dívida de 105 dinares por uma mercadoria, a metade do que um soldado romano ganhava em um ano.

As tábuas foram encontradas em uma escavação na City de Londres, o distrito financeiro da cidade, durante a construção da sede da agência de notícias financeiras Bloomberg. No total, foram encontradas 405 tábuas de madeira escritas, em sua maioria contendo anotações de caráter comercial, como contas, recibos de empréstimos e documentos legais.

"Eram como os e-mails do mundo romano", disse Sophie Jackson, diretora do Museu de Arqueologia de Londres, que realizou a escavação.

Os romanos enceravam as tábuas e entalhavam o texto na cera. Em alguns casos, a pressão ao gravar era forte o suficiente para deixar marcas na madeira, e estes vestígios permitiram que o conteúdo fosse identificado pelos arqueólogos.

Duas mulheres e um homem foram encontrados com vida entre os escombros de um prédio que desabou há seis dias em Nairóbi, e já são quatro os sobreviventes resgatados nesta quinta-feira, informou a polícia.

No início do dia, uma mulher foi resgatada do desabamento que matou ao menos 33 pessoas. As equipes de resgate encontraram a vítima nesta quinta-feira de manhã e administraram oxigênio antes de retirá-la dos escombros do prédio de seis andares, localizado em um bairro pobre do leste da capital queniana.

Na terça-feira, um bebê de sete meses foi encontrado ileso depois de passar quase 80 horas em "uma bacia, enrolado em um cobertor", de acordo com a Cruz Vermelha do Quênia. Mas sua mãe faleceu no desastre. O número de vítimas da catástrofe atingiu 33, com mais quatro corpos descobertos na quarta-feira. O número ainda pode aumentar, uma vez que cerca de 80 pessoas seguem desaparecidas.

O edifício de seis andares desabou sobre si mesmo no bairro popular de Huruma, no nordeste da capital queniana, devido às chuvas torrenciais e a má qualidade da construção. O prédio, construído há dois anos, foi erguido perto de um rio e era alvo de uma ordem de demolição. Mas esta decisão não foi respeitada nem imposta pelas autoridades.

Dois irmãos, proprietários do edifício foram presos e libertados sob fiança, enquanto os investigadores tentam recolher provas para uma possível acusação. Vários edifícios desabaram nos últimos anos em Nairóbi e em outras cidades no Quênia, em plena onda de euforia imobiliária e construções em todas as direções.

A qualidade dos materiais ou o excesso de velocidade da construção são regularmente as causas dos acidentes, bem como a falta de fiscalização.

Pesquisadores das Universidades Federal (UFPE) e Rural (UFRPE) de Pernambuco fizeram uma descoberta de um fóssil de pterossauro até hoje nunca visto no mundo. Nesta quinta-feira (2), em coletiva realizada na reitoria da instituição, os pesquisadores envolvidos mostraram o material encontrado no Sítio São Gonçalo, em Santana do Cariri, no Ceará. O terreno é característico por lá já terem sido coletadas diversas espécies de animais pré-históricos.

Cientificamente denominado de Maaradactylus kellneri, a espécie viveu há cerca de 111 milhões de anos, sendo um representante da Era Mesozoica. O fato é marcante pois esta é a primeira vez que uma espécie de pterossauro é descrita por um grupo de especialistas localizado no Nordeste do Brasil. O fóssil ficará guardado no Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, onde foi localizado.

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“Todo fóssil é único e precisamos ter todo o cuidado para não perder ou até quebrar estes materiais. O material foi coletado em 2010 e de lá para cá foram várias pesquisas e estudos sobre a espécie. E ontem (quarta-feira) o estudo foi publicado na revista científica Zootaxa, da Nova Zelândia”, explicou a professora Juliana Sayão, que analisou o fóssil em dissertação de Mestrado na UFPE.

Foram encontrados cinco fragmentos do crânio e da mandíbula do dinossauro. Segundo Renan Bantim, então estudante de Ciências Biológicas durante a pesquisa, o estudo sobre o animal revelou detalhes curiosos. “Visualizamos que se tratava de um animal jovem que não tinha completado a maturidade óssea. Tinha cerca de seis metros da ponta de uma asa para outra e a crista no crânio nos faz acreditar que se tratava de uma espécie piscívora (que se alimenta de peixes), pois ele utilizava para mergulhar na Bacia do Araripe”, afirmou Bantim. 

A Bacia, que corresponde a uma área de cerca de 10 mil km², é um dos cinco mais importantes depósitos de pterossauros no mundo. Outras 23 espécies já foram encontradas na área, desde a década de 1970. 

Paleontólogos descrevem na edição de quarta-feira da revista Proceedings B, da Royal Society britânica, o fóssil de um estranho dinossauro com chifres descoberto no sudoeste dos Estados Unidos.

Batizado de Nasutoceratops titusi, esta criatura viveu no Cretáceo Superior, há cerca de 76 milhões de anos, no que era então o continente de Laramidia.

Ele pertence à família dos ceratópsios, grupo de dinossauros herbívoros, cujo membro mais conhecido é o Triceratops de três chifres.

Seu crânio, descoberto quase intacto, é formado por um focinho muito grande, extremamente longo, e dois chifres virados para a frente sobre os olhos.

Nasutoceratops titusi mediam cerca de quatro metros de comprimento, incluindo chifres e cauda.

Todos os ceratópsios são caracterizados por um focinho proeminente, mas o Nasutoceratops é um campeão neste quesito, sem que saibamos exatamente o porquê.

"O nariz avantajado do Nasutoceratops não tinha, provavelmente, nada a ver com um olfato aguçado, já que os receptores olfativos estavam localizados mais atrás da cabeça, perto do cérebro, e a função desta característica estranha permanece desconhecida", explicou o principal autor do estudo, Scott Sampson, da Universidade de Utah, dos Estados Unidos.

Seu colega Mark Loewen explicou, por sua vez, que seus "incríveis chifres" "eram provavelmente usados como sinais visuais de dominação, e quando isso não era suficiente, como armas para lutar contra seus rivais".

No Cretáceo Superior, o continente norte-americano não tinha sua configuração atual. Um grande braço de mar cobria a parte central da América do Norte, formando dois continente: a oeste o chamado Laramidia e a leste o Appalachia.

Laramidia foi um terreno fértil para os dinossauros: tiranossauros, hadrossauros, dromaeosaurids, troodontídeos e ceratópsios. Muitos espécimes fósseis foram encontrados nos estados de Alberta, Montana e Alasca.

"Nós ainda estamos tentando entender como diferentes tipos de animais gigantes conseguiram coexistir em um pequeno continente", ressaltou Mark Loewen.

Nasutoceratops titusi foi descoberto em 2006 no parque natural de Grand Staircase-Escalante, no sul de Utah.

Um conto do japonês Yasunari Kawabata, ganhador do Nobel de Literatura, que data de abril-maio de 1927, foi descoberta recentemente. O anúncio foi feito por um grupo de pesquisadores nesta segunda-feira (18).

Trabalho do início de sua carreira, o texto Utsukushii! (Magnífico!) foi publicado num jornal de Fukuoka, oeste do Japão, afirmou à AFP o autor da descoberta Takumi Ishikawa, da Universidade de Rikkyo. Ishikawa e o editor Hiroshi Sakaguchi, que dirige um museu literário em Fukuoka, descobriram o conto do autor do festejado País de neve folheando os arquivos do jornal. A Fundação Kawabata avaliou e confirmou a autenticidade do texto.

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"Nessa época muitos autores conhecidos publicavam seus textos em jornais locais, já que os grandes veículos da imprensa nacional tinham sido devastados pelo terremoto de 1923 em Tóquio", explicou Ishikawa. Utsukushii! conta a história de um industrial que enterra uma garota no túmulo de seu filho deficiente depois que a menina sofre um acidente ao subir na lápide.

Na sepultura, o pai gravou: "um belo rapaz e uma bela moça dormem juntos". A solidão e a empatia estão no cerne deste texto escrita por Kawabata aos 27 anos. Na época, ele já tinha perdido os pais e o avô, única pessoa que cuidou dele durante sua juventude.

"Esta narrativa se parece muito com outro romance publicada por ele em 1954, Utsukushiki Haka (Um belo túmulo)", explica o pesquisador. Primeiro autor japonês laureado pelo Nobel de Literatura em 1968, Kawabata se matou em 1972, aos 72 anos.

Um quadro de Renoir comprado em um mercado de pulgas por sete dólares e que seria leiloado acabou sendo retirado da venda: a pequena tela do mestre impressionista francês tinha sido roubada do Museu de Arte de Baltimore há 60 anos, informou a instituição.

A casa de leilões The Potomack Company de Alexandria, Virgínia (leste), anunciou na quinta-feira que "Bords de Seine", um pequeno óleo de Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), foi retirado da venda "depois de que o Museu de Artes de Baltimore (Maryland, leste dos EUA) questionasse na quarta-feira a propriedade da pintura".

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O quadro (de 14 cm por 23 cm), estimado entre 75.000 e 100.000 dólares, foi comprado no começo deste ano em um mercado de pulgas no Vale de Shenandoah, a oeste de Washington, entre um monte de quinquilharias, como uma vaca de plástico e uma boneca.

A história desta pintura, que um colecionador americano, Herbert L. May, comprou em 1926 em Paris, foi amplamente coberta pela imprensa nacional e internacional.

Ao investigar o caso, um jornalista do Washington Post, Ian Shapira, quis saber o que tinha acontecido com a tela, do qual não se tinha notícias desde 1926, informou a casa de leilões em um comunicado. O repórter descobriu que era parte das obras emprestadas pela esposa do colecionador, Saidie May, ao museu de Baltimore desde 1937.

A direção do museu, advertida do caso, buscou em seus arquivos e descobriu que o quadro foi roubado em 1951, embora não tenha encontrado rastros da denúncia policial. O museu notificou a casa de leilões, que alertou a polícia federal americana (FBI). Uma investigação está em curso. A casa de leilões informou estar "satisfeita de que isto tenha vindo à tona a tempo".

"Nós não vendemos obras sem saber claramente quem é o dono", disse Elizabeth Wainstein, proprietária da casa de leilões, que lembra ter investigado os registros de obras de arte roubadas ao receber o quadro.

As pinturas de Pierre-Auguste Renoir estão entre as mais caras do mundo.

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