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A bancária Lais Jorge, 32 anos, de Osasco (SP), estava no banco do passageiro de um veículo, na Rodovia Presidente Castelo Branco (SP), a mais ou menos 70km por hora, quando foi surpreendida por um motorista que dirigia embriagado. A colisão foi inevitável. "Bati a cabeça no vidro, mas como eu estava de cinto [de segurança] não aconteceu nada. Os airbags não chegaram a acionar. A traseira do carro ficou destruída. A única dor de cabeça foi encontrar o responsável que fugiu", relata.

O ator e professor de teatro Eduardo Bastos, do Rio de Janeiro, lembra que, em agosto de 1990, na Ilha do Governador (RJ), foi atropelado, após se distrair ao atravessar uma avenida de mão dupla. O impacto fez com que o jovem fosse arremessado para longe. "De maneira incrível, eu não quebrei nada. O fato ocorreu um ano após a morte do meu pai. Minha mãe estava no trabalho e ficou desesperada", comenta Bastos.

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Lais e Eduardo, felizmente, não entraram para estatísticas alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em pesquisa realizada em 2019, o Brasil é o quarto colocado entre os países com mais mortes por acidente no mundo, e é superado apenas por China, Índia e Nigéria. Dados divulgados em 2020 pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) indicam que o Brasil registrou queda de 7% nas mortes por acidentes de trânsito entre 2015 e 2019.

O Observatório de Segurança Viária (ONSV) aponta que 90% dos acidentes são decorrentes de falha humana, que podem variar de desatenção do condutor ou desrespeito da legislação. Já a OMS indica como principais causas o excesso de velocidade, o não uso de capacete e cintos de segurança, além da locomoção em estado de embriaguez e da longa jornada de trabalho de motoristas profissionais.

Além desses fatores, o motorista precisa estar atento a manutenção do carro, que representa 10% das causas de acidentes. "Realize sempre a manutenção preventiva e corretiva no veículo, evitando que uma falha mecânica comprometa a tranquilidade da viagem. Evite também trechos sabidamente perigosos, cuja sinalização horizontal e vertical seja deficiente", orienta a advogada especializada em Direito de Trânsito Rochane Ponzi.

Outra maneira de diminuir a curva de acidentes seria por auxílio do governo, que poderia criar maneiras de compensar a falha do condutor. "A contribuição seria a construção de defensas metálicas, que evitam que um motorista caia em um barranco porque ingressou em excesso de velocidade numa curva mais fechada. O acidente ocorrerá, porém o resultado morte não", afirma Rochane. A advogada também acredita que implementar o uso obrigatório de dispositivos de segurança, que são utilizados em veículos montados nos países europeus, pode contribuir com a segurança do trânsito.

Por conta da crise do novo coronavírus (Covid-19) e as medidas de isolamento social estabelecidas em abril de 2020, o número de acidentes fatais em trânsito caíram 28%, quando comparado aos meses que antecederam a pandemia. O levantamento foi feito pela Central de Operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Mas a baixa não ocorreu por conta da conscientização. "A queda nos números de acidentes e mortes não se sustentou, pois tão logo as medidas de isolamento foram afrouxadas, os números voltaram a crescer", finaliza Rochane.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou a divulgar os resultados da tradicional Operação Natal. Com o objetivo de evitar acidentes, combater excessos e irregularidades no trânsito, o protocolo especial de fiscalização ocorre sempre durante feriados longos e recessos. A ação da PRF visa ainda diminuir o volume de acidentes e conscientizar os motoristas que lotam as BRs no fim do ano.

A operação durou cinco dias e foi realizada em todos os estados. No geral, foram registrados 759 acidentes, 50 mortes e 962 pessoas feridas em ocorrências nas estradas federais. Apesar da queda de 28% no número de óbitos, alguns estados tiveram mais registros que no ano anterior.

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Conforme os resultados divulgados até o momento, a Bahia registrou leve queda no número de acidentes com feridos durante a semana do Natal. A PRF atendeu 60 ocorrências nas rodovias federais que cortam a Bahia. Destas, 47 registraram pessoas feridas. Os acidentes graves se mantiveram em relação ao ano passado: foram 21 ocorrências, com casos de morte em 6 dos acidentes graves.

Segundo a PRF, a operação abordou mais de 10 mil veículosno estado. Quase 6 mil testes do bafômetro foram aplicados, e 103 condutores recusaram-se a fazer o teste. O número de motoristas flagrados dirigindo alcoolizados foi de 15 pessoas, sendo que 6 foram presos por embriaguez.

O Distrito Federal teve uma sensível queda no número de feridos em acidentes nas rodovias federais durante o Natal. Foram 26% de acidentes a menos do que em 2018. A operação registrou 29 acidentes, quatro mortos e 37 pessoas feridas. Apesar de o número de acidentes quase não ter variado de um ano para o outro (foram 38 em 2018), houve 13 pessoas feridas a menos que no ano anterior.

Nas abordagens, 1.325 veículos foram fiscalizados. Destes, 985 sofreram algum tipo de penalidade: foram 985 infrações, 21 pessoas detidas e quartro presos por embriaguez. A PRF registrou, ainda, 29 veículos onde crianças estavam sem a cadeirinha - equipamento obrigatório para circulação.

Espírito Santo e Paraíba

As rodovias federais que cortam o Espírito Santo tiveram um número de acidentes quase 16% maior que o do ano passado – 59 ocorrências foram registradas. O número de feridos foi idêntico ao de 2018: 84 pessoas se machucaram durante ocorrências de trânsito. Foram registradas nas estradas federais cinco mortes, uma a mais que em 2018.

A PRF informou que, nas abordagens, 1.072 pessoas receberam explicações educativas e foram orientadas sobre boas práticas no trânsito.

A população paraibana mostrou conduta exemplar durante o feriado: o número de acidentes e ocorrências é o menor dos últimos cinco anos: foram 12 acidentes e 12 pessoas feridas, sem nenhum registro de óbito. Isso representa uma queda de 45% no número de acidentes e de 25% no número de feridos.

A fiscalização abordou quase 3 mil veículos, e 699 testes do bafômetro foram aplicados. Motoristas embriagados foram registrados em 33 destes testes. A polícia aplicou multas em 1.042 infrações.

 

Mesmo apresentando uma redução nas estatísticas de mortes no trânsito durante os últimos dez anos, o Brasil segue longe da meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, ano do lançamento da Década de Ação pela Segurança no Trânsito. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, mostram que o número que chegou a 43.256 mortos em acidentes no fim daquele ano, caiu para 34.236 sete anos depois.

Já de acordo com um relatório divulgado em maio de 2019 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que considera o período entre os anos de 2009 e 2018, 60% dos envolvidos em acidentes graves tinham entre 15 e 39 anos de idade. A frase “bebida e direção não combinam” fica mais clara quando a pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) apresenta que 6,7% da população admite dirigir depois de ter consumido bebidas alcoólicas. Para a coordenadora do curso de Enfermagem da UNG, Dra. Sarah Marília Bucchi, é preciso ter consciência de que o álcool é uma substância psicoativa, ou seja, atinge de forma direta as funções neurológicas do indivíduo. “Aquela pessoa alcoolizada dirigindo um carro está com uma arma que a qualquer momento pode atentar contra a própria vida e a vida dos outros”, afirma Sarah que também mostra preocupação com o número de jovens que começam a ingerir álcool cada vez mais cedo. “O adolescente ainda está com seu sistema neurológico imaturo e por isso as respostas ao álcool são muito mais intensas e mais agressivas”, comenta. Segundo a doutora em Ciências da Saúde, é importante estar alerta até mesmo quando o álcool estiver presente em receitas como bombons de licor e bolos molhados com bebidas como rum ou whisky. “Diferente das comidas que flambadas a bebida in natura que existe dentro dos recheios é suficiente para alterar o sistema neurológico e isso pode sim levar uma pessoa, dependendo da quantidade que ela ingerir, a embriaguez”, explica.

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Além das consequências físicas, os aspectos psicológicos são prejudiciais às vítimas e até mesmo para aos que assumem a responsabilidade de dirigir sob o efeito do álcool. Segundo o psicólogo e professor Luiz Fernando Bacchereti, coordenador do curso de Psicologia da UNG, o acompanhamento psicológico é fundamental para todos os envolvidos em um caso como o de Foz do Iguaçu. “Para o motorista, a consequência está no aspecto legal e no aspecto humano porque quando ele recobra a própria consciência percebe que o acidente pode gerar uma circunstância pós-traumática e em relação ao viúvo que perdeu sua esposa, ele vivencia um trauma muito sério, vai ter que elaborar de alguma forma esse luto e o acompanhamento vai no sentido de compreender essa situação”, destaca Bacchereti. Sobre os números que relacionam os jovens como maiores vítimas dos graves acidentes nas ruas e estradas do país, o professor avalia como essencial o controle do acesso dos jovens às bebidas alcoólicas, o que quase inexiste no Brasil. “Nós não fazemos um controle adequado e os jovens acabam se utilizando do álcool como uma forma de minimizar mecanismos de controle para fazer aquilo que desejam, mas na grande maioria das vezes os resultados são negativos não só para o jovem como para a sociedade”, conclui.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, desde 2013 houve um aumento de 15,8% no número de internações em hospitais do SUS no Estado de São Paulo decorrentes de vítimas de acidentes de trânsito. Deste aumento, 80% estão ligados a pessoas que sofreram acidente com motos. Este balanço foi realizado para a campanha "Maio Amarelo", movimento que busca conscientizar a população sobre responsabilidade e segurança no trânsito.

Os principais motivos dos acidentes de trânsito estão relacionados ao desrespeito às leis, como excesso de velocidade, ingestão de álcool, direção perigosa e uso de celular.

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Em 2018, ocorreram 26.229 internações de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito. Do total, 22.581 (86%) eram motociclistas, enquanto o restante estava envolvida em acidentes com carros. Em 2013, ocorreram 22.644 internações, das quais 18.608 (85%) relacionadas a motocicletas e 4.036 a veículos.

Considerando os acidentes com ambos os tipos de veículos, as vítimas são predominantemente na faixa etária de 20 a 59 anos, em ambos os sexos. Os homens são as vítimas mais frequentes. Nos últimos seis anos, cerca de 80% dos acidentados eram do sexo masculino, com uma média de 20 mil internações por ano, dos quais aproximadamente 17 mil casos relacionados a motos.

Os jovens nas Américas morrem principalmente devido a causas evitáveis: homicídios, acidentes de trânsito e suicídios, alertou, nesta terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ao publicar seu relatório mais recente sobre o assunto.

Mais da metade das 150.000 mortes anuais de jovens nas Américas são evitáveis, destaca a OPAS, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao atribuir 24% das mortes a homicídios, 20% a acidentes de tráfego e 7% a lesões auto-infligidas.

O estudo, que abrange 48 países e territórios, indicou que a mortalidade juvenil diminuiu ligeiramente entre 2000 e 2015 nas Américas, onde 237 milhões de pessoas com entre 10 e 24 anos representam um quarto da população total.

"Apesar do progresso realizado em toda a região para garantir maior acesso aos serviços de saúde, muitas da intervenções para prevenir a morte de jovens estão fora do setor da saúde", disse Carissa Etienne, diretora da OPAS, citada em um comunicado.

Entre 2004 e 2014, 72 milhões de pessoas saíram da pobreza nas Américas e programas de saúde para adolescentes foram estabelecidos na maioria dos países.

Mas entre 25 e 30 milhões de pessoas estão em risco de cair na pobreza, muitos dos quais são jovens, incluindo entre os grupos mais vulneráveis de indígenas, afrodescendentes, LGBTs e migrantes.

Sonja Caffe, assessora da OPAS, disse à AFP que a maioria das mortes de jovens na região acontecem entre os 15 e 24 anos e afeta mais homens do que mulheres.

Nove em cada dez jovens assassinados são homens; enquanto quatro dos cinco homens morrem em acidentes de trânsito. Três em cada quatro jovens que cometem suicídio são homens, embora as mulheres tentem mais do que os homens.

"É importante reconhecer que as maiores taxas de mortalidade entre os homens jovens são, em parte devido à pressão que enfrentam para cumprir as normas de gênero, o que pode contribuir para comportamentos prejudiciais como agressão e tomada de riscos", aponta Caffe, citada em comunicado.

Os países mais afetados 

A OPAS informou que os países com maior aumento nas taxas de homicídio masculino foram Belize, Honduras, México, Peru e República Dominicana. E destacou "o aumento considerável" nas taxas de homicídio entre mulheres em vários países, como Bahamas, Belize, Cuba, México, Paraguai e Peru.

Os maiores aumentos nas taxas de mortalidade devido a acidentes rodoviários foram registrados na Argentina, Aruba, Dominica, Guatemala, Honduras, Nicarágua, República Dominicana e Uruguai.

"O suicídio também foi preocupante, em ambos os sexos, com maiores aumentos na Argentina, Cuba, Honduras, Peru, Porto Rico e República Dominicana", segundo o relatório.

As armas de fogo são responsáveis por entre 60% a 70% dos homicídios nas Américas. O relatório ressalta, ainda, que as mortes de adolescentes e jovens "não ocorrem ao acaso", mas são determinadas pelo contexto, por exemplo, em termos de educação e status socioeconômico.

Os pesquisadores constataram que a taxa de mortalidade entre jovens de 15 a 24 anos devido a acidentes de transporte terrestre em Belize permaneceu estável entre 2010 e 2015 nos distritos cujo índice de riqueza foi mais alto, enquanto aumentou "significativamente" entre os mais pobres.

E no Chile, entre 2008 e 2014, as regiões com maior renda mostraram uma tendência de queda nas taxas de suicídio, enquanto o oposto ocorreu nas regiões mais pobres.

O estudo também aponta que comportamentos suicidas (ideias de suicídio, planejamento e tentativa real de suicídio) são "indicadores importantes" do estado de saúde mental da população jovem.

Nesse sentido, a porcentagem de estudantes com entre 13 e 15 anos que consideraram seriamente o suicídio variou entre 14,8% na América Central e 20,7% no Caribe de língua inglesa, enquanto a porcentagem de estudantes que tentaram se matar variou entre 13,2% na América Central e 18,0% no Caribe.

Relações parentais "fortes" aparecem como um "fator de proteção" contra o comportamento suicida em ambos os sexos, segundo o relatório.

O número de mortes decorrente de acidentes de trânsito caiu mais de 11% no Brasil. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde mostram que 38.651 pessoas morreram no trânsito em 2015, contra 43.780 óbitos registrados no ano anterior. “Mais de cinco mil vidas foram poupadas em todo o país”, informou o ministério, em nota.

Entre as causas de mortes com redução significativa, estão os acidentes com automóvel e os atropelamentos, com um decréscimo de 23,9% e 21,5%, respectivamente. Entre os motociclistas também houve redução da mortalidade em 4,8%.

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Segundo o balanço, divulgado nessa segunda-feira (19), o endurecimento da lei seca contribuiu para a queda no número de mortes de trânsito. “A redução pode estar relacionada à efetividade das ações de fiscalização após a lei seca, que neste ano completa 9 anos de vigência. Além de mudar os hábitos dos brasileiros, a lei trouxe um maior rigor na punição e no bolso de quem a desobedece”.

O condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica e for flagrado em fiscalização de trânsito está sujeito a multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado.

Apesar da queda de mortes por acidentes e da rigidez da lei, houve aumento de 32% de brasileiros que combinam álcool e direção. Com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o Ministério da Saúde revela que, em 2016, 7,3% da população adulta das capitais brasileiras declararam que bebem e dirigem. No ano anterior, o índice foi de apenas 5,5%.

A desaceleração da economia também pode ter favorecido a redução de mortes no trânsito. De 2014 para 2015, o aumento da frota de veículos automotivos no país foi de 4,6%, bem abaixo do registrado de 2010 a 2015, quando a frota total de veículos triplicou.

Para o ministério, a municipalização do trânsito, que é a integração do município ao Sistema Nacional de Trânsito, também teve papel fundamental nessa redução. Com a responsabilidade passando a ser local, as cidades podem criar órgãos executivos. Nos municípios que adotaram a estratégia houve maior redução do número de óbitos por acidentes, com queda de 12,8%. Nos demais, a queda foi menor, 8,9%.

Em números absolutos, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia apresentaram a maior redução de mortes no trânsito. Em contrapartida, Paraíba, Sergipe e Roraima tiveram aumento no número de óbitos. Entre as capitais, Goiânia (GO), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) se destacaram na queda de vítimas por acidentes de trânsito.

Internações

Em números absolutos, as internações em decorrência de acidentes também apresentaram queda em todo o país. Em 2015, foram 1.018 internações a menos em comparação com o ano de 2014. A maior redução foi entre os pedestres; os ocupantes de automóveis também apresentaram redução nas internações.

Para o Ministério da Saúde, apesar disso, ainda é importante ter atenção com motociclistas e ciclistas no trânsito. Isso porque, entre as vítimas houve aumento nas internações, de 4.061 e 1.669, respectivamente.

“Esses acidentes respondem por boa parte das internações hospitalares e pela maioria dos atendimentos de urgência e emergência, que geram altos custos sociais, como cuidados em saúde, perdas materiais e despesas previdenciárias, além de grande sofrimento para as vítimas e seus familiares”, ressalta a nota.

Em 2015, ocorreram 158.728 internações por acidentes de transporte terrestre com custo de R$ 242 milhões para o Sistema Único de Saúde, sendo que mais de 50% das internações e seus cursos envolveram motociclistas.

Uma campanha publicitária do governo federal, divulgada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, procurou prevenir e diminuir a quantidade de acidentes de trânsito durante os festejos de fim de ano e neste período de férias. Denominada “Gente boa também mata”, a ação faz um alerta para a população acerca de condutas perigosas que podem causar acidentes, tais como embriaguez ao volante, excesso de velocidade, ultrapassagens irregulares, não utilização de objetos de segurança e uso de aparelho celular. Nas redes sociais, a iniciativa gerou discussões entre os internautas.  

Em um dos vídeos alusivos à campanha, o conteúdo mostra que “pessoas boas”, ao usarem o celular durante o volante, também podem causar acidentes e consequentemente mortes. Um usuário do Facebook não aprovou a abordagem. “Não acho o slogan adequado. Gente boa não mata do jeito que a propaganda pretende. Gente boa também é vítima da morte por uma série de circunstâncias da vida, principalmente irresponsabilidade”, escreveu. Confira o vídeo a seguir:

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Outro usuário, em resposta ao internauta que criticou o slogan, escreveu: “Gente boa mata muito mais do que vocês imaginam. É justamente isso que o vídeo quer mostrar”, opinou. Criticando a ação publicitária, mais um internauta usou o Facebook: “Em época de crise, o dinheiro de publicidade deveria ser usado para outros fins. Além disso, o mote ‘gente boa também mata’ foi uma ideia bem infeliz. ESTRADAS ESBURACADAS MATAM MAIS, e os responsáveis por obras superfaturadas e mal feitas são assassinos”, postou. 

De acordo com outro internauta que acompanhou a publicidade, a campanha é clara em sua tentativa de evitar acidentes. “A intenção da propaganda é de salvar vidas. Pode ser a sua vida”, escreveu. 

A campanha do governo federal também procurou destacar a operação Rodovia, que conta com o trabalho de equipes da Polícia Rodoviária Federal. O principal objetivo é evitar acidentes de trânsito. 

Uma das etapas da operação é realizada até o dia 31 de janeiro, enquanto que a segunda fase ocorrerá de 17 de fevereiro a 5 de março deste ano (período carnavalesco). De acordo com o Ministério dos Transportes, 100 trechos de rodovias federais em 17 estados serão vistoriados durante a operação. 

Os acidentes de trânsito provocaram 1,25 milhão de mortes em todo o mundo em 2013, e a África foi o lugar mais perigoso para a circulação, segundo um informe da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta segunda-feira (19).

O número permanece relativamente estável desde 2007, apesar do aumento da população e do número de veículos, indicou o órgão, que afirmou que a África é o continente no qual os acidentes rodoviários deixam mais vítimas. Nessa região do mundo, a taxa de mortalidade é de 26,6 pessoas para cada 100 mil habitantes, muito acima dos 9,3 da Europa, no outro extremo do espectro.

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A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, considerou nesta segunda-feira que este balanço é demasiadamente alto. "Os acidentes de trânsito causam estragos inaceitáveis, sobretudo entre as populações pobres dos países pobres", afirmou. Metade das vítimas foram pedestres (22%), ciclistas (4%) e motoristas (23%).

A situação melhorou nos países que adotaram leis para reduzir os cinco fatores considerados de risco: a alta velocidade, a condução sob efeitos do álcool, o descaso, a falta do uso de cinto de segurança e de assentos para criança. Segundo o informe, a situação melhorou em 17 países (que representam 409 milhões de pessoas) que reforçaram as leis acerca do tema.

A OMS considera que a velocidade máxima nas grandes cidades deveria ser igual ou inferior a 50km/h, uma recomendação que apenas 47 países do mundo respeitam (com um total de 950 milhões de pessoas).

No que diz respeito ao consumo de álcool, o informe indica que os jovens embriagados correm um risco maior de sofrer um acidente que os condutores mais velhos que tenham feito o mesmo consumo. Por isso, a OMS recomenda que se fixe uma taxa de álcool máxima igual ou inferior a 0,02 gramas para os condutores jovens e recém-habilitados, uma medida que já existe em 21 países europeus.

A OMS também recomenda o uso obrigatório capacetes a bordo dos veículos de duas rodas para todos os condutores e para as crianças, medida que apenas 44 países respeitam, com um total de 1,2 bilhão de pessoas. Quanto ao uso do cinto de segurança, 105 países, com 4,8 bilhões de pessoas, têm normas que obrigam o uso tanto nos bancos da frente quanto nos de trás.

O informe afirma que os veículos vendidos em cerca de 80% dos países do mundo não respeitam as regras básicas de segurança.

A segurança no trânsito é um dos objetivos do desenvolvimento sustentável para 2030, e a ONU espera reduzir em 50% o número de vítimas de acidentes de trânsito até 2020.

A partir desta terça-feira (17), vítimas de acidentes de trânsito poderão conciliar processos no XIV Mutirão do Seguro Obrigatório contra Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) do Recife. A mobilização visa promover acordos em ações de pedidos de indenização, agilizando a tramitação processual. 

O mutirão é organizado pelo Comitê Estadual de Conciliação, pela Coordenadoria Geral do Sistema de Resolução Consensual e Arbitral de Conflitos e Coordenadoria dos Juizados Especiais. Nesta edição, estão selecionados 4.400 processos, que serão julgados até 27 de março no hall monumental do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, àrea central do Recife. 

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A expectativa é realizar 460 audiências por dia, entre as 8h e as 17h30. Segundo a coordenadora do mutirão, juíza Luzicleide Vasconcelos, processos que poderiam durar até quatro anos são resolvidos em uma média de 120 dias quando participam do evento.

Ela afirma ainda que espera superar em 80% o índice de conciliações nesta edição. “Muitos deles são processos distribuídos diretamente à Seção Especializada de Mutirões de Conciliação, que é uma unidade pré-processual. Isso diminui a taxa de congestionamento nas varas e nos juizados cíveis. Havendo a conciliação, o processo já segue para a homologação de um juiz. Com isso, agilizamos em alguns dias ações que durariam anos”. 

No Brasil, todos os pedestres, motoristas e passageiros têm direito à indenização do seguro DPVAT nos casos de morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médico-hospitalares. O próprio acidentado ou herdeiro pode dar entrada na indenização e reembolso, não sendo necessário o auxílio de intermediários.

Com informações da assessoria

Os acidentes de trânsito e as quedas de árvores, telhados e andaimes, somam cerca de 60% dos atendimentos de traumatismo raquimedular no Hospital Pelópidas Silveira (HPS),no bairro do Curado. Segundo a unidade, a maioria dos pacientes que sofrem com as lesões da medula espinhal são jovens do sexo masculinho com idade entre 16 e 39 anos. 

Durante o mês de julho, período das férias, há um risco de aumento nos casos, principalmente quando há a associação com o consumo de álcool. “Nós observamos o aumento do número de casos nesse período e, infelizmente, a maioria dos acidentes ocorre devido à mistura entre o álcool e atividades perigosas, como subir em uma árvore, um muro, ou o conserto de um telhado. Outro fator preocupante é que mesmo com toda a fiscalização e campanhas educativas, as pessoas ainda cometem a imprudência de dirigir após consumir bebida alcoólica", explicou o coordenador de Neurocirurgia do HPS, Jefferson Sousa;. 

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“Os lesados medulares são pacientes que demoram muito tempo no hospital, principalmente aquele com sequela, e, além dos custos hospitalares, são pessoas que vão representar um custo permanente ao Estado, pois, serão agregados ao INSS, vão necessitar de serviços de reabilitação e, ocasionalmente, serão reinternados”, destaca Jefferson.

 

O governo federal irá lançar, neste sábado (25), mais uma campanha referente ao Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada). Desta vez, o objetivo é prevenir os condutores sobre os cuidados necessários para evitar acidentes de trânsito nas rodovias durante o feriado de Corpus Christi, na próxima semana.

A ação contará com propagandas nas emissoras de rádio e televisão, assim como nos portais da internet e redes sociais.  Também serão fixadas placas nas rodovias dos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.

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De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), por ano, 20 mil pessoas morrem devido a acidentes de trânsito. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PFR), campanhas de conscientização contribuem para diminuir esses números. Na operação de Carnaval, por exemplo, foi registrada uma queda de 18% no número de mortes, de 19% no total de feridos e de 10% no número de ocorrências, quando comparado com o mesmo período de 2012.

SERGIPE - Durante os quatro dias de feriado da Semana Santa, de 28 a 31 de maio, 11 acidentes de trânsito foram registrados nas rodovias de Sergipe, segundo informações da Polícia Militar, através da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRv). Vinte e um veículos se envolveram nos acidentes, deixando sete vítimas lesionadas e duas mortes.

Em comparação com a operação rodoviária realizada durante o mesmo feriado de 2012, foi registrada uma queda no número de acidentes e vítimas. No ano passado, foram 16 acidentes de trânsito, com cinco vítimas lesionadas e quatro mortes.

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O acidente mais grave ocorreu no povoado Curituba, em Canindé de São Francisco, a 213 km de Aracaju, na última quinta-feira (28), no km 164 da rodovia SE 230. Quatro pessoas estavam num carro de passeio, quando, após o capotamento do veículo, vieram a óbito uma criança de nove anos e uma idosa de 70.

Quatro pessoas morreram vítimas de arma de fogo nas últimas 48 horas, em Sergipe. Duas na capital sergipana e outras duas no interior do Estado, segundo informações do núcleo do Instituto Médico Legal (IML). Foram registradas ainda outras ocorrências de morte por arma branca, espancamento, afogamento e acidente de trânsito.

Daniel Samir Dantas de Oliveira, 30 anos, foi vitimado por tiros, no povoado Alecrim, em Estância e Flavio Junior da Silva, 25 anos, no povoado Manilha, em Areia Branca, a 36 km de Aracaju. Na capital, um corpo não identificado foi encontrado no bairro Santa Maria, Zona de Expansão. Leandro da Silva Barbosa também foi morto a tiros, na manhã de domingo (10), por volta das 12h46, no bairro Industrial.

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Ainda no último domingo (10), o senhor José Edivaldo dos Santos, 61 anos, foi vítima de arma branca no povoado Santa Terezinha, em Areia Branca. Marciele Souza de Sá, 21 anos, morreu vitimada por atropelamento em Amparo do São Francisco. José Raimundo de Jesus Andrade, 40 anos, foi vítima de espancamento em São Cristóvão, não resistiu e faleceu no local do crime. Em Propriá, no rio São Francisco, uma pessoa ainda não identificada morreu por afogamento.

Três pessoas se envolveram em acidente de trânsito com motocicleta. João Machado Santana, 47 anos, acidentou-se na rodovia SE 290, em Itabaianinha, e José Arnaldo dos Santos, 33 anos, no povoado Rio das Pedras, próximo a Itabaiana, no sábado (9). Paul Anderson Braga Silva, 29 anos, também foi uma das vítimas e faleceu no Hospital Regional de Propriá, por volta das 3h40 da madrugada de domingo (10).

A presidente Dilma Rousseff assinou, nesta sexta-feira (21), o termo de criação do Conselho Nacional pela Redução de Acidentes, além de lançar uma campanha permanente com o objetivo de reduzir o número de vítimas fatais em tragédias no trânsito. A medida integra as ações previstas no plano nacional e ocorre dentro da Semana Nacional do Trânsito 2012, cujo tema é "Não exceda a velocidade. preserve a Vida". A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, contou com a presença de autoridades políticas, representantes da sociedade civil, artistas e esportistas.

A meta é diminuir, até 2020, 50% do número de mortes por acidentes no trânsito. "Nossa meta é ambiciosa e representa efeitos muitos mais profundos do que as estatísticas podem mostrar. Significa salvar 21 mil pessoas por ano. É uma resposta que nós precisamos dar a nós mesmos", frisou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. A pasta é a responsável por coordenar o Plano Nacional de Redução de Acidentes, que também conta com um esforço conjunto de vários ministérios e dos poderes Legislativo e Judiciário. O plano integra medidas de fiscalização, ações educativas e mobilização social.

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Em discurso, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo brasileiro tem o compromisso de promover a paz no trânsito, uma vez que trabalha para a melhoria das condições sociais e econômicas da população, que consequentemente passa a ter condições de adquirir mais automóveis. "A nossa preocupação não pode ser apenas em relação aos bens materiais. O governo deve valorizar o que é de mais importante: que é a vida", defendeu Dilma. Ela também considerou ousado o compromisso de promover um novo padrão de comportamento, em que as pessoas assumam a responsabilidade e obter por respeitar as leis. Ao mesmo tempo, ela chamou a atenção para a aprovação de leis mais rígidas, que punam os infratores e inibam o descumprimento das normas. "Não tem receita pronta. É uma questão de consciência, de persuasão. Mas a legislação não pode nos tornar cúmplices. É preciso acabar com a impunidade no trânsito", ressaltou.

Dilma também destacou os investimentos federais na duplicação de rodovias e melhoria da mobilidade nas grandes cidades, com recursos para ampliação do uso de transportes públicos. "Essa é uma oportunidade para exercermos nossa solidariedade e nossa prudência. Nossa cidadania e nosso respeito a esse bem que todos nós sabemos que é o mais precioso de todos, que é a vida", finalizou.

A atriz Cissa Guimarães, cujo filho Rafael Mascarenhas morreu atropelado há dois anos, também participou da cerimônia. "Estou muito esperançosa com esse pacto, porque é um compromisso que todos nós assumimos de os fortes protegerem os mais fracos, que são os pedestres, ciclistas, skatistas e motociclistas", disse. Também estiveram presentes a cantora Paula Fernandes, o ator Marcelo Tas, os jogadores de vôlei Virna e Nalbert e o ex-piloto de Fórmula 1 Émerson Fittipaldi.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, na manhã deste sábado (26), o balanço das ocorrências registradas nas últimas 24 horas pelas principais rodovias que cortam o Estado de Pernambuco. Segundo a PRF, foram anotados 16 acidentes, envolvendo 30 veículos e resultando em cinco pessoas feridas.

Os agentes fiscalizaram 627 veículos, dos quais, 203 acabaram multados, e encerraram o plantão com duas vítimas fatais decorrente de um acidente entre um caminhão de placa KFE6663/PE e uma moto de placa KHJ6327/PE. O acidente ocorrido na BR 232 KM, em Tacaimbó, no Agreste do Estado, onde morreram o condutor Daniel de Santana Silva, 28 anos, e um passageiro ainda não identificado do sexo masculino. 

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Bombeiros – A central do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco (CBMPE) atendeu, durante o plantão desta sexta-feira (25), a 88 ocorrências, todas consideradas de rotina.

No fim de semana que antecede a festa mais aguardada do mês do fevereiro, o carnaval, festa repleta de atrações por todo estado pernambucano, que vai de Recife a Gravatá, passando por vários pólos e atrações. O bloco “Acorda para tomar Gagau” que completou 10 anos no dia 4 de fevereiro, foi para as ruas neste sábado (11), sua concentração aconteceu no bairro da Jaqueira e seguiu pelas ruas do bairro atraindo foliões de toda a cidade.

Já à noite, os grandes bailes da cidade contagiaram a noite dos recifenses. Muitos foliões tiveram uma surpresa no caminho das festas, sendo surpreendidos pelas blitzes nas entradas e saídas dos municípios. “Está correto, tem que parar para conferir. E se for pego pelo bafômetro, só prova que mais uma vez o motorista está errado”, conta o motorista José Rodrigo, de 21 anos, que foi abordado por militares da Operação Lei Seca no ponto fixo instalado na Agamenon sentido Boa Viagem, próximo à Universidade de Pernambuco (UPE) - que segundo dados do DETRAN, registrou 75 abordagens em menos de 2h.

Cada ponto da Operação conta com três equipes, cada uma com um representante, agente de saúde, coordenador do DETRAN e um capitão da Polícia Militar. Além do teste do bafômetro, as equipes avaliam se o documento do carro está em dia, se o motorista está conduzindo o veículo sem habilitação ou com a carteira vencida.

Outro ponto da Operação Lei Seca se encontra na Agamenon sentido Olinda, próximo também à UPE. “A gente ta percebendo que houve uma diminuição em torno de 15% nos casos de direção com álcool”, comenta Hilberto Oliveira, policial militar e coordenador de operação da noite, que registrou 73 carros abordados só no início do seu turno.

Na mesma noite, o oficial de operações registrou um flagrante de um homem que se identificou como Fernando, que possuía uma moto de placa não identificada, e que foi acusado de dirigir alcoolizado. “Eu bebi eram 12h, não sei o porque disso agora”, resmungava. Casos como esse, segundo Hilberto, são levados para a Delegacia de Delitos de Trânsito mais próxima e, chegando ao local, o acusado poderá pagar a fiança e responder o processo em liberdade.

A Operação Lei Seca está funcionando desde o dia 1° de dezembro de 2011 e vem atingindo às expectativas na diminuição de acidentes em Pernambuco. A partir da sexta-feira que antecede os quatro dias de carnaval, a Operação Lei Seca vai começar a agir mais cedo, a partir das 14h, em prol da festa de Momo.

Uma dica para você que vai brincar esse carnaval - fique atento, não deixe que problemas envolvendo o álcool e a direção atrapalhem a sua diversão e a dos outros. Então, vale repitir a máxima - se for dirigir, não beba.

O governo federal vai começar a cobrar na Justiça ressarcimento das despesas que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem com o pagamento de benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trânsito grave causados por motoristas infratores. A primeira ação, chamada de regressiva, será ajuizada amanhã pela Advocacia Geral da União (AGU) na Justiça Federal do Distrito Federal. O motorista que estava alcoolizado e dirigia em alta velocidade na contramão, morreu e o INSS agora está pagando pensão para a sua esposa. O acidente ocorreu em abril de 2008, no Distrito Federal, e de lá para cá o INSS já gastou R$ 90,82 mil.

O INSS gasta por ano R$ 8 bilhões com as despesas decorrentes de acidentes de trânsito e quer que esse dinheiro seja devolvido aos cofres públicos pelos motoristas infratores causadores de acidentes. Com essas ações regressivas, o governo quer também ajudar na política nacional de prevenção de acidentes, contribuindo para a redução do número de mortes nas estradas e rodovias do País. O principal alvo das ações são motoristas que tenham causado acidentes graves por dirigir embriagados ou em alta velocidade.

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As ações regressivas são polêmicas, mas já estão sendo ajuizadas pelo INSS em maior escala contra empresas consideradas responsáveis por acidentes de trabalho. O Conselho Nacional de Previdência Social já determinou ao INSS que aumento o número de ações desse tipo para garantir o ressarcimento dos gastos com o pagamento de benefícios de auxílio doença durante o período de afastamento e nos casos de morte.

De acordo com o processo, o réu conduzia seu veículo de forma totalmente incompatível com as condições de tráfego e segurança, depois de ter bebido. Segundo testemunhas, o condutor chegou a ser advertido pelos ocupantes do veículo de que estaria colocando em risco a vida de todos. Mesmo assim, o réu manteve postura indiferente, respondendo que "gostava de aventura". Em uma manobra arriscada, ao trafegar na contramão, o motorista colidiu frontalmente com o outro veículo. A colisão causou a morte de cinco pessoas e lesões corporais em outras três.

Com a morte do condutor, que era segurado do INSS, foi gerada uma pensão mensal de R$ 2.133,14 para a viúva. O benefício somente se extinguirá com a morte da pensionista. Como ela tem atualmente 37 anos, a expectativa do INSS é que a pensão continuará a ser paga por aproximadamente mais 43 anos. Serão pelo menos mais 559 prestações mensais.

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