Recentemente a revista Piauí relatou que Dani Calabresa teria sofrido assédio moral e sexual de Marcius Melhem, o ex-diretor da TV Globo. A história deu muito pano para a manga e na noite do último domingo (20), ele deu uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, se defendendo das acusações em conversa com o jornalista Roberto Cabrini, gravada no último sábado (19).
No bate-papo, Melhem mostra novas mensagens trocadas com Dani Calabresa e admite ter se relacionado indevida e intimamente com algumas colegas de trabalho, mas afirma que seus erros não configuram crimes.
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"Muitas vezes longas, de um ano ou dois. Elas não ganharam nada por causa disso. Claro que pode haver uma zona cinzenta, mas nunca foi algo explícito. [...] Eu nunca usei o meu poder para me relacionar com qualquer pessoa que seja, nem nunca troquei favores. Nem coagi ninguém", frisou.
Além disso, Melhem afirma que nunca tentou agarrar Dani Calabresa à força durante uma festa, defendendo que é alvo de vingança. "A minha vida foi destruída", justificou, dizendo ainda que teme pela própria segurança: "Eu nem queria sair de casa, porque estou sendo ameaçado de morte e de espancamento".
Durante toda a entrevista, o comediante classifica a matéria que expôs o suposto caso como mentirosa: "Eu tenho duas filhas. Se eu tivesse feito aquela descrição do banheiro do bar [quando ele teria mostrado o pênis para Dani Calabresa e a jogado contra a parede], eu nem teria olhado nos olhos dela. Se isso tivesse mesmo acontecido, a festa teria acabado. Imagina, uma atriz que sai chorando e é amparada por colegas. Não existiu nada, a gente brincou no palco e até aí tudo bem. Se você olhar o grupo de atores no dia seguinte, todos estão apenas comemorando. Eu e Dani trocamos mensagens. Não teve nenhum constrangimento".
Melhem ainda fez questão de afirmar que sofre perseguição de Mayra Cotta, advogada que representa um grupo de seis mulheres que o acusam de assédio sexual e moral no período em que esteve a frente do humor da Globo.
"Por que uma advogada vem a público destruir uma carreira sem uma causa ou processo? Ela quis destruir o meu nome perante à opinião pública. Porque agora eu sou conhecido como o assediador. E quem teve que abrir um processo fui eu, porque não tinha nada antes disso", garantiu.
Aliás, Melhem questiona as 43 pessoas ouvidas pela reportagem da Piauí, estranhando que nenhuma das testemunhas quis revelar a identidade, além de apontar supostos furos na linha do tempo dos acontecimentos.
"O que aconteceu entre mim e Dani Calabresa naquela festa eu só falo na Justiça, porque não vou expor ninguém. Eu nunca agarrei a Dani. Essa narrativa não é nem fantasiosa, ela é falsa. Eu nunca imobilizei ninguém na vida, é essa descrição que está me causando problemas. Eu nem sei quantos braços eu tenho para agarrar, bater a cabeça de alguém na parede e abrir o zíper", disse.
Marcius ainda deixa claro que as pessoas que querem apoiá-lo publicamente estão sendo coagidas, pois assim podem ser canceladas.
"Olha o que aconteceu com Letícia Spiller, que foi fazer um comentário a meu favor e precisou pedir desculpas. Hoje de manhã eu recebi a ligação de uma atriz conhecida que fez um post nas redes sociais a favor de Dani, mas que retirou e me pediu perdão. Ela me disse que ficou sabendo de coisas e até apagou o que escreveu a favor da Dani", destacou.
Para Melhem, ele manteve uma relação íntima de afeto e amizade com Calabresa até um desentendimento profissional em 2019 por causa do Fora de Hora. "Eu quero chegar na Justiça porque isso que Dani está fazendo comigo é vingança. Ela reclamou que o texto estava mal escrito, queria os autores dela, não queria fazer o programa com o Paulo. Ela estava tão irredutível que a gente tomou a decisão artística de tirá-la do projeto. Não foi algo pessoal, mas da casa", avaliou.
Ele se refere ao fato de que ela teria pedido por mudança de roteiristas e que o ex-MTV Bento Ribeiro estivesse ao seu lado na bancada em vez de Paulo Vieira. Até o momento, Dani não se manifestou com relação ao que foi dito pelo comediante na matéria da Record.
